Fanfic: Almas - Vondy* | Tema: Vondy

- Isso merece um brinde! - alguém disse e todos foram saindo da cozinha e nos voltamos a ficar sozinhos, quando passei senti ele me segurar.

- Vai casar comigo ruivinha?

- Você é louco, nem me conhece, como pode querer casar comigo?

- Ei, eu conheço sua alma, passei os piores e os melhores momentos da minha vida ao seu lado nesses dois meses, tenho certeza que a conheço melhor do que muitos de seus amigos lá fora... amo você, casa comigo vai! - ele dizia baixinho perto do meu ouvido enquanto dava vários beijinhos me fazendo rir.

- Ei, vocês não vem? - meu pai gritou aparecendo na porta da cozinha.

Saímos para a varanda e assim que atravessamos a porta, as pessoas gritaram em saudação erguendo suas taças, alguém nos entregou duas taças e disse que na minha tinha água por causa dos remédios que eu ainda estava tomando.

- A felicidade de vocês! - alguém gritou, todos repetiram alegres nos fazendo sorrir, eu olhei para o Christopher e distraída esbarrei a mão na coluna deixando a taça se espatifar no chão.

- Não se preocupe com a taça, apenas case comigo? Ele disse baixinho no meu ouvido enquanto me dava um beijo de celebração, sorri sem saber o que responder.

- Tenente! - ouvimos alguém dizer e olhamos para trás, vendo que era o Christian.

- O que foi? – Christopher perguntou percebendo o celular na mão dele, parecia ser sério.

- Ligaram do batalhão, estão loucos tentando te achar...

- Para quê?

- Mandaram chamar alguém da família... Incêndio na R. Pablo Noirus, 527 e estão com dificuldade para tirar o proprietário... Mandaram uma viatura vir buscá-lo

- Tem certeza que é esse o endereço? – Christopher perguntou me soltando e foi saindo da varanda em direção a sala, deixou a taça sobre a mesinha, saindo para fora da casa parecendo preocupado, fui atrás dele tentando entender o que acontecia.

- Tenho que ir ruivinha! - ele disse quando percebeu que eu ainda o seguia, foi indo para o meio da rua como se fosse correr até onde o incêndio acontecia. Agarrei na camisa dele o fazendo parar.

- Onde é esse incêndio Christopher?

- Na casa do meu pai, fica nesse mesmo condômino a duas ruas daqui.

Ele olhou aspessoas que começavam a sair da casa e gritou para o Christian.

- Vou a pé, quando a viatura chegar vocês me pegam no caminho...

- Eu vou com você! – falei indo atrás dele.

- Não! Você fica aqui! - ele disse parando no meio da rua me fazendo parar.

- Christopher e se o cancelamento do acordo te deixou vulnerável? Eu quero ir...

- Ninguém vai morrer hoje ruivinha, acredita em mim? Ninguém vai morrer hoje! Amo você, saiba que é minha alma dizendo isso. - ele disse me beijando.

Ouvi o barulho de pneus arrastando como se um carro tentasse frear, em seguida tudo ficou confuso era como se meu corpo voasse pelo ar e uma pancada forte em seguida fez meus sentidos quase desaparecerem.

- Dulce! - alguém gritava ao longe. - Meu Deus! - outra pessoa dizia sem parar, os sons iam se confundindo e sirenes se misturaram eu ouvia o Christopher dizendo que me amava e não sabia distinguir se era realidade ou se tudo acontecia em minha cabeça, todo meu corpo doía, até que tudo ficou escuro.