Fanfic: Almas - Vondy* | Tema: Vondy

Um pouco a frente uma senhora idosa que eu imaginava ser uma acompanhante acenou para mim, me fazendo parar, olhei novamente na direção dela e ela sorriu deixando claro que realmente estava me enxergando, olhei para os outros dois acompanhantes e todos pareciam me olhar, nesse momento eu soube, cada um deles era a alma de cada pessoa que estava ao lado na cama, deduzi que aqueles pacientes que não tinham suas almas ao lado estavam em melhor estado de saúde, provavelmente sairiam dali em breve.

Depois disso nunca mais veria o mundo da mesma maneira e isso me apavorava!

Assim que me recuperei do susto, voltei a andar procurando pelo Christopher, fui encontrá-lo na última cama as cortinas que faziam a divisão estavam abertas e quando olhei para trás por um instante todos as almas me olhavam com curiosidade, se um dia eu contar ninguém vai acreditar!

Vi a alma do christopher sentada de maneira largada na poltrona sem qualquer arranhão ou machucado ele me parecia forte, saudável e respirava tranquilamente de cabeça baixa, enquanto ao lado na cama seu corpo frágil e debilitado repousava repleto de aparelhos ligados, provavelmente eram os aparelhos que o estavam mantendo vivo.

Não posso negar que fiquei feliz e meu coração pareceu saltar, isso se fosse possível, sendo eu nesse momento uma alma perdida, precisei me segurar para não correr e me atirar em seus braços. Não sei explicar, até parece frase de romance, daqueles romances açucarados, mas de uma maneira louca eu sentia como se minha alma fosse puxada pela dele, como se por algum motivo precisássemos desesperadamente ficar juntos dessa vez!

- Pode me dizer, quantas vezes terei que vir aqui te fazer viver? - perguntei sorrindo feliz colocando a mão na cintura, esperando que ele me visse.

Christopher levantou a cabeça assustado e sorriu lindamente assim que colocou seus olhos em mim.

- Ruivinha! – ele disse num salto com todo entusiasmo do mundo.

Não pude evitar admirá-lo ainda usava a mesma camiseta vermelha com emblema do corpo de bombeiro, a mesma calça cinza e o coturno preto, sua corrente com a plaquinha de identificação continuava pendurada no pescoço, seu porte atlético, combinava perfeitamente com seus cabelos escuros, pele bronzeada e para fechar com chave de ouro, lindos olhos negros como a noite.

Suspirei, quando na verdade quis assobiar, disfarcei meu interesse, porque parado ali na minha frente estava algo pela qual com certeza valia a pena viver!