Fanfic: A Luz da Escuridão | Tema: Vampiros

Quando derrepente encontra sua própria mãe debruçada sobre uma grande poça de sangue, ela o pega em seus braços para receber seus ultimos suspiros, e então… Você deve estar se perguntando sobre o que estou falando não é mesmo? Pois bem, vou começar do inicio. Se você procura uma história encantada, com magos, doendes e talvez até um final feliz, saiba que isso você não encontrará aqui.

A história que vou contar se passa em 1939 nos subúrbios de Londres. Uma estranha adolescente chamada Rain mora junto a sua mãe adotiva numa rua tão sinistra quanto você possa imaginar, cheia de arvores secas, marcas de sangue nas paredes, casas velhas amontoadas e um cheiro podre de carniça no ar que empestiava o quarteirão inteiro.

Rain é uma adolescente de 17 anos com grandes problemas emocionais, sua vida é conturbada e seu passado mais ainda. Aos 4 anos de idade Rain foi abandonada em frente a um convento pela sua própria mãe, desde então as freiras ajudaram a criar a pequena menina. Aos 12 anos Rain, já havia matado três irmãs com suas próprias mãos e depois de todos os rituais fracassados e sem resultados por pensarem que a moça estava possuida, a pobre menina foi forçada a sair do convento por falta de adaptação. Aos 14 anos, já morando na rua, uma misteriosa mulher passa e decide leva-lá para casa e cuidar dela como se fosse sua verdadeira filha. Mas quem será essa tal mulher misteriosa?

Desde então Rain realiza seu grande sonho de ter uma mãe outra vez. As duas se davam muito bem, eram unha e carne, viviam sempre unidas, talvez nada fosse tão forte e se fosse, não era capaz de separá-las, nem a própria morte era capaz.

Então numa noite de quarta feira, após Rain chegar de uma visita que havia feito a sua tia em outra cidade, a mesma entra no quarto para falar com sua mãe quando derrepente a encontra debruçada sobre uma grande poça de sangue, Rain o pega em seus braços para receber seus ultimos suspiros, e toda suja de sangue, começa a chorar e a gritar bem alto:

- Mãããe! Me ouve por favor, não faz isso comigo agora, vai mãe acorda, por favor, mãe…

Sem resposta Rain deixa cair uma lagrima no rosto de sua mãe e bem baixinho em seu ouvido susurra “Eu te amo para sempre”. A dor da pobre menina era tão intensa que ninguem podia imaginar a grande punhalada no peito que a menina havia levado por perder sua “grande amiga de todas as horas”. Em frente ao choro, a menina se levanta e logo ouve um barulho nos arbustos e um homem todo de preto correndo para fora da casa. Após esse acontecimento, ela jurou que iria encontrar o assassino de qualquer maneira, e quando encontrar-se iria matá-lo da mesma forma como ele matou sua mãe.

Dois meses depois e já beirando a 2º Guerra Mundial, todas as crianças, mulheres e idosos foram obrigados a sairem do pais. Entrando no trem, Rain procura um vagão vazio e logo entra, senta e coloca suas malas no banco ao lado. Logo chega um adolescente com praticamente a mesma idade dela:

- Com licença? - Diz Derick.

- Sim? - Diz Rain, franzindo a testa.

- É que o trem está super lotado e aqui é o único lugar vazio que encontrei. Posso ficar aqui com você por enquanto? – Diz Derick.

Toda envergonhada ela diz sim, o garoto senta à seu lado direito e os dois mantém longos papos durante toda a noite. Ela conta sobre seu passado e a grande tragédia que praticamente tinha acabado de acontecer em sua vida.

Exausta, a pobre moça adormece, e tudo começa a ficar escuro, as luzes se apagam e derrepente o trem começa a andar mais rapido e a desviar de seu caminho original. Em seguida o trem dá uma freada brusca e Rain acorda no susto e, a procura de informações sobre o ocorrido, Rain vai até o outro vagão, vê que todos estão dormindo, tenta acorda-los, mas nada acontece. Apavorada, ela volta até seu vagão, pega sua mala e tenta acordar seu amigo Derick, mas vê que ainda nada acontece então, ela desce do trem e começa a seguir seu próprio caminho sozinha, outra vez.