Fanfic: Palavras, apenas palavras - AyA | Tema: RBD

E naquele final de semana foi a vez de Paulina vir até minha casa consolar-me. Dentre panelas de brigadeiro e uma garrafa de vodka, ela ouvia minhas reclamações, compreendia a minha frustração e tentava fazer-me enxergar que embora eu estivesse confusa e destroçada aquilo iria passar.

Convenceu-me a tirar uns dias de folga, fez-me parar de chorar, disse para eu esquecê-lo, mas mudou de ideia assim que eu contei sobre a conversa que tivera com ele na sexta-feira.
Eu batia o pé, repetindo que não podia confiar nele depois do que ele fizera, de que acabaria me machucando. E ela, realista que só, dizia que eu já estava terrivelmente machucada e que embora ele fosse um cafajeste, poderia estar sendo sincero. 
Pedia-me para que eu não fosse tão romântica a ponto de acreditar em contos de fadas, mas que também não fosse tão pessimista. E com os olhos ternos, dizia-me `Se afaste e espere. O tempo coloca as coisas no lugar. E se ele realmente se separar, deixe as mágoas de lado em nome da sua felicidade.`

– E se ele não se separar? – Eu contestava.

– Então você vai superar isso e vai descobrir que existem milhões de homens no mundo. – Respondia-me simples. E realmente seria bem simples se dentre todos esses milhões de homens eu não quisesse apenas um.

No fim das contas, ainda que toda aquela conversa não tivesse servido para esclarecer a minha cabeça, pelo menos a uma conclusão eu havia chegado: Eu deixaria que o destino se encarregasse de tudo.

Angelique tinha razão, Christopher não se opusera quando eu lhe pedi alguns dias, ao contrário, fora muito compreensivo e me dera uma semana. Tinha exatos sete dias para colocar a minha cabeça em ordem. E eu esperava com todas as minhas forças que o destino me ajudasse. Quem sabe quando eu voltasse Alfonso já tivesse falado com Zuria? Okay, para não me ater a suposições ou a falsas esperanças eu preferi pensar que durante essa semana eu conseguiria, ao menos, deixar de querê-lo tanto. Apostei todas as minhas fichas na minha capacidade de esquecê-lo e não na capacidade dele de colocar um ponto final naquele casamento. Afinal, era mais fácil confiar em mim mesma do que naquele que me enganou.