Fanfics Brasil - 6 A Ilha das Ilusões - AyA ( Adaptada)

Fanfic: A Ilha das Ilusões - AyA ( Adaptada) | Tema: Anahí y Alfonso


Capítulo: 6

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Annie o seguiu porque era mais fácil ir do que recusar. Além do mais, queria beber alguma coisa para ver se melhorava. O mar estava cada vez mais revolto. Gerald Regan segurou-lhe a porta para que passasse, mas ela quase caiu quando o navio se inclinou de repente, e foi amparada por uma mão firme que a segurou pelo cotovelo.


Soltando-se da mão que a segurava, Annie apressou o passo para subir a escada do tombadilho, em direção ao convés inferior. Mas o navio deu outra guinada e ela perdeu novamente o equilíbrio.


— Não tente correr antes de conseguir andar — advertiu Poncho. — Pode terminar sua turnê mais cedo do que pensa se cair e quebrar um braço ou uma perna.


— Eu não tenho intenção de cair em lugar nenhum. De qualquer modo, se isso acontecer, minhas reações são provavelmente mais rápidas que as suas.


— Quero verificar — Poncho disse baixinho junto ao ouvido dela. — Aposto dez para um como você perde, mas se quiser arriscar novamente...


O sr. Regan tinha ficado para trás, e Anahí deu graças a Deus que ele não pudesse escutar a conversa. Estava em uma situação de inferioridade em relação a Alfonso, e ele sabia disso. Como ela poderia inverter esses papéis? Precisava urgentemente pensar em uma saída. E o pior é que ela se sentia tão mal...


O capitão Anders já estava com os oficiais no pequeno salão quando eles chegaram. Ele parecia estar contando uma história muito interessante a Wesley Regan, mas interrompeu-a para re­ceber os outros passageiros e mandar buscar mais café na cozinha.


  Precisamos comer bem e nos preparar, pois esta será uma noite difícil. O pior pedaço virá amanhã a esta hora. Infelizmente não podemos desviar do temporal, senão ficaremos sem combustí­vel. Será muito difícil para todos nós. Acha que poderá aguentar, srta. Portilla?


Não era possível! Até o capitão achava que ela era inferior aos homens? Anahí estava realmente irritada.


  Se eu disser que não o senhor voltará atrás? — perguntou, irônica.


O capitão sacudiu a cabeça.


  De modo algum. Nem um tufão me faria mudar de idéia. Além do mais, a senhorita parece que se adaptou muito bem. É de admirar que o Saragota não seja exatamente o mais estável dos navios, por ser muito largo nas laterais.


  Ele não foi feito para servir de transporte às mulheres — Gerald Regan observou, e deu um sorriso aAnnie. — É claro que você é uma exceção. Estou começando a achar que vai aguentar muito bem a viagem.


— Eu nunca duvidei disso. Sempre me saio bem das enrascadas.


— Dá para ver.


Com a chegada do engenheiro-chefe a conversa foi interrompida e todos se apressaram em encontrar um lugar para ele. Alfonso resolveu a questão cedendo sua cadeira e indo sentar-se no braço da poltrona de Annie, sem aceitar os protestos do recém-chegado.


— Não faça cerimônia que eu já sou da casa — disse tranquilo. — Sente-se, homem!


A conversa continuou, mas Anahí não conseguiu mais prestar atenção a ela. Estava por demais consciente da presença de Poncho para poder acompanhar o bate-papo. O braço dele quase roçava o seu. As pernas estavam cruzadas à sua frente de tal forma que um dos pés ficava como uma barreira impedindo-a de sair. Ele vestia um suéter, como ela. Os cabelos grisalhos pareciam ainda mais brilhantes em contraste com a brancura da blusa. Annie podia sen­tir, nitidamente, o cheiro de sua loção pós-barba. Tudo nele era muito másculo, muito agressivo. Era inútil negar que se sentia atraída por Poncho. E desculpou-se pensando que poucas mulheres permaneceriam imperturbáveis perto de um homem assim tão se­guro. Quantos anos ele teria? Talvez trinta e seis ou trinta e sete. Com certeza, não mais do que isso. Será que era viúvo? Teria uma mulher em sua vida? O pensamento deixou-a agitada, e ela se me­xeu na cadeira.


  Não me deseje tanto — Poncho cochichou no ouvido dela. — Posso sentir as vibrações daqui.


Annie não procurou negar. De que adiantaria?


— Você deve estar acostumado a ter as mulheres a seus pés. — respondeu também em voz baixa. — Mas nem todas são iguais...


  Eu não disse que eram... — Fez uma pausa e mudou de assunto: — Tem medo de tempestades?


  Só se forem muito fortes. Por quê?


  Você parecia um pouco perturbada quando Dan falava do mau tempo. Ele também notou. Não vai ser uma viagem muito agradável, mas nós não correremos grandes riscos. Sabe usar um colete salva-vidas?


— Não. Está querendo me assustar?


— É bom estar preparada para tudo. Dan deveria tê-la ensinado. Há uma em sua cabine. Depois que você terminar o café iremos até lá e eu mostrarei como usá-la. Nosso bote salva-vidas é o da seção 3. Você deve saber o caminho mais rápido de sua cabine até ele.


— Descobrirei, não se preocupe. Em caso de necessidade posso perfeitamente me virar sozinha, obrigada.


— Acho que não pode não. Há alguns detalhes meio complicados. Eu disse que vou mostrar a você e mostrarei. Quer goste, quer não, terá de aprender a depender dos outros enquanto estiver neste navio. Uma mulher sozinha já causa por si só muito transtorno. Não precisa ficar piorando as coisas!


Anahí não disse mais nada, não havia necessidade. Eles saíram do salão junto com o capitão, deixaram-no na escada do tombadilho e seguiram pelo corredor até a cabine dela. Alfonso achou o salva-vi­das dobrado cm uma prateleira superior do armário. Endireitou as amarras e fez com que Anahí passasse os braços pelos buracos ade­quados, ensinando-a, então, como prender o colete e como amarrá-lo rapidamente com os fios. Havia um assobio no bolsinho e uma lanterna a pilha do tipo que se acende automaticamente ao entrar em contato com a água.


Annie tinha certeza de que teria conseguido se virar sozinha, sem maiores dificuldades, mas achou indelicado dizer isso.


— Obrigada — respondeu, quando ele terminou.


Poncho observou-a tirar o colete e depois guardou-o em seu lugar, antes de continuar a explicação:


  O caminho mais rápido para o seu bote é pela escada que descemos vindo do deck. O bote 3 está quase em frente. Entendeu bem?


— Sim. — Ela sentia a maior vontade de fazer uma ironia, mas conteve-se. — Parece que você não se esqueceu de nada.


— É claro que não me esqueci. Bem, vejo você na hora do almoço. Sara não tinha tanta certeza disso. O aumento constante do


balanço do navio estava começando a deixá-la enjoada, achava que não poderia se manter em pé.


O café da manhã só tinha piorado as coisas. Agora Annie não via alternativa a não ser deitar e esperar o enjôo passar.


 



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Ela ficou deitada por tanto tempo que até perdeu a noção da hora. Voltou a si quando Poncho apareceu na porta dizendo: — Achei que fosse acontecer isso. Você já estava meio enjoada antes. Fique onde está, volto em um instante. Dificilmente vou a algum lugar sentindo-me mal deste jeito, Annie pensou, quando ele desapareceu. Que ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 4



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  • fpproducoes Postado em 24/04/2012 - 10:41:21

    olha, gostei muito do capitulo bem legal a historia viu passa na minha tbm, garanto q vai gosta

  • fpproducoes Postado em 24/04/2012 - 10:40:56

    Veja o oitavo capitulo da nova Web-Novela da FP Producoes MENINA FLOR: http://www.fanfics.com.br/?q=fanfic&id=15631

  • any_kelly Postado em 22/04/2012 - 00:07:38

    Ola to aqui pra divulgar a web da bf linda "Tarde Demais Pra Esquecer (continuação)" Quem quiser ler o link e esse: http://www.fanfics.com.br/?q=fanfic&id=13702#a Bjss

  • any_kelly Postado em 21/04/2012 - 14:13:42

    Oie leitora nova Posta maissssssssssssssss


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