Fanfic: Almas - Vondy* | Tema: Vondy

- Quem é você?

- Engraçado não me reconhecer bombeiro... Passo tanto tempo ao seu lado... Sou o servo do d...

- Tá, tá, eu já sei quem você é!

- Ah! Vocês são mesmo estraga prazeres, nem deixam eu usar meu nome. - ele disse arrumando o terno como se estivesse ofendido.

- A propósito, o que está fazendo aqui, não deveria estar no incêndio?

- Agradeça a seus amigos! - o Christopher disse apontando na direção da viatura onde o Pablo estava e dava para vermos a quantidade de energia negativa que o cercava.

- Reação em cadeira... – falei olhando para o homem elegante que compreendeu e pareceu ficar ainda mais furioso, o Christopher se aproximou de mim e em abraçou fazendo eu me sentir segura.

O homem olhou para nossos corpos estirados no chão e olhou para nossas almas ali em pé unidas, ficou claro que estarmos abraçados o enfureceu.

- Estão juntos... Não podem ficar juntos! - ele disse baixo estreitando os olhos, talvez esperava que não escutássemos. - Tenho um acordo. - ele disse usando todo seu charme se aproximando. - Posso salvar os dois dessa vez...

- Dessa vez? - perguntei.

- É, é, é, ele deveria morrer hoje, lembra? -ele disse impaciente e depois sorriu malicioso.

- Ele quebrou o acordo, ninguém deveria morrer hoje! – falei olhando para o homem elegante tentando entender. - Você disse que não viria buscá-lo!

- É eu disse mesmo... - ele respondeu fazendo cara de sínico. – Fiz como disse, eu não viria buscá-lo, mas nunca disse que não mandaria outro para fazer o trabalho!

Por um tempo olhou para nossos corpos e começou a dizer algumas palavras em uma língua estranha. - Mas que inferno! Vocês só me arrumam confusão! Estão juntos de novo! - ele disse se abaixando, soprando para os paramédicos que deveria fazer o melhor para salvar a minha vida e não se preocupar com a do Christopher.

- Está soprando para que salvem minha vida. O que pretende afinal? – falei sem entender o que acontecia.

- Não podem ficar juntos! Não podem morrer juntos! - o homem elegante deu um grito tão alto que nos precisamos tampas os ouvidos que doíam intensamente, outros sons foram se formando e esses eram horríveis, como se pessoas fossem chicoteadas, outras choravam, crianças chorando em desespero e tudo mais.

Era como se o mundo das trevas estivesse abrindo suas portas, percebi o tempo mudar fazendo as nuvens correrem rapidamente, línguas esquisitas eram pronunciadas por seres que nem conseguíamos enxergar, sombras pareciam se esgueirar por todos os cantos e o ar ficou gelado como se uma geada caísse repentinamente.

Eu me encolhi no chão tentando não ouvir nem ver nada, o Christopher se ajoelhou ao meu lado e me protegeu com seu corpo, durou algum tempo como se aquela fosse uma explosão de ódio repentino vindo daquele demônio e da mesma maneira que surgiu simplesmente desapareceu.

- Desculpe, eu não quis assustá-los. - ouvi o homem dizendo com sua voz tentadora novamente e devagar o Christopher foi soltando meu corpo e segurou meu rosto me fazendo olhar para ele sem dizer qualquer palavra deixou claro nossa promessa que não faríamos qualquer acordo com aquele homem.

- Vamos lá gente, o que é isso? Eu não quis realmente assustá-los...

O homem elegante dizia descontraído como se tudo aquilo não passasse mesmo de uma grande brincadeira.

- Qual o problema de vocês? Não sabem brincar... - ele continuava tentando ser engraçado. - Tenho certeza que podemos ser amigos. - ele disse sorrindo agora eu olhei na direção dele e seu rosto de sarcasmo passou a ter uma fisionomia confiável, como quando olhamos para os olhos brilhantes de um gatinho desamparado que deseja entrar dentro de casa.