Fanfic: Almas - Vondy* | Tema: Vondy

- Ele veio te avisar? O Christian perguntou.

- Veio. Eu disse voltando a chorar e senti quando um a um todos fomos nós abraçamos e juntos choramos pela ausência dele.

Seu enterro foi digno de um herói todos seus amigos estavam presentes e muitos fardados, houve tiros de honra por ele ter salvo tantas pessoas na noite anterior, eu me sentia anestesiada, quase não conseguia chorar, ao meu lado estava minha família e o pai dele que parecia inconsolável.

Depois do enterro todos foram embora, mas eu fiquei ali sentada, queria mais um tempo para me despedir, quando não havia mais ninguém eu comecei a falar com ele.

- Christopher, farei o melhor que puder para que nossa filha seja feliz acima de tudo, se nada acontece por acaso e ela é o motivo para o nosso amor, então continuaremos juntos através dela e no futuro o encontrarei novamente.

- Eu amo você! Eu disse depositando uma rosa em seu túmulo, quando me virei e comecei a sair, senti o vento forte do outono soprar fazendo meu cabelo balançar e as folhas das árvores em volta voar, então sorri sabendo que ele estava ali ao meu lado e seria assim por toda a vida.

Minha filha nasceu, linda e forte, tem os olhos verdes como os meus e os cabelos pretos como os do Christopher, sua personalidade me lembra ele a cada minuto e sua alegria de viver é contagiante.

O Alfonso também enfrentou meu pai e se casou com a Anahi um ano depois da morte o Christopher, hoje eles têm um lindo filho, a Maite e o Christian estão esperando o terceiro filho, foi como o Christopher disse nunca deixamos de ser amigos verdadeiros, eles sempre estiveram ao meu lado e me ajudaram a criar nossa filha Gabriela.

Sou agraciada por ter ao meu lado tantas pessoas que me amam cada uma delas me ajudou a mostrar os passos valiosos da vida para a Gabriela, estiveram ao nosso lado sempre e juntos dividimos as alegrias e as tristezas. Eu só me sentia sozinha quando ia dormir e a saudade do Christopher apertava, por muito tempo eu chorei escondido embaixo do chuveiro ou com o rosto no travesseiro para que a Gabriela não ouvisse, mas ela sempre soube que eu amava muito o pai dela e que sentia uma falta insuportável dele e ela sempre me dizia que o amava também eu nunca consegui estar com outra pessoa meu sentimento pelo Christopher era único e verdadeiro.

Ela cresceu e se dava muito bem com o pai do Christopher, ele ficou encantado quando soube que ela nasceria, ela sempre saída da escola e ia ajudá-lo em suas pesquisas em um grande laboratório financiado por uma empresa privada, isso quando nem mesmo sabia o que tudo aquilo significava, ela me contava como era orgulhosa porque seu avô era cientista e ele fazia descobertas de algumas doenças, enquanto sigilosamente continuava pesquisas incansáveis procurando a cura para a doença que levou a mãe do Christopher, ela dizia orgulhosa que também seria cientista, sua felicidade me deixava feliz e orgulhosa e tenho certeza que o Christopher também, principalmente quando a ouvi falar assim, com tanta certeza e ela tinha apenas 11 anos.

E cada vez mais Gabriela entendia o universo dos cientistas e não se separava do avô, se interessou desde muito cedo por medicina e biomedicina, já na adolescência ela voltava para casa fascinada cheia de idéias com tantas descobertas que poderiam ser feitas e de quantas pessoas poderiam ser curadas e quando entrou na faculdade já era vista como uma aluna brilhante que carregava os conhecimentos aprendidos pelo avô um cientista famoso.

Ela foi educada acreditando nas energias positivas que nos cercam e sempre que se deixava envolver pela dificuldade de algum problema eu a orientava para que ela analisasse apenas o lado positivo da situação e fortaleci o quanto pude suas crenças positivas para que sua vida fosse plena e cheia de alegrias mesmo nas pequenas conquistas.

O pai do Christopher morreu aos 81 anos, e para a classe científica a perda não foi maior porque Gabriela era sua substituta, ele havia passado todos seus conhecimentos a ela desde muito cedo, minha filha nasceu e cresceu forte desbravando o mundo e com 28 anos ela encontrou entre as pesquisas de seu avô algo incrível, bastou acrescentar o avanço da biomedicina para que a resposta que faltava aparecesse...