Fanfic: Almas - Vondy* | Tema: Vondy

Suspirei, a Maite sempre fazia essas coisas, era natural nela, chega nas pessoas e diz o quanto elas precisavam melhorar sua positividade, trazendo mais energia para sua vida.

- Afinal, o que vocês estão fazendo aqui no quarto dele? - ela perguntou olhando para mim e para Maite, deixando claro que ela gostaria que nos saíssemos.

- Eu estou esperando meu transporte... – falei um tanto sem jeito.

- E eu só vim agradecer por salvar minha amiga. - a Maite disse indo até onde o Christopher estava para lhe agradecer com abraço afetuoso e um beijo no rosto, deixando a loira perplexa, depois ela fez o mesmo com o Alfonso e por último o Christian e nele ela demorou mais no abraço, então eu soube que a Maite já estava se aproveitando e dei risada por isso.

- Talvez a tenha conhecido em outro plano astral. - a Maite disse ao Christopher sem querer ofender ninguém, a loira continuava sem acreditar na ousadia da Maite em abraçar e beijar a todos com tanta naturalidade e claro, eles gostaram, como o Christopher disse é bom ser herói!

Todos ficaram em silêncio procurando algo neutro para falar, como ninguém falava nada inesperadamente Christopher e eu falamos juntos.

- Como vai o Garfield? - eu o ouvi perguntar.

- Se reconciliou com seu pai? - perguntei no mesmo instante e nos rimos alto por falarmos juntos, enquanto todos olhavam, ergui os ombros despreocupada e respondemos naturalmente.

- Maite disse que o Garfield está muito bem, come e dorme preguiçosamente.

- Meu pai veio me visitar, nos conversamos e nos entendemos, você estava certa era uma bobagem da minha parte.

Quando terminamos de falar todos nos olhavam, só então nos demos conta que acabamos de piorar a situação.

- Quem é Garfield? - a loira perguntou no mesmo instante.

- O gato dela... - Maite respondeu assombrada.

- Foi você que o convenceu a se entender com o pai dele? - Christian perguntou me olhando assombrado.

- Porque está fazendo isso? - perguntei ao Christopher, ouvindo os pensamentos irritados da loira, ela pensava que Chritopher e eu já nos conhecíamos antes do incidente no bar e ela não queria fazer papel de boba e pior na frente do Alfonso.

- Eu não estou fazendo nada! Foi você quem perguntou do meu pai!

- Mas você perguntou do Garfield? Porque está falando essas coisas, se não quer dizer que me conhece!

- Não sei por que perguntei do seu gato, nem me lembro direito de onde conheço você! E também não me lembro de ter lhe contado sobre minha briga com meu pai, quem é você afinal? – parecendo confuso ele se afastou indo para perto da janela e ficou olhando para fora, ele pensava em como era possível ter a sensação de que me conhecia tão bem, sem se lembrar exatamente de onde.

Todos ficaram em silêncio novamente e eu estava torcendo para que o Zeca voltasse logo para que eu saísse dali de uma vez.

Dei uma olhada no Alfonso quando seus pensamentos chegaram até mim, ele se sentia um idiota por ter preferido continuar o noivo ao invés de ter assumido seu relacionamento com a loira, sentia-se cada dia mais apaixonado por ela.

O Christian continuava intrigado por eu saber sobre a briga do Christopher com o pai e ainda ter conseguido fazê-los se reconciliar, já que ele mesmo tentou essa façanha tantas vezes sem sucesso.

A Maite tentava manter seus pensamentos em coisas boas e a loira estava carregada de desconfiança com tudo que assistia.

Fechei os olhos tentando relaxar, quem sabe assim os pensamentos não me atingiriam tanto, aos poucos fui conseguindo e o ar dentro do quarto foi ficando mais fresco. Comecei a sentir um ventinho gelado soprando como uma brisa... Sabe aquela sensação de friozinho que às vezes faz você acordar de madrugada para se dar conta que o edredom caiu da cama, era esse friozinho que pairava no ar...

Essa sensação foi se instalando devagar e o quarto todo foi ficando friozinho... friozinho... até ficar gelado... isso foi me deixando cada vez mais relaxada com os olhos fechados.

- Nossa que frio! - a loira disse me fazendo despertar, olhei para ela e a vi se mexendo num arrepio, daqueles que quando a gente sente diz “...passa morte que eu estou forte...”