Fanfic: The Course fo Love | Tema: curso de desenho
Capitulo Oito: A FESTA MAIS ESPERADA.
Retomando assim o namoro falso durante dois meses, como muitos casos engraçados envolvidos. Continuamos a seguir o plano, Linda não se desgrudava do meu lado em momento sequer, nem na saída para não dar brechas ao professor tentar falar algo comigo. Também como de acordo com o plano, depois desses dois meses, no final de uma aula fingimos uma discussão ao irmos embora... Claro, com o professor notando tudo ao fundo:
_... Poxa Iki, depois de tudo que fiz com você. Depois de tudo... Você teve a coragem de me trair? Começou ela tentando se exaltar.
_C-como você ficou sabendo disso?
_Como... Ahhh para se ser sínico. Hoje eu li a mensagem que você recebeu enquanto você tomava banho!
_Não Linda, você não ta entendendo direito, é que ontem eu bebi um pouco demais naquela festa e acabei... Você sabe, ficando com ela!
_ “NOITE MARAVILHOSA, TE ADOREI S2. ME LIGA GATO”... Qual o nome da safada?
_Era... Eu acho que Beatriz ou Bianca, sei lá!
_Não to acreditando, há, há... Ainda me troca por umazinha que nem o nome sabe!!
_Vê se entende amor... Aquilo foi um erro, eu gosto é de você Linda!
_Eu não tenho que entender nada, aconteceu e ponto. Olha Ikaro, você é uma ótima pessoa... Mas traição eu não aceito... Acabou! E ela se despede entregando uma pulseira:
_Aqui, a minha pulseira de um mês de namoro, pode ficar com ela!
_Mas Linda...
Ela vai embora e triste joga a pulseirinha com meu nome no lixo e vai para casa. Na mesma noite do termino ela me liga mais cedo que o normal dizendo:
_Ikaro e aí, o “fim do relacionamento” foi bem realista? O que você achou?
_Poxa... Mais real não há de ser. E o Oscar de melhor atriz vai para Linda Martins! E nós dois caímos na gargalhada.
_E o professor, será que ele acreditou? Perguntei.
_Bem, acho que sim... Ele fazia cada carão escondido.
_Então deu certo né?
_Será que agora ele vai te dar valor? Bem Iki, esquece ele cara. Tem gente que faria de tudo só para ter um namorado assim como você!
_É... Só me fala uma pessoa? Perguntei com veemência.
_Ah... É o que eu acho, eu não conheço ninguém. Não soube, mas Linda havia ficado vermelha.
_Só você mesmo, sabe que por mais que eu tente, ele não me some da cabeça. Por mais que nós tentássemos, ele não desistia de tentar me encontrar.
_É mesmo, quando?
_Nesses dois meses de falso namoro. Uma aula na semana passada, quando você foi ao banheiro... Ele me chamou na porta me puxou para fora da sala e disse:
_Eu sei que você está com ela, mas quando a beija tenho certeza que é em mim que você pensa... To errado?
_Pode ser, pode não ser. Eu só sei que gosto muito da Linda, e ela está muito apaixonada por mim.
_Volta pra mim Ikaro! Esse mês que passou sem você está me torturando por completo. Cada noite, cada abraço... Eu te quero! Faria amor com você agora se quisesse, mas está me desprezando... Por quê?
Então respondi com a cara mais sincera e séria que consegui fazer disse:
_Por que a palavra certa não é ‘Eu te quero’. Você só me usa, você nunca vai conseguir nada comigo desse jeito! Não é isso que procuro em alguém!
_... Logo depois você chegou do banheiro e o resto você já sabe...
_Nossa Iki, você finalmente conseguiu dizer isso a ele, que ótimo!
_Não sei como, mas consegui, sabe... Estava entalado á muito tempo aquilo, entende?
_Claro! Só não entendo como você não me contou isso antes, seu nojento!
_Ah me desculpa, mas acho que preferi guardar comigo.
_Mais você sabe que tudo que aconteceu comigo eu já te contei! Esbravejou Linda.
_Ta bom... Me desculpa de verdade! Poxa tenho que desligar Linda. Tenho que tomar banho para ir par a festa da Paula. Amanhã eu te conto tudo com detalhes... Tchau minha ‘Linda’ beijos!
_Até, meu amorzinho, beijos!
Eu estava sentindo uma vibe maravilhosa vindo daquela festa, hoje á noite será perfeita. Pus minha roupa mais bonita, botei o calçado mais caro, dei um leve toque no perfume amadeirado e depois parti. Peguei um ônibus até o centro da cidade e fui andando até o salão na Praça XV.
Paula é minha prima favorita, ela é bem gordinha, todavia tem um coração enorme e um corpão que muitas invejam. É muito rica, e todo ano aluga os salões mais caros da cidade. Todas suas festas são lotadas de gente bonita e estilosa, muitos familiares, muitos conhecidos e o triplo de desconhecidos formados por amigos que chamam mais amigos que da o tom de diversidade.
Logo antes de entrar vários carros do ano travavam a rua, na entrada vários seguranças mantinham postura. O lugar dessa vez era esplêndido em cada detalhe, lustres gigantes de velas e tecidos jogados transpassavam sobre o telhado de vidro ao fundo. Meus olhos não paravam de admirar aquele Buffet gigantesco, de um lado frios e canapés de todos os tipos, do outro cascatas de chocolate e uma gigantesca barca com comida Japonesa. Anfitriões direcionavam os familiares e os importantes em suas mesas reservadas, meu nome estava nele, então segui até onde seria o meu aposento representado por uma moça muito educada. Me senti meio fora de foco no começo mas estava ali para me divertir.
Depois de falar com alguns familiares que me interessaram, e de comer vários tipos de coisas resolvi dar uma volta e ir até a pista de dança que já estava mais que lotada. A música era alta e perfeita para curtir a noite toda, e esquecer-se de pessoas que não te merecem. Após rodear bastante o salão, em um virar de pescoço vejo Marcelo do curso passando entre a multidão. Ganhei a minha noite, só de saber que aquela beleza estava ali. Quando ele termina de passar vejo que estava de mãos dadas com alguém... Uma linda garota, talvez a mais linda da noite lhe acompanhava para fora da pista de dança com duas palavrinhas sussurradas no ouvido. Ele é bom, pensei.
Me entristeci... Pois queria ele naquela noite. Depois daquilo vejo Paula entrando no salão com várias amigas, elas estavam risonhas e bastante animadas:
_Ahhhhh... Ikaro meu amor, quanto tempo! Mas que saudades de ti! Disse ela me dando um grande abraço apertado.
_Sabe que não tem como faltar as suas festas... São as melhores em que já fui em toda a minha vida! Parabéns!
_Pára, ta querendo me bajular só por que hoje é meu aniversário!
_Não é verdade. Perderia qualquer coisa... Só pelas suas festas.
_Ai que legal... É por isso que eu te amo primo, sempre quis um pouco da sua sinceridade! Pena nós não nos falarmos muito ultimamente.
Entre as altas batidas de músicas eletrônicas, suas amigas ficavam soltando risinhos tímidos e cochichavam umas com as outras sobre mim que elas acharam uma graça, segundo Paula que ouvia os comentários e gargalhava. Entre muita alegria uma música acaba começando outra bem animada e conhecida, minha prima solta um grito dizendo:
_Ahhhh... Não acredito que está tocando a minha música!
O grupo de meninas dançava enlouquecidas, eu ainda me sentia tímido entre elas que acabara de conhecer, música eletrônica nunca foi a minha praia. Até que Júlia, amiga de Paula vem se aproximando de mim sem eu perceber, a batida vai ficando bem lenta e Júlia se aproveita me agarrando pelo quadril sussurrando no meu ouvido:
_ Oi, é Ikaro não é?
_É. E o seu é? Eu tentava me afastar.
_É Ana Júlia, lindinho! Risos.
_Você dança muito... Já eu sou um desastre!
_Que nada você já é lindo, não precisa saber dançar. Aí seria perfeito demais pra uma pessoa só.
_He, He. Nossa você já diz á que veio não é mesmo! Quer é... Beber alguma coisa?
_O que você quiser beber, eu quero.
_Ta certo... Vou buscar então.
Nossa mas que garota atirada, chega a ser até vulgar. Vou ter que ficar com ela para não levantar suspeitas. Logo hoje que pensei que me daria bem com o Marcelo ou algum outro garoto.
Fui em direção ao bar e pedi bois Cubas Libres de começo. Antes de voltar tomei os dois drinques em um gole só, para tentar encarar aquela menina que tem mais braços que um polvo. Entre um copo e outro respiro fundo pegando mais dois Cubas voltando para junto de Paula e Júlia e as outras meninas:
_Oi, demorei Jú? Tentei fingir ser outra pessoa.
_Jú... Gostei! _disse ela tomando um gole da bebida. _Vamos para um lugar mais reservado... Um lugar que podemos dançar eu e você mais juntinhos.
_Claro! _Paula vou ali um minutinho com a sua amiga e já volto ok?
Acenou Paula e as meninas que riam elogiando a amiga. Em outro espaço de dança um pouco mais longe do grupo de amigas surpreendi Júlia, pois quem a agarra e a beija sem dizer nada sou eu. Aprendi com Linda a fazer a pessoa que está com você se apaixonar por seus beijos, de um ato inesperado. Beijei a menina com tanta vontade que ela revirou os olhos. Ela me queria mais e mais, acho que beijo daquele jeito Júlia nunca havia provado.
Para tentar me separar um pouco dela voltei ao bar para virar mais algumas sessões de bebidas fortes para encarar ela de frente quando voltasse. De passagem vejo novamente Marcelo passando entre o povo e dançando de mãos dadas com outra menina, que por sinal era tão linda quanto à outra. Pensei; se ele consegue, eu também consigo! Virei mais um copo de Martine e parti para a garota.
Minha cabeça começava a doer e meu estômago queimava, voltei a conversar com Júlia mesmo com os olhos meio fechados por conta das altas doses de diversos drinques, sorri para a mesma, puxando-a pelos braços eu a beijei com muita vontade mesmo não querendo aquilo. Ana Júlia delirava com aquele garoto que dava tudo aquilo que ela queria sem ela dizer nada, na minha mente desvairada e já perturbada pelo álcool eu só pensava no gostoso do Marcelo. Eu queria tanto o dono dos olhos azuis, eu o desejava tanto que enquanto a apalpava por trás tive uma ereção descontrolada. Júlia sentiu minha ereção, e abrindo os olhos arregalados ela me fez ter mais vergonha que o normal assim que voltei a si. Eu a empurrei como se tivesse levado um choque, ela ficou sem entender, pois havia adorado tudo aquilo que ele havia feito e disse:
_O que aconteceu? Por que parou essas coisas acontecem. Vem aqui Ikaro, eu estava gostando tanto dos seus beijos!
_Foi mal “Linda”, é que eu fiquei tonto de repente... Não estou me sentindo bem. Desculpe-me, desculpe mesmo... Não da, não da... É qual o seu nome mesmo?
_É Júlia. Fica aqui comigo Ikaro, não vai não!
_Foi mal Júlia, você é linda mais não rola. Tchau a gente se vê por aí. Manda um beijo para a Paula!
Minha noite acabou no exato momento em que apareceu aquele ‘Diabo dos olhos azulados’. Minha cabeça latejava e minhas vistas se embaçavam... Eu só queria sair daquele lugar detestável e fosco. Ao sair da festa, continuei andando e não peguei o ônibus de volta, segui pelas escuras ruas inabitadas do centro do Rio em direção a Lapa onde havia uma pequena boate que estava louco para conhecer. Eu queria me desintoxicar daquele lugar hétero repugnante, queria me sentir em casa ao menos por um instante. Afinal eu não estava sendo sincero com Júlia.
Enojado, mas já não enjoado, fui eu, entrei pela primeira vez em uma boate gay. Como num encanto ao abrir aquelas portas, ao ver aquela multidão dançando e beijando sem preconceito algum, me senti sóbrio num estalar de dedos. Talvez por receio de fazer alguma burrada juvenil tentei agir como se estivesse lá pela milésima vez. Eu estava alerta como uma coruja, meus olhos reviravam ao ver lindos rapazes nitidamente entrelaçados e aos beijos.
Ao caminhar notei olhares de desejo e piscadas, apenas sorria para quebrar o gelo e disfarçar as mãos suadas e com o seu sorriso poder dizer: _E aí, como vai... Venho aqui constantemente, e você?
Entre passos mais rentes e firmes, desci uma escada que dava a um quarto muito escuro, grande, cheio e muito abafado. Eu apenas segui os passos dos outros casais que se agarravam na escada, davam-se as mãos e entre olhares desciam os últimos degraus para ficarem um pouco mais a sós. Segui o pessoal por curiosidade, já tinha uma breve noção do que poderia acontecer naquele lugar, mas vendo ao vivo é diferente. Eis que para minha surpresa, no final da escada entre a porta que não paravam de entrar e sair pessoas vejo para o meu espanto, lá estava Marcelo, o menino que há muito pouco vi com várias meninas.
_Não... O Marcelo, ele está aqui... Mas na festa ele estava...?
Marcelo beijava dois rapazes, que por sinal também eram os mais lindos da boate. Um beijava e lambia seu pescoço enquanto outro mordia seu peitoral definido bem devagar. O rapaz parecia estar em outra dimensão, ele apertava os olhos fazendo caretas de dor. Eu não acreditei nos meus olhos:
_Marcelo... Aquele garoto que faz maior pinta de meninão e que na festa beijava meninas... Está a-qui! Será que anda estou bêbado?
Sem querer ser notado, me virei lentamente do meio da escada subindo de volta, antes de partir fisguei mais uma vez só para ter certeza e fui para casa muito contente. Essa com certeza foi uma longa noite de muitas surpresas, incógnitas desvendadas e muitos beijos. A noite mais esperada de todas... Estava prestes a chegar ao fim.
Autor(a): Wallace Lopes
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