Fanfics Brasil - 9 A Ilha das Ilusões - AyA ( Adaptada)

Fanfic: A Ilha das Ilusões - AyA ( Adaptada) | Tema: Anahí y Alfonso


Capítulo: 9

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— Folgo em ver que você se recuperou bem — ele disse, irônico. Entraram juntos no salão e encontraram os irmãos Regan já sentados, ao lado dos oficiais que não estavam de guarda. Não foi uma refeição agradável, e não só por causa do balanço do navio. Com Mike a seu lado e Alfonso a sua frente, Annie sentia-se entre a cruz e a espada. Por isso, ficou contente em poder concen­trar sua atenção em Gerald Regan, que conversava animadamente com o engenheiro-chefe.


Quando eles foram para o salão, o primeiro-oficial sentou-se no braço da poltrona de Sara, usando o balanço do navio como des­culpa para apoiar seu braço nas costas da cadeira, por trás da cabeça dela. Instalado assim, ele tocava em Anahí a qualquer mo­vimento que ela fizesse. Mike fingia que não percebia isso, falando da tempestade que logo chegaria. Eles se safariam do centro dela, garantia, mas a tempo permaneceria turbulento pelo menos duran­te a noite toda. Pelos seus cálculos, no dia seguinte de manhã eles já teriam tempo bom.


O primeiro-oficial recebeu com desagrado, mas sem surpresa, o chamado para se dirigir à ponte.


— O terceiro-oficial só serve para alguma coisa dentro de uma piscina — comentou impiedosamente. — Precisa de um computa­dor para distinguir a esquerda da direita!


O engenheiro-chefe ergueu-se com esforço quando o primeiro-oficial saiu.


  É hora de descer e dar uma olhada nas coisas — ele disse, preocupado.


Ninguém queria ir para a cabine dormir, mas havia pouca coisa a fazer. Anahí notou que Wesley Regan estava completamente sem cor, embora se esforçasse ao máximo para afastar a náusea. Só de notar isso ela já começou a sentir-se mal, e engoliu em seco com medo de voltar a enjoar.


— Ainda estou com sua chave — disse Poncho, quando eles saíam do salão. — Precisa de mais comprimidos?


Ela tentou se mostrar indiferente, não querendo admitir que começava a enjoar.


— Talvez não seja má idéia ter alguns ã mão.


  Eu vou lhe dar dois para agora e dois para o caso de você acordar de madrugada.


Annie olhou-o rapidamente, agarrando-se no corrimão para não tropeçar à medida que avançavam.


— Você trouxe seu próprio remédio?


— Não, pedi ao capitão que me desse alguns se ``alguém" tivesse necessidade.


— Se esse "alguém" sou eu, por que não mandou diretamente para a minha cabine.


— Diplomacia. Você poderia sentir-se tentada a atirar tudo na cara do capitão.


Pelo jeito como Alfonso falou, ele devia supor que ela não atiraria na cara dele. Bem, mais uma vez ele estava com a razão.


Anahí permaneceu na porta de sua cabine, enquanto ele foi bus­car a chave e os comprimidos. Estava consciente de que Poncho a tratava com frieza por causa de Mike Chandris, mas nada podia fazer a respeito. Se ele a julgava receptiva às atenções do primei-ro-oficial, que continuasse pensando assim. Além do mais, Nick não tinha o menor direito de julgá-la. Ele a ajudara naquela tarde, é verdade, mas nem por isso poderia censurá-la.


— Muito obrigada por toda a sua ajuda — disse sem jeito, quan­do ele voltou. — Fico muito agradecida.


— De nada. Boa noite.


A explosão ocorreu quando Anahí se virava para entrar em sua cabine. O convés levantou-se sob seus pés com violência, atirando-a através da passarela, até que fosse parar no tabique do navio. Não estava desacordada, mas levou alguns minutos até que conseguisse entender o que acontecia e se levantar. Por toda a parte havia um barulho alto e contínuo, estouros, homens gritando, o ronco de va­por escapando de algum lugar no interior do navio. Aturdida, viu o convés inclinando-se perigosamente onde ela havia caído, e sentiu as vibrações percorrendo toda a embarcação.


O medo tomou conta dela, fazendo com que esquecesse a dor de seus machucados. Lutava para ficar em pé quando Poncho se pôs a seu lado. Com a mão sob seus braços, ergueu-a. O rosto dele estava tenso, e um fio de sangue escorria de um corte no rosto.


  Sua cabeça — ela disse, meio fora de si. — Você cortou a cabeça!


  Não foi nada. — Sua voz revelava urgência. — Você está bem?


Annie fez que sim com a cabeça, sem ter muita certeza.


— Que aconteceu?


  Batemos em alguma coisa. — Enquanto falava isso ele a empurrava até a cabine. — Pegue seu salva-vidas e vista, Ande!


Poncho voltou com o dele antes que ela abrisse o armário, pegou-o e vestiu nela em vez de se incomodar consigo mesmo. O convés não havia se endireitado ainda, adernando para estibordo e caindo em direção à proa. Fora, as explosões continuavam, junto com o baru­lho de pés correndo e com o atrito de metais.


— Venha! — Poncho ordenou, empurrando-a em direção à porta.


— Para onde vamos? — ela disse num pânico crescente e tentando voltar para a cabine. — Minha bolsa, eu não peguei minha bolsa! — Deixe-a. Você poderá pegar mais tarde. Ande, Sara, não está ouvindo esse barulho? E o sinal do barco salva-vidas que eles estão acionando!


Barco salva-vidas! Anahí foi dominada pelo terror. Então eles estavam abandonando o navio? Não podia ser verdade! Apenas alguns poucos minutos se passaram desde a explosão. Um navio não afunda em minutos!


Sem dar tempo para que ela se entregasse totalmente ao pânico, Poncho continuou a empurrá-la através do navio. Em poucos segun­dos eles estavam do lado de fora, passando pelo corredor estreito em direção a popa, com os Regan atrás deles. Alfonso ainda a segurava com a mesma força, mas Anahí não sentia nada. Pensava que esti­vesse vivendo um pesadelo. Tinha que ser um pesadelo! Aquilo tudo não podia estar acontecendo de fato.


A força do vento e a chuva batendo em cheio em seu rosto foram suficientes para convencê-la da verdade. O bote número 3 já descia até a água, oscilando aos solavancos quando o navio dava guinadas: os marinheiros estavam dependurados nas cordas, tentando man­ter o bote parado.


Anahí se viu carregada, e depois viu Alfonso de pé no convés olhando para trás com as mãos na boca como se quisesse fazer-se escutar acima do barulho do vento. Então, de repente, ela sentiu que perdia os sentidos e não viu mais nada.



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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 4



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  • fpproducoes Postado em 24/04/2012 - 10:41:21

    olha, gostei muito do capitulo bem legal a historia viu passa na minha tbm, garanto q vai gosta

  • fpproducoes Postado em 24/04/2012 - 10:40:56

    Veja o oitavo capitulo da nova Web-Novela da FP Producoes MENINA FLOR: http://www.fanfics.com.br/?q=fanfic&id=15631

  • any_kelly Postado em 22/04/2012 - 00:07:38

    Ola to aqui pra divulgar a web da bf linda "Tarde Demais Pra Esquecer (continuação)" Quem quiser ler o link e esse: http://www.fanfics.com.br/?q=fanfic&id=13702#a Bjss

  • any_kelly Postado em 21/04/2012 - 14:13:42

    Oie leitora nova Posta maissssssssssssssss


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