Fanfic: Almas - Vondy* | Tema: Vondy

- Ei, me deixa contar! - falei voltando a falar. - ...então, as vozes eram de pessoas que estavam no corredor ao lado, acho que seus pensamentos, eu me dei conta disso quando ouvi o barulho de ambulâncias chegando por algum motivo corri para ver quem era, foi quando me dei conta que na maca sendo socorrida era eu.

- VOCÊ!! - ela perguntou parecendo chocada.

- Porque essa cara, não é você a psíquica aqui?

- É mais eu nunca passei por uma autoscopia. – Maite ia dizendo pausadamente me olhando. – Vamos continue, ignore meu espanto, está sendo uma história fascinante, arrepiante e irreal, mas terrivelmente fascinante!

- Ah! Propósito como está o Garfield?

- Droga Dul! Seu gato está ótimo, me faz espirrar sem parar, dorme preguiçosamente no cesto acredito que o dia todo, age exatamente como o Garfield original, pode continuar agora?

- Ok, ok, depois que eu me vi ali na maca entrei em desespero, tive ajuda de uma pessoa... – tentei explicar a ela, não queria mencionar o nome do Christopher sem antes vêlo, para ser sincera eu ainda não tinha certeza se tudo aquilo não tinha sido coisa da minha imaginação.

- Um anjo te ajudou?

Comecei a rir.

- Realmente eu pedi um anjo a Deus quando estava morrendo no bar, mas acho que ele caprichou mais na entrega.

- Como assim? Teve um encontro com um anjo e ele era bonito? 

- Incrivelmente lindo!

- Você pode ver o anjo aqui no quarto? - ela perguntou levantando olhando para os lados assustada sem agüentar comecei a rir, essa reação assustada era à última coisa que imaginei da parte dela.

- Está com medo?

- Não, mas estamos falando de sair do corpo, anjos e o mundo dos mortos, o que você queria?

- Maite, onde está aquela minha amiga psíquica que às vezes mora em seu corpo?

- Dul, não brinca com essas coisas, tem um anjo aqui ou não?

- Pode abrir os armários? - perguntei tirando barato da cara dela, quando a vi indo em direção ao armário não agüentei e comecei a rir sem parar.

- Pára, pára... estou brincando! Era brincadeira!

- Dulce! – ela me censurou brava por eu a estar fazendo de boba.

- Desculpe, foi só uma brincadeira, me desculpe! – falei me lembrando que também tinha ficado brava quando o Christopher me assustou no episódio da cama, aos poucos fui parando de rir e tentei ficar séria. - Desculpe, eu não resisti, você é sempre tão... tão... – fui tentando encontrar a palavra adequada para defini-la. - Tão psíquica que achei que não se importaria, desculpe...

- Desculpada, agora continue...

- Primeiro, não tem nenhum anjo aqui, pelo menos não que eu esteja vendo, segundo nem sei se isso realmente aconteceu, pode ser algo da minha imaginação o Dr. Dionísio disse que bati a cabeça numa mesa de mármore e fiz uma cirurgia para retirar algo que perfurou minha testa e se não bastasse o anjo de quem estamos falando foi o bombeiro que salvou minha vida...