Fanfic: Almas - Vondy* | Tema: Vondy

O Christopher parecia desnorteado passou por eles e eu o segui quando me aproximei da porta reparei num homem elegante do lado de fora e ele me indicou a entrada, agindo cordialmente como um metri de um restaurante fino, talvez minha imaginação estivesse me pregando mais uma peça.

Minha alma se aproximou da cama vendo meu corpo físico ali deitado, ligado em alguns aparelhos, eu não conseguia acreditar que aquela era eu com um esparadrapo grande na testa, onde provavelmente eles haviam aberto o corte novamente para fazer a cirurgia. Minha pele clara parecia agora sem vida, encostei-me na cama para não cair, quando ergui os olhos vi o mesmo homem elegante que esteve na porta agora do outro lado da cama, olhei em volta, pensando, ele não podia ser da equipe médica porque suas roupas eram granfinas demais e quando o encarei vi em seu rosto um ar sombrio.

- É uma pena! - o homem elegante disse suspirando olhando para meu corpo ali deitado na cama quase sem vida, eu olhei para o Christopher e ele parecia não ter notado a presença daquele estranho no quarto.

- Ruivinha, eu não sei o que dizer, eu apenas preciso que volte, preciso te conhecer... - Christopher disse passando os dedos de leve em meu rosto ali deitada na cama.

- Tanta coisa para falar e ele fica sem palavras numa hora como está! - o homem elegante disse usando ironia e por um momento eu tive medo dele.

- Ou, desculpe, eu te assustei?

- Você está me vendo?

- Sim estou, não deveria? – o homem elegante me questionou e sorria de leve me assustando ainda mais, em seguida olhou para meu corpo sobre a cama. - Essa aqui e você? - ele disse apontando para meu corpo na cama e olhando para mim. - Então, essa é a garota! – parecia examinar detalhadamente meu corpo ali deitada na cama, o Christopher começou a dizer algo e eu olhei para ele.

- Dulce, quem sabe se você se deitasse, conseguiria acordar! Juro que não ficaria bravo se você me assustasse. Eu preciso de você aqui... fica comigo! - o Christopher disse e eu vi em seu rosto o desespero, como se buscasse as palavras certas para me fazer despertar.

- Ninguém pode negar que ele tem sentimentos! - o homem elegante disse estufando o peito, tirando um lenço do bolso e passando nos olhos como se estivesse secando algumas lágrimas também, cada vez mais eu tinha medo dele.

- Quem é você afinal?

- Quem sou eu? - ele disse recobrando a postura sorrindo. - Olha para mim! Terno fino, sapatos da última moda, gravata caríssima, cabelo impecável, sorriso travesso, olhos penetrantes, fala suave e envolvente, linguajar perfeito... Quem você acha que eu sou? - ele perguntou se divertindo ajeitando o terno para que ficasse perfeitamente alinhado e eu franzi a testa pensando.

- Um espírito!

- Não.

- Um fantasma!

- Não.

- Um... um... - comecei a gaguejar pensando quem ele seria afinal...

- Há vamos lá... - ele disse me encarando e se divertindo. - Você sabe quem eu sou... - ele sorriu como se fossemos amigos... - Só está fazendo tipo para prolongar nossa conversa.

- Você é um anjo? – falei devagar.