Fanfic: Almas - Vondy* | Tema: Vondy

- Cada pessoa acredita no que quer Claudia, você perguntou por que eu não fico com ele e eu apenas respondi qual o motivo.

- Não importa no que eu acredito, vou orar para que fiquem juntos, porque seja qual for o motivo... Parece algo muito grandioso.

Minha mãe gritou da escada dizendo que alguns amigos haviam chegado.

Meus amigos estavam felizes e me abraçavam demoradamente, cada novo abraço vinha repleto de carinho.

Aos poucos nos fomos nos acomodando na sala de estar, estávamos minha família, três casais de amigos, o enfermeiro Zeca e a esposa que foram convidados pela Maite só faltava a equipe de salvamento, ou seja, o Christopher, o Christian e o Alfonso, meu estômago revirava de ansiedade.

Nós conversávamos animadamente, todos estavam curiosos com os acontecimentos estranhos em minhas experiências quase morte, provavelmente a Maite havia feito bastante propaganda.

Minha mãe parecia eufórica contava todos os detalhes sobre quando eu estive morrendo, e milagrosamente sai do hospital sem qualquer seqüela.

- Precisam conhecer os rapazes que salvaram a vida dela! - minha mãe dizia orgulhosa, contou a todos como eles eram fisicamente e como eram educados e maravilhosos, ia falando e falando deixando todas as garotas empolgadas, mesmo elas estando ao lado de seus namorados.

O Zeca frisava a ligação incrível que existia entre o Christopher e eu, que ficávamos nos olhando como bobos sem que nem percebêssemos isso e a esposa dele colocava mais fogo ainda, dizendo que eu acordei chamando pelo Christopher na sala da UTI.

Conclusão eu quase não falei, apenas escutei eles se divertindo com tantas histórias engraçadas sobre Christopher e eu.

- Quando esses heróis chegam? Tem algum disponível? – uma das meninas perguntou fazendo todos rirem.

- Nada de empolgação garotas! Um deles é namorado da Maite.

- Tudo bem, vamos apreciar os outros então! - uma amiga disse querendo fazer ciúmes ao namorado.

Depois a conversa mudou e todos queriam saber como foi estar em coma, se eu podia ouvir coisas ou via pessoas mortas, perguntaram se o desfibrilador havia deixado marcas e muitas outras curiosidades...

- Aconteceu tantas coisas, vivi coisas que se eu contasse a maioria de vocês mandaria me internar como louca, senti dor e tive muito medo de morrer isso eu garanto, mas já acabou e o importante é que estou aqui! – falei ficando em pé erguendo meu copo com água como numa celebração e todos fizeram o mesmo com seus copos, dando pequenos gritos de alegria.

- Posso brindar também? - ouvi alguém dizer e olhei para trás sem acreditar.

- Pablo... o que faz aqui? - perguntei pasma com a cara de pau dele, já que alguns dos meus amigos a pouco haviam comentado que o encontraram enquanto estive internada e ele não demonstrava qualquer interesse em meu estado de saúde.

- Alguém me disse que estaria aqui comemorando... Eu ainda sou seu namorado vim vê-la! - ele foi se explicando e deu alguns passos me abraçando e me beijando sem que eu o conseguisse impedir, depois simplesmente me largou e foi cumprimentar a todos. - Eu sei que deve estar chateada comigo Dulce, por isso esqueceu de ligar avisando da comemoração, mas eu não vou ficar bravo.

Fiquei pasma com a ousadia dele em invadir minha festa, que cara arrogante! Será que eu nunca tinha percebido isso?

- Pablo!

- Ah! Dul, eu não fui te ver porque não consigo entrar em hospitais, é verdade! Não agüento aquele cheiro, passo mal quando vejo pessoas doentes, deve ser um trauma de criança ou algo assim. - ele tentava se justificar sem conseguir, enquanto todos tiravam sarro da cara dele por seu descaramento.

- E acontece o mesmo quando usa o telefone?