Fanfic: Palavras, apenas palavras - AyA | Tema: RBD

Angelique: Anahí? Anahí? – E eu a encarei, despertando do meu devaneio. Depois de tudo o que havia acontecido entre Alfonso e eu, não conseguia parar de pensar um só minuto nele. E pela milésima vez naquela manhã eu me pegava distraída, olhando para o além, esquecendo-me de tudo o que eu tinha pra fazer e pensando apenas nele. – Você está tão distraída hoje. – Comentou.

Anahí: Desculpe. Minha cabeça estava longe. 

Angelique: Hm... Isso me cheira a amor. – Disse divertida, enquanto aqueles olhos intensamente claros me observavam.

Anahí: Amor? Ah não. – Neguei. Ela ficou um tempo em silêncio, olhando para mim, e aquilo começava a se tornar desconfortável.

Angelique: É Alfonso, estou certa? – Levantou-se parando em frente a minha mesa.

Anahí: O que? – Como assim? Como ela sabia?

Angelique: Você e Alfonso estão saindo. E você está apaixonada por ele. – Disse calmamente.

Anahí: Eu não sei do que você está falando. Eu e Alfonso não temos nada. – Assegurei.

Angelique: Vamos, Anahí. Nem tente negar. Está escrito na sua cara! Assim que coloquei os olhos em você tive a certeza de que Alfonso investiria. – Eu esperei, olhando no fundo dos olhos dela. Um pânico crescente abrangia-me – Você faz o tipo dele. – Concluiu.

Anahí: Angelique, eu acho que você está confundindo as coisas. Somos só amigos.

Angelique: Não, Anahí. Eu acho que você é quem está confundindo as coisas.

Anahí: Que? – Suspendi a sobrancelha. Ela estava começando a me irritar. Se ela pensava que eu ia deixar o caminho livre para ela atacar Alfonso, estava muito, mas muito enganada.

Angelique: Não deixe que ele iluda você. – Me iludir? Coitada. Mal sabia ela que ele estava apaixonado por mim. Estava. Não estava? – Alfonso pode ser muito convincente quando quer.

Anahí: Por que diz isso? Por acaso você caiu na lábia dele e se arrependeu? – Soltei um tanto quanto amarga, ou venenosa, como queiram. 

Angelique: Eu? – Disse em meio a uma gargalhada – Não querida. Eu jamais caí nos galanteios de Alfonso. Somos amigos de longa data, e eu sei o suficiente dele para não me deixar levar por todo aquele charme.

Anahí: Escuta, – Levantei-me – eu acho que eu estar ou não saindo com Alfonso não é da sua conta.

Angelique: Anahí, por Deus. Não me trate como se eu fosse algum tipo de inimiga tentando roubar seu homem. – E não era exatamente aquilo que ela era? – Eu só quero ajudar. 

Anahí: Ajudar? Rá, tá bom! – Soltei irônica – Eu não preciso de ajuda. – E antes que ela continuasse com aquela ladainha de falsa boazinha dela eu saí daquela sala.

Dulce: Hey, o que foi? – Perguntou-me quando eu passava pela recepção.

Anahí: Nada, só estou um pouco irritada. – Confessei.

Dulce: Posso te ajudar em algo?

Anahí: Se estiver dentro do seu alcance levar aquela Angelique para bem longe, então sim você pode. – Dulce soltou uma risada divertida.

Dulce: O que ela fez? 

Anahí: Está querendo se meter na minha vida. – Dulce esperou, e eu sinceramente parecia uma velha resmungona – Na minha vida pessoal, Dulce.

Dulce: Calma, Anahí. – Ponderou – O que ela te disse?

Anahí: Veio com uma historinha de eu estar apaixonada pelo Poncho e... – Fui interrompida.

Dulce: `Poncho`? – Ops.

Anahí: Alfonso. – Corrigi.

Dulce: E você está?

Anahí: Ah meu Deus. – Levei as mãos ao rosto.

Dulce: Você está. – Olhou-me, e aquele olhar parecia de pena. – Anahí, eu não sei até que ponto você conhece o Alfonso, mas digamos que ele não é muito confiável com as mulheres... – O que? Ela também? O mundo tentava me jogar um balde de água fria, é isso? Mas mesmo que ele fosse um cafajeste ou coisa do gênero, comigo ele ia ser diferente.

Anahí: O que você quer dizer com isso Dulce? As pessoas podem mudar.

Dulce: Anahí, digamos que é muito difícil que Alfonso mude. 

Anahí: Por quê? – Questionei.

Dulce: Porque ele não mudou nem com o casamento. – Eu paralisei. Casamento? Ele era separado, é isso? – Ele é casado, Anahí. 

Anahí: O que? – Espera, eu não podia ter ouvido aquilo. Casado?

Dulce: Sim, há anos. – Confirmou. E então eu senti o chão sob meus pés se esvaindo. Todo o sonho cor-de-rosa que eu construíra ao redor de nós dois caíra em pedaços. Descobrir que o meu Alfonso nunca fora meu era doloroso demais. Não era possível que ele tivesse mentido tanto. Tudo bem que eu jamais o perguntara, mas por Deus, como eu poderia imaginar que ele era casado? Senti-me suja por ter feito o papel da outra, mas pior que isso, senti raiva. Como ele fora capaz? Todos os momentos maravilhosos que passara com ele foram, na verdade, uma grande mentira. Eu era apenas mais uma uma aventura de um cara sem caráter, que devia ter milhares de mulheres enquanto a esposa dele o esperava inocentemente em casa. Aquilo não era certo, e antes que eu caísse em prantos, ele iria ouvir tudo o que eu tinha para dizer. Bem que dizem que todo sonho bom dura pouco. Que pena. Acho que pior do que perder um amor, é perder aquilo que você pensava ser o seu grande amor e que na verdade nunca fora seu. Porque quem perde um amor pelo menos viveu algo que era real.

MENINAS, deixem seus comentários para eu saber que tem gente lendo. Assim postarei com mais frequência! :)