Fanfic: Valentine`s Day - AyA | Tema: RBD

Anahí: Angélica! – Gritei correndo em direção a pequena ruivinha – Como foi de viagem?

Angélica: Muito bem. Mas estou morrendo de fome. – Reclamou fazendo manha.

Anahí: Você pode comer alguma coisa quando chegarmos à revista. Seu pai está te esperando.

Angélica: Mas Anahí, eu estou com muita fome. – E meu coração se derreteu perante aqueles olhinhos pidonhos. O poder de persuasão de uma criança é realmente algo com o qual eu não sei lidar.

Anahí: Tudo bem. Mas sejamos rápidas okay. – Disse praticamente arrastando a garota e as suas malas para dentro de um dos cafés daquele aeroporto.

Pedi um sanduíche para Angélica. Ela se lambuzava alegremente enquanto eu me mantinha pendurada no celular, implorando para que Dulce, uma das minhas melhores amigas e também redatora da revista, adiantasse àquela matéria enquanto ela dizia que não podia, porque `fugia ao seu campo de assuntos dentro da revista`.

Frustrada e cansada eu desliguei o telefone e me atirei na cadeira ao lado daquela criança. Ela soltou um grunhido assim que minha bunda encostou na superfície almofadada, a princípio eu não entendi, depois um grito explodiu da minha boca.

Anahí: Eu não acredito! – Levantei de imediato.

Angélica: Eu tentei te avisar. – Disse cabisbaixa, os olhinhos cheios de culpa.

Anahí: Vamos Anahí, respire! – Ordenei a mim mesma, enquanto receosamente levava a minha mão até minha saia, tirando o sachê de catchup que estava amigavelmente grudado ali. Uma mancha vermelha (que seria muito mais aparente se a saia não fosse grafite) se espalhou exatamente no meio das minhas nádegas. Inferno.
Totalmente desesperada eu peguei um guardanapo e coloquei sobre a mancha.

Anahí: Não saia daí! – Ordenei à garota, e então parti em disparada para o banheiro.

Deus, eu tinha que estar apresentável para a reunião das 2. Sim meus caros, se não bastasse ter que trabalhar no domingo, meu amável chefe marcara uma reunião com os redatores para as 2.

Enchi as minhas mãos de água, tentando acertar a mancha. Era difícil porque eu não conseguia vê-la muito bem, apesar de todo o meu contorcionismo diante do espelho. Pois bem, não havia ninguém ali. Arranquei a saia, e passei a lavá-la. Era uma cena deplorável, confesso. Só que a má sorte não parou por ai. Aquela torneira ficou descontrolada, eu não sei o que aconteceu, mas o episódio que veio a seguir foi lamentável.

A água se espalhava descontroladamente pelo banheiro, minha camisa estava ensopada, meu cabelo era um caso perdido. E eu tentava a todo custo tapar aquela torneira para que ela parasse. Então, no auge do meu desespero, eu comecei a chorar e pior, a gritar.

Anahí: Socorro! – Berrava entre soluços. – A torneira estourou! Porcaria! Porcaria!

E então quando ele apareceu na porta, eu comecei a chorar ainda mais.