Fanfic: Almas - Vondy* | Tema: Vondy

- É aqui está frio mesmo, acho que vou ficar gripada... - a Maite disse sentada na beira da cama ao lado do Christian, eu olhei e a vi esfregar os braços tentando se aquecer.

- Christopher tem ar condicionado nesse quarto? - o Christian perguntou olhando em volta para ver se tinha algum aparelho no quarto. - Está gelado mesmo...

- Como pode estar frio? Se o sol brilha lá fora! - o Christopher disse apontando pela janela e eu comecei a sentir o friozinho soprando bem perto do meu corpo, vi os pelinhos dos meus braços ficarem arrepiados, acho que o Christopher teve a mesma sensação, eu o vi olhar seu braço e tudo indicava que ele havia ficado arrepiado também.

Meu coração disparou e até a minha nuca começou a arrepiar, fiquei assustada e me levantei com aquela sensação de pânico, invadindo meu corpo.

- Ai meu Deus! – falei percebendo que aquela sensação era a mesma de quando estive no mundo dos mortos. A morte estava ali!

- O que foi Dul?

- Ela está aqui! - falei assustada tentando explicar para a Maite. O Christopher me olhou como se entendesse o que eu estava falando.

- Quem está aqui Dul?

- É ela... Meu Deus, ela está aqui! - repeti como se aquilo fosse óbvio para eles também, vi quando o Christopher deu alguns passos na minha direção.

- Quem está aqui? - o Christian quis saber, talvez quisesse tranqüilizar a Maite.

- A morte! - o Christopher disse sério sem sair do lugar, todos se olharam assustados.

- A morte está aqui dentro desse quarto? - o Christian repetiu como se quisesse ter certeza que ouvira direito.

- É meu amigo, a morte está aqui entre nós!

- Vocês não estão sentindo? - perguntei assustada olhando para todos, mas eles me olharam como se não entendessem do que eu estava falando.

Olhei para o Christopher apavorada com a respiração ofegante e o coração querendo pular para fora.

- Christopher, fala para mim que ninguém vai morrer hoje!

Pensei naquele bafo gelado que andou nós perseguindo e depois lembrei do Christopher dizendo que esse bafo lhe disse que um de nós tinha que ir, o pânico foi aumentando como se esse pensamento fosse o único em minha mente.

Bem dizem que na hora do aperto até aleijado sai correndo, a adrenalina no meu corpo foi tão grande que eu esqueci completamente que estava com dificuldade para andar, eu só enxergava o Christopher, parecia que ele era meu porto seguro, precisava chegar onde ele estava, porque assim nada poderia me fazer mal.

Dei alguns passos e a impressão que eu tinha era que o ar do quarto havia acabado por completo, provavelmente o pânico havia dominado meu corpo.

- Diz Christopher... Ninguém vai morrer hoje! - gritei.

- Ninguém vai morrer hoje... – a princípio ele pareceu em dúvida, mas depois vendo todos ali assustados ele quis reafirmar. - Dulce, ninguém vai morrer hoje, eu prometo! - ele deu alguns passos me alcançando antes que eu caísse, minha respiração era rápida e eu estava apavorada e com medo por não saber qual de nos voltaria para o mundo dos mortos.

- Do quê vocês estão falando? - a loira perguntou segurando no braço do Alfonso e todos no quarto estavam em pé assustados sem entender o que acontecia conosco.