Fanfic: Almas - Vondy* | Tema: Vondy

O Christian e o Alfonso gargalharam, mas bastou meu pai olhar para ele que pararam de rir. Claro, meu pai é um ruivo corpulento de quase 1,90, quem vai querer meter as caras com ele?

- Vocês dois estão rindo do quê?

- Nada senhor!

- Fique sabendo que a Maite é minha filha também. Encosta nela para ver o que te acontece!

- Eu tenho o maior respeito por ela senhor! - o Christian disse sem jeito com todos olhando para ele a loira saiu do meio das pessoas e chegou mais perto.

- Desculpe... - ela disse. - Parece ótimo contar com alguém que consegue colocar esses brutamontes nos seus devidos lugares... e como eu não tenho pai, o senhor se importa de ser meu pai também? Quem sabe consegue dar um jeito no meu namorado.

Talvez ela estivesse falando na brincadeira, mas seu jeito acanhado dizia mesmo que ela ficou impressionada com a maneira de meu pai cuidar da Mai e de mim, acho que ela sentia mesmo falta de alguém que a protegesse.

Meu pai pego desprevenido olhou em volta procurando apoio da minha mãe que se aproximo e abraçou a loira de maneira afetuosa.

- É bem vinda a nossa família, minha querida. - minha mãe disse e ela sorriu feliz.

Talvez não esperasse ser aceita ou até pensasse que tudo se tornaria uma brincadeira, mas a Anahi pareceu encantada como se nunca tivesse recebido um abraço verdadeiro.

Para muitas pessoas minha família é esquisita, porque não escondemos o que sentimos e somos verdadeiros em nossos sentimentos, meu amigos ali presentes eram poucos, mas seletos, cada um deles sabia como nos comportávamos e com o tempo eles também passaram a ser assim, por isso eu podia afirmar que todos ali eram uma única família.

- Bem... - meu pai começou a dizer procurando pelo Alfonso. - Imagino que pela sua cara assustado você é o namorado da minha nova filha.

Assim que meu pai deu um passo na direção dele, todos riram, inclusive o Christopher que se acabou vendo o jeitão do Alfonso.

- Eu já entendi senhor! Nada de encostar nela ou pisar na bola! Entendi perfeitamente senhor... - o Alfonso disse erguendo as mãos dando alguns passos para trás.

- Ótimo, estamos todos entendidos!

- Isso merece um brinde! - alguém disse e todos foram saindo da cozinha e nos voltamos a ficar sozinhos.

- Déjá-vú – falei saindo da sozinha para ir atrás deles.

- Onde pensa que vai ruivinha?

- Estão nos esperando lá fora!

- Volta aqui... Agora entendo a aflição do noivo na festa de casamento... por que eu não vejo a hora de tudo isso acabar para que possa ficar... sozinho... com minha esposa. - ele disse sendo malicioso mordendo a ponta minha orelha e foi descendo beijando meu pescoço enquanto me encostava no armário para beijar minha boca.

- Ei, vocês não vem? - meu pai apareceu na porta e o Christopher me soltou imediatamente.

- Só estava fazendo o que o senhor mandou!

- Acha que eu sou idiota, estava agarrando ela de novo! Anda logo, vem... 

Assim que atravessamos a porta da varanda as pessoas gritaram em saudação erguendo suas taças, alguém nos entregou duas taças e disse que na minha tinha água por causa dos remédios que eu ainda estava tomando.

- Déjá-vú. – Christopher e eu falamos juntos fazendo graça.

- A felicidade de vocês! - alguém gritou e todos repetiram alegres nos fazendo sorrir, olhei para o Christopher e distraída esbarrei a mão na coluna deixando a taça se espatifar no chão.