Dulce: o que tá lendo aí?
Anahí: uma coisa mais interessante do que o papinho de vocês! (as duas sorriem)
Dulce: deve ser mesmo...tá até de cabeça para baixo!
Maite começou a gargalhar e Anahí soltou uns sorrisinhos sem graça.
Anahí (desvirando a revista): o que vocês vieram fazer aqui? (com raiva)
Maite: ai amiga...calma!
Anahí: calma nada...vocês lá falando assim do...UGH! (exclama um ruído de raiva)
Dulce: aquilo era brincadeira! Tem calma...foi só pra tirar onda com a sua cara!
Anahí: eu não gostei nem um pouco!
Maite: nós sabemos disso!
Anahí: tão me achando com cara de palhaça é? Só pode...(furiosa e levantando a voz)
Dulce: calma que o pessoal tá olhando!
Anahí (fingindo um sorriso): eu odiei aquilo!
Maite: nos perdoa?
Anahí (volta a ler a revista): não!
Dulce: por favor amix!
Anahí (morrendo de vontade rir): NÃO!
Maite: o que a gente pode fazer para você nos perdoar?
Anahí (pensou um pouco): tem que me pedir de joelhos!
Dulce: O QUÊ?
Anahí: só perdôo se for assim!
Maite: que malvada...mas tudo bem...(fica de joelhos) Anda Dulce!
Dulce; é preciso mesmo? (Anahí assente) Tá bom...aff...(fica de joelhos também)
Maite: nos perdoa Anahí Giovanna Puente Portillo?
Dulce: sim?
Anahí: claro né...(sorri muito da cara das duas)
Elas sorriem também meio insatisfeitas mais logo esquecem da “pagação de mico” na frente de todo mundo. As três levantam e saem caminhando. Anahí até o camarim, Dulce e Maite para a maquiagem. Dulce ao entrar na sala dá de cara com Chris que vinha saindo, ele somente a cumprimenta com a cabeça e só, ela abre caminho e baixa a cabeça quando ele sai, entra na maquiagem e senta-se na cadeira para o maquiador fazer seu trabalho. A manhã de filmagens foi bem corrida. Dulce estava desatenta, se enganchou em uma cena e a repetiu mais de dez vezes, não conseguia se concentrar. Pedro ficou furioso com ela, mas não se alterou, foi bem passivo e compreensivo, somente a pediu que relaxasse uns minutos e quando já estivesse disposta voltasse, ela fez o que ele disse. Afundou o rosto nos textos e tentou concentrar-se, até que com um pouco de esforço conseguiu e a cena saiu melhor do que esperavam. Fora isso nada fora do comum. Zoraida como Dulce a aconselhou, inventou uma história e se mandou para o camarim para assistir o programa que gravaram no dia anterior, ligou a TV e ficou esperando começar. No intervalo ela saiu correndo para a Lanchonete encontrar com Christian, a banda estava junta, pois Pedro estava conversando com eles sobre os shows em Monterrey. Zoraida chegou como um canhão e quase arrancou Christian da mesa, deu uma desculpa esfarrapada para Pedro que acreditou e os dois saíram juntos. Dulce ficou olhando os dois saírem e sorriu sozinha. O sinal soou outra vez e todos se dirigiram aos seus respectivos lugares. Dulce iria gravar com Zoraida, chegou no estúdio e ela ainda não estava lá, demorou como uns 10 minutos para chegar, Luís (um dos diretores) a reclamou, mas ela deu mais de uma de suas desculpas e foi rindo até onde Dulce estava. As duas intercambiaram sorrisos e se concentraram para mais uma cena. À tarde de filmagens ao contrário da manhã foi bem calma para Dulce. Quando deu exatamente, 5 e meia da tarde, mesmo horário do dia anterior, Pedro sai recolhendo a banda, ara sua apresentação em outro programa. Todos reunidos. Tudo ocorre como na noite anterior, até o horário era o mesmo. Todos prontos e seguem até o estúdio que ficava o programa. Caminharam um pouco, mas somente um pouco, não deu para cansar. O programa começou às 7 da noite exatamente, conversaram um pouco com o apresentador, mas depois foram cantar. Cantaram Nuestro amor e Trás de mi, somente era uma participação que fariam, somente para falar da festa de Televisa. Passaram como 1 hora somente. As 9 da noite já estavam todos prontos para irem embora. Todos estavam indo, menos Christian que decidiu “ficar mais um pouco”, ou seja, esperando Zoraida, mas ninguém sabia, somente Dulce que suspeitou. Então se despediram dele e seguiram seus rumos, chegaram no estacionamento e todos seguiram aos seus carros mas antes se despediram, Dulce e Chris secamente se falaram. Maite ficou na entrada esperando Guido que iria busca-la, o resto entraram em seus carros e seguiram seus rumos. Anahí combinou com Poncho de ele ir em casa só para despistar e depois fosse para sua casa que ela o estaria esperando. Dulce parada em um sinal e ouvindo o som da rádio, fica pensando em sua noite, não havia nada de novo, nada de excitante, a única coisa que a estava esperando com ganas, seria sua cama, vazia, soltou um suspiro de fastio, mais uma noite sozinha, aquilo era um mártir. O sinal abriu e ela seguiu viagem rumo a sua casa. Noite de sexta-feira, ficou pensando em Chris, “concerteza ele vai sair hoje...logo que amanhã só viajaremos ao meio-dia...concerteza vai desfrutar dessa noite com alguém (suspirou)...mas com quem?! Vai saber...uff...”, até que a rádio lhe tirou dos seus pensamentos.
“Rádio: Você quer ganhar uma casa em Cancún? Na beira da praia?! Em breve, mais uma promoção de...(começa um coro) LOS 40...PRINCIPALESSS...”
Dulce: ai como eu queria estar na praia uma hora dessas! Escutando a canção das ondas misturadas com a brisa...preciso de umas férias!
Continuou dirigindo, imaginando-se em uma praia deserta. Até com os pensamentos nisso chegou em casa, suspirou outra vez ao chegar, ainda era cedo, olhou no relógio do carro e era 9 e 23 da noite, abriu o portão e entrou com o carro, de longe havia o latido de Simba que vinha correndo da piscina, ela desligou o carro e tirou o cinto de segurança, o cachorrinho colocava as patinhas no carro, como se estivesse esperando-a sair, então ela pega suas coisas e sai do carro. Simba fica lambendo o tênis de Dulce que sorri, ela tranca o carro, como estava com uma mão livre e o pega no braço entrando na casa com ele. Vai até a cozinha e cumprimenta Paco e Dolores que estão jantando. Dolores se surpreende em vê-la ali tão cedo, ela explica que gravaram um programa e Pedro os liberou mais cedo. Dolores pediu que sentasse com os dois, mas ela não estava com fome e decidiu não comer, subiu ao seu quarto com Simba e quando entrou se abaixou e soltou o cachorrinho. Colocou suas coisas em cima da cama e suspirou novamente, sentia uma angústia de estar ali, mas todos os seus amigos estavam ocupados, Anahí e Poncho concerteza estariam juntos, Maite está com Guido e Christian está com Zoraida, não havia ninguém a quem recorrer, quer dizer, havia alguém sim, mas ele poderia estar com alguém, só de pensar nisso se enfureceu e pegou sua toalha para tomar um banho e esfriar os nervos. Simba ficou cheirando o quarto dela enquanto ela entrava no banheiro, fechou a porta e estendeu a toalha, sentou na beira da banheira e tirou os sapatos, depois se levantou e se despiu. Foi caminhando para o Box e pensando no que faria aquela noite, ligou o chuveiro e se enfezou e disse alto.
Dulce: quer saber?! Eu não preciso de ninguém pra sair não...e quer saber...vou sair sim e vou à praia! [não sei se onde eles moram existe praia, mas na minha história TEM PRAIA SIM]
Terminou o banho determinada, iria ouvir o som das ondas e talvez dormiria ali, queria dormir ali, sentindo aquela brisa em seu rosto, sentindo a areia fofa debaixo de seu corpo. Nunca na vida esteve tão determinada como naquele momento, foi até seu closet e pegou um biquíni azul escuro, como o céu da noite, o vestiu rápido, depois pegou uma calça jeans, uma camiseta qualquer e um agasalho, vestiu tudo ali mesmo, pegou seus chinelos e calçou. Após estar vestida, vai até no fundo de seu closet e pega uma mochila grande, coloca duas cobertas grossas, pois poderia estar frio, uma toalha e saco de dormir, colocou tudo na cama, mas o saco de dormir não coube na mochila. Voltou até o banheiro e se penteou, escovou os dentes e se perfumou, depois saiu e voltou ao closet, pegou uma boina de reggae, colocou o cabelo dentro, deixando somente a franja vermelha de lado fora da boina, não passou maquiagem nem nada. Pegou sua mochilinha de sempre e levou a mochila maior nas mãos, abriu a porta e assobiou para Simba que logo chegou abanando o rabinho, ela fechou a porta do quarto e desceu com Simba caminhando atrás dela. Colocou logo as coisas no carro, e foi correndo ao estúdio, pegou seu violão, correu para o carro e o guardou. Depois foi avisar a Dolores na cozinha. Chegando lá a senhora estava lavando os pratos.
Dulce: Dolly...eu vou sair!
Dolores: tudo bem...mas vai assim? (Perguntando pela simplicidade da roupa dela.)
Dulce: sim...olha talvez não durma em casa!
Dolores: ok! Mas toma cuidado por favor!
Dulce: pode deixar! Até mais!
Dolores: vai com Deus!
As duas se despediram e Dulce foi até seu carro, entrou e o ligou, tudo pronto para sua aventura, abriu o portão e saiu. Mas antes de viras a esquina deu uma olhada no tanque de gasolina, havia pouco, teria que dirigir até um posto. Ligou o som nas alturas e no primeiro posto que viu parou. Encheu o tanque, pagou o frentista velho que nem a reconheceu e arrancou. Seu destino agora seria...Praia...a lua...o céu e as estrelas. Sorria pensando no bem que faria para ela essa noite de descanso, essa noite sem pensar nele, no cara que a fazia derreter-se somente com um sorriso. Dulce estava tão perdida em pensamentos em uma pessoa que ultimamente não havia saído de sua mente, que nem se precatou que havia parado na frente da casa dessa pessoa, quando ela deu por si, estava lá, olhando para sua varanda.