Fanfics Brasil - LINDA. The Course fo Love

Fanfic: The Course fo Love | Tema: curso de desenho


Capítulo: LINDA.

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Capitulo Três: LINDA.


   Quinta feira chegou mais outro dia de curso.                                                                         Cheguei e me sentei no lugar de costume, logo em seguida o professor entra na sala sem muito ânimo e começa uma aula super entediante... A mais chata de todas. Será que por minha causa sua vontade de dar aula fica oscilando. E como havia dito antes, ele mal me olhou nos olhos, mal me dirigiu a palavra. Yuri simplesmente me ignorou e começou a me tratar como um aluno qualquer. Confesso que no começo não gostei.


    Eu não havia notado, mas nas semanas em que faltei havia acabado e entrar para o curso de desenho uma menina; Seu nome... Linda. Ela é bem branquinha como neve, tem dezoito anos, e um cabelo loiro todo repicado de um jeito bem jovem e moderno. Aparenta ser bem extrovertida e aventureira. Eu super gostei dela.


O professor então anuncia a todos:


_Pessoal atenção; acabei de ficar sabendo que no fim desse mês no ultimo dia, haverá uma grande exposição de desenhos. Ela será bem aqui do lado no galpão onde fazem o Judô. Preparem todos os seus melhores desenhos, pois vocês além de expor poderão vender suas obras favoritas. Então caprichem nas obras, por que quanto mais detalhado for mais caro será. E o melhor de tudo... A grana é de vocês!


Um alvoroço formou-se na sala, gritos de alegria e assovios batessão de carteiras.            Além da boa noticia á todos comecei a notar o quanto Yuri dava somente atenção para a novata... Não que ela não mereça, por que seus desenhos são de péssima qualidade, mas ele estava sim dando confiança de mais para a ‘Linda’. E isso varou até o final de aula e me desconfortou um pouco.


Ao esperar todos saírem sentado em um banco perto da quadra, lembrei-me da noite passada em que minha mãe chegou completamente bêbada antes do seu horário de costume. Ele mantinha-se bastante alterada e não conseguia me comunicar com ela de maneira alguma, seu jeito espalhafatoso e escandaloso me tirava do sério e isso estava se repetindo nos finais de semana.


_Mãe, você acabou de chegar sei lá de onde, e ainda vai continuar a beber?


_Quem você pensa que é pra mandar em mim? Ah... Me deixa em paz!                                   E se esparramou no sofá.


_Mas mãe... Amanhã você tem que acordar cedo!


_Da pra você ver se eu estou na esquina... E se eu estiver lá... Vai à merda!


_Ta legal então, fica aí se martirizando e enchendo a cara, depois quem vai perder a hora é você mesmo!


Eu estava tomado pelo ódio, não agüentava mais ver a minha mão naquele estado por causa de uma desilusão amorosa. Então tomado pela fúria quando ela passou pra pegar outra cerveja eu esbravejei:


_Bêbada!!


Ela me ouviu e num ato só ela me deu um sopapo certo que de imediato desenhou o meu rosto. Novamente alterada ela gritava:


_Fala de novo! Repete o que você disse!! Pensa que eu não te escutei! Vai dormir!


Segurando o meu rosto já com os olhos cheios de lágrimas, corri para o meu quarto. Não sei o que me deu, é óbvio que quero o bem para a minha mãe, mas se ela insiste em ficar nesse estado e isso me magoa muito.


Ainda sentado ao banco relembrando a noite terrível de ontem acabei chorando. Quando levantei a cabeça e me levantei para ir embora, Linda me olhava de longe com um olhar de dó, pena. Morri de vergonha e saí correndo do curso.


_Que menino triste, como eu vou conseguir chegar perto dele?  Disse Linda a me ver partir fugindo dela. 


Infelizmente comecei a sofre em dobro, no curso ninguém se aproximava de mim e isso é um problema. Já estou há três meses nele e não tenho nenhum amigo. Minha culpa claro. Pra completar quem me encurrala novamente no beco fedorento, o trio assassino. Minha noite já estava entediante... Agora isso, Perfeito!


_Sentiu nossa falta?  Começou como sempre Bruno com o seu boné de aba pra trás. Eu já logo me desesperei.


_Pensa que a gente não sabe!  Disse Claudio.


_Sabe o quê?


_Que a sua mãe “bêbada” espanca você! Terminou Jorge chegando por trás.


_É mentira!


_É mesmo! Quer dizer então que você já ta acostumado a levar uma surra é? Comentou Bruno com malicia.


_Cale-se!!! Minha mãe não é bêbada!!


_Olha só ele adora levar uns tapinhas!  Respondeu Jorge com sarcasmo.


_Humm... Que pervertido! Gargalhava Claudio.


_Vocês não vão me bater de novo!!! NÃO VÃO!


Ao tentarem se aproximar de mim como fizeram antes, eu empurrei Jorge com meu braço engessado que vinha por trás e consegui uma brecha para fugir entre eles correndo como um louco até sair do beco que tanto me faz mal. Chegando do outro lado da estrada eu continuava á correr enquanto eles paravam na calçada fazendo sinais de ameaça. Eles pareciam baratas que se escondem quando acendemos a luz.


Antes da noite terminar, como havia dito o médico, eu retirei meu gesso do braço que estava quebrado com muita felicidade. Percebi que o direito parecia mais magro e muito mais branco que o esquerdo.


Dia trinta de junho.                                                                                                                            Dia da exposição de desenhos no galpão na quadra coberta de Judô. Estava tudo muito bem trabalhado em cada detalhe centenas de paredes com vários quadros compunham o ambiente muito movimentado, um grande labirinto com todo o tipo de arte. Os autores deveriam chegar duas horas antes da exposição para prepararem sua área e suas artes.


O professor Yuri que foi o executor de todo o plano ajudou á todos nos mínimos detalhes para que não faltasse nada, até um leilão de pinturas haveria no meio do intercurso. Eu nunca o vi tão belo quanto naquele dia, ele usava um terno todo preto, parecia um grande homem de negócios. Cabelinho engomado e tudo.


Depois de tudo pronto começaram a chegar os familiares, pessoas de todas as idades caminhavam ouvindo música clássica ao fundo.


   Logo de começo um grande grupo rodeou o meu setor fazendo vários tipos de perguntas inconvenientes que infelizmente eu havia de responder. Em meio a tudo isso, do outro lado eu vejo Yuri junto a Linda com sua mãe coruja que se maravilhava a ver os desenhos desconhecidos de sua filha. Dona Marta puxava um assunto super contagiante enquanto tomava um drinque, já sua filha vendia seu primeiro desenho a um menino de oito anos. Seus olhos brilhavam.


Então Yuri que parecia super a vontade sem notar olha por trás do ombro e percebe que eu não tirava o olha dele, carismático como sempre, levantou um brinde para mim de longe completando com um sorriso colossal. Eu corei, mas ainda sim correspondi acenando a cabeça e entregando em mãos a uma jovem minha primeira venda. Ele levantou outro brinde em comemoração. Não sei por que eu fiz um sinal de jóia. Nossa, que brega!


Tentei parecer contente por fora, não pelas vendas, pois já era o meu quinto desenho a ser vendido em vinte minutos... Mas sim por ter brigado novamente com minha mãe na noite passada por causa das bebidas e ela não ter comparecido a algo que para mim é tão importante. Senti muito sua falta.


Duas horas e meia depois o lugar pareceu mais calmo, havia começado o leilão das pinturas, esculturas e artesanatos. Finalmente pude sair pra respirar ar fresco, comer algo ou no Buffet ou no refeitório do lado. Estava faminto.


   Parei no meio do pátio á procura de certa pessoa, Novamente Yuri permanência colado com Linda e sua mãe risonha entre outros pais desconhecidos, dessa vez ele não me notou parecia mostrar postura de boa pessoa estava ‘vendendo seu peixe’ eu acho. _Ele não desgruda mais dessa garota!  Dizia isso enquanto rangia os dentes de raiva.




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Autor(a): Wallace Lopes

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