Fanfic: Almas - Vondy* | Tema: Vondy

- Meu pulso! Está queimando.

- Meu Deus! Onde fez isso? - a enfermeira perguntou olhando para queimadura horrível em formato de cobra que parecia incandescente em meu pulso. - Eu vou chamar o médico! Já volto...

- Onde fez isso? Ou melhor, quando fez isso? - o Christopher perguntou olhando para a queimadura como se não acreditasse que ela estava ali.

- Está queimando... – choraminguei, assoprando e balançando o pulso sem parar.

- Deixa eu ver... – enquanto Christopher examinava meu pulso eu ia me lembrando do homem elegante e dos detalhes sobre o acordo.

- Ai meu Deus! – gritei puxando a mão assustada. - Não posso ficar perto de você!

- Não pode o quê?

- Fica ai! - gritei quando o vi se aproximar.

Fechei os olhos e fiquei segurando meu pulso, pensando no que o homem elegante havia dito, alguma coisa sobre eu ser queimada, me lembro que tinha a ver com meus sentimentos verdadeiros pelo Christopher e não deixar que minha alma o tocasse...

- Ruivinha... - abri os olhos vendo que ele quis me tocar.

- Por favor! – fiz sinal para que ele não tentasse e me encolhi num canto da cama.

Voltei a fechar os olhos tentando me concentrar e diminuir meu desejo de estar nos braços dele, demorou um pouco, mas a queimação foi diminuindo, conforme eu me controlava, abri os olhos e voltei a examinar a queimadura, agora ela era apenas uma cicatriz sinistra em formato de cobra.

- O que aconteceu? Aquela queimadura virou essa cicatriz? Onde conseguiu isso?

Assustada eu não respondi porque ouvir na minha cabeça o homem elegante rir dizendo que eu seria queimada cada vez que infringisse o acordo.

- Christopher, há quanto tempo estou desacordada?

- Dulce... De onde veio isso? - ele insistiu apontando para meu pulso.

- Há quanto tempo estou desacordada? - perguntei mais forte, olhando para ele acuada num canto da cama.

- Dez dias... - ele disse sério e eu o examinei melhor, ele parecia mais forte e saudável não usava roupas como alguém que ainda estava internado e em seu pescoço estava a corrente com as plaquinhas de identificação, aquelas utilizadas pelos homens do corpo de bombeiro quando estão em serviço.

- Não está mais internado?

- Não, estou ótimo, posso ver seu pulso agora?

- E seu ferimento?

- Estou perfeito ruivinha! – apesar de sua animação, não consegui esconder a rosto de preocupação. - Verdade, estou novo! - ele disse abrindo alguns botões da camisa mostrando o ferimento completamente cicatrizado.

Olhei por alguns segundos e sem resistir fiquei de joelhos na cama, estiquei a mão deslizando meus dedos sobre o ferimento em seu peito; provavelmente fiquei fazendo carinho mais tempo do que pretendia porque ele repousou a sua mão sobre a minha fazendo meu coração disparar, meus olhos encontraram com os dele, e eu tentei puxar minha mão e me afastar, mas ele a segurou e passou seu braço pela minha cintura me mantendo bem perto.

- Continue... - ele disse fazendo minha respiração acelerar, alguns segundos depois meu pulso voltou a queimar mais intensamente e eu tirei a mão apressada olhando para cicatriz que de novo que estava vermelha como se eu tivesse sido marcada a ferro.

- Está marcada? - ele perguntou preocupado. – Dulce, por favor, me diz que isso é loucura, essa marca é coisa de filme de terror daqueles fracos que passam de madrugada! – seu olhar era perplexo e eu sem saber o que dizer permaneci em silêncio. – Deus, está mesmo marcada Dulce...?

- Há quanto tempo você teve alta Christopher?

- Alta? Está marcada e quer saber quando tive alta?