Fanfics Brasil - 040 Palavras, apenas palavras - AyA

Fanfic: Palavras, apenas palavras - AyA | Tema: RBD


Capítulo: 040

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Pior do que quando fui, eu voltei. Porcaria. Acho que eu superestimei minha força de vontade, ou, quem sabe, subestimei o que sentia por ele. 


O fato é que depois daquela semana longe de Manhattan eu estava ainda pior. Em vez de esquecê-lo, ou pelo menos espairecer, eu sentia uma saudade enorme, algo que chegava a me sufocar. Nem os museus de Seattle foram capazes de me distrair. Do primeiro ao sétimo dia pensei nele, sonhei com ele, e cheguei ao absurdo de me pegar com o celular nas mãos prestes a ligar para ele. Deus, estava ficando louca. Aquela definitivamente não era eu.

Quando voltei tinha apenas uma certeza, se ele realmente tivesse pedido o divórcio eu mandaria meu orgulho ferido ao inferno e me atiraria em seus braços. E se ele não tivesse... Bom, aquela era uma hipótese que, naquele momento, eu preferia não cogitar.

Cheguei em casa no domingo a noite, e a vontade imensa de ligar para ele não passava. Eu precisava de uma garrafa de tequila ou iria mesmo enlouquecer. Mas, como não havia garrafa de tequila alguma em meu apartamento, e eu não estava disposta a sair de casa, o melhor a fazer foi tomar um banco quente e demorado.

Eu nem sei quanto tempo fiquei imersa naquela banheira. Estava quase dormindo quando ouvi o interfone tocar. Enrolei-me numa toalha branca e caminhei, sonolenta, até o aparelho. Olhei para o relógio, passava das nove.

Anahí: Oi. – Disse ao porteiro, crente de que ele anunciaria uma Paulina desesperada para saber como havia sido a minha viagem – Quem? – Senti meu coração acelerar violentamente quando ele disse o nome de quem estava lá embaixo. Era ele, Alfonso.




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Atônita, eu disse para que o deixasse subir. Uma sensação de medo e ansiedade se apossou de mim. Por um segundo fechei meus olhos desejando que aquela visita fosse para me dizer o que eu queria, ou melhor, o que eu precisava ouvir.


What day is it and in what month
Que dia é hoje e de que mês?
This clock never seemed so alive 
Esse relógio nunca pareceu tão vivo




Coloquei uma camisa branca e um short qualquer, amarrei meus cabelos ainda molhados e sentei-me no sofá. Estava trêmula e meus pés batiam insistentemente no assoalho, sinal do meu descontrolado nervosismo. E então a campainha tocou. Respirei fundo, sendo inundada por uma alegria absurda, pelo simples fato de vê-lo. 
Quando abri a porta nossos olhos imediatamente se encontraram. Fiquei imóvel, encarando-o, enquanto sentia meu corpo em cólera para abraçá-lo. 

Alfonso: Oi, Any. – Disse com um sorriso quase imperceptível nos lábios. Rendendo-me à minha vontade, num impulso eu o abracei. Simples assim. Alcancei-o, envolvendo meus braços em sua cintura, e afundei meu rosto em seu peito.


Quando senti o calor e o perfume que emanavam de seu corpo, senti-me, finalmente, completa. Uma de suas mãos deslizou para as minhas costas, acolhendo-me, a outra afundou-se em meus cabelos, desfazendo o coque frouxo. E ficamos ali, nos abraçando o mais forte que conseguíamos, já que parecia que essa força nos faltava nas palavras. Nem quando levantei meu rosto, voltando a encará-lo, eu desfiz aquele abraço, ele tampouco. 


I can`t keep up and I can`t back down
Eu não consigo prosseguir e não consigo voltar atrás
I`ve been losing so much time
Tenho perdido tempo demais


.

Alfonso: Como foi a viagem? – Perguntou, e eu posso estar enganada, mas sua voz estava trêmula – Vim até aqui na terça e o porteiro me falou que você tinha ido para Seattle.

Anahí: Senti a sua falta. – Confessei, a voz quase nula. Eu não sabia o que estava fazendo, mas eu precisava expor tudo aquilo que apertava-me o peito. Sei que parece dramático demais, mas a verdade é que eu já não suportava mais fingir que era forte e que não sofria com tudo o que vinha acontecendo. 

Alfonso: Eu também. – Sussurrou enquanto seus lábios pousavam suavemente em minha testa.

Depois de mais algum tempo ali, imóveis, eu me afastei dele e dei espaço para que entrasse.

Anahí: Quer beber alguma coisa? – Perguntei tentando desfazer aquele ar de nostalgia. Mais um pouco e eu estaria me declarando outra vez.


Alfonso: Não, não... – Abaixou os olhos para depois voltar a mirar-me, torturado – Any, eu vim aqui porque preciso falar com você. – Eu assenti, e nesse mesmo instante ele levou as mãos até o próprio rosto tentando provavelmente desfazer aquela expressão perturbada. 

E foi quando ele fez isso que algo dourado reluziu em seu anelar esquerdo. E eu que até então não tinha prestado atenção naquilo, fixei-me nela, naquela aliança. Ela ainda estava ali.


Cause it`s you and me and all of the people
Porque somos você e eu, e todas as pessoas
With nothing to do, nothing to lose
Com nada a fazer, nada a perder




O aperto que senti no peito foi muito pior do que a dor da saudade. Algo equiparado com o que senti quando descobri que ele era casado, ou talvez, até um pouco mais intenso. Mais intenso porque, infelizmente, naquela semana que passei em Seattle eu acabara percebendo o quanto era difícil viver longe dele. Droga! 
Por que tinha que ser assim? Por que ele fazia questão de que eu me apaixonasse para depois agir dessa forma? Tantas palavras, tantas mentiras. Será que eu nunca ia aprender? 

Quando Alfonso deu dois passos em minha direção eu instintivamente recuei, ainda com os olhos vidrados naquela aliança que parecia ameaçar-me, tamanha dor que me causava.

Alfonso: Any, nós precisamos conversar. – Disse e continuou se aproximando.

Anahí: Vá embora. – Reuni o pouco de força que ainda tinha para dizê-lo. – Saia daqui, Alfonso. 

Alfonso: Any, por favor, me escute. – Eu meneei a cabeça e continuei recuando enquanto o sentia cada vez mais perto. Vi quando suas mãos se moveram e seguraram meus ombros a fim de me manter ali, quando o que eu mais queria era fugir e não ter que encarar o que estava sentindo. Sentia-me uma completa idiota. Repugnando-me por ter acreditado, mais uma vez, nele.


Anahí: Vá embora. – Repeti, respirando fundo, tentando evitar que as lágrimas caíssem. 

Alfonso: Não, eu não vou. Preciso que me escute. Que me deixe explicar o que aconteceu... – O interrompi.

Anahí: Você quer dizer o que não aconteceu. – Finalmente o encarei. E em seus olhos eu percebia algo diferente. Alfonso trazia uma expressão confusa, mas, Deus, aquilo pouco me importava. Ele não cumprira com o que prometera e não havia mais nada a ser dito ali. 


And it`s you and me and all of the people 
E somos você e eu, e todas as pessoas
And I don`t know why I can`t keep my eyes off of you
E eu não sei porque eu não consigo tirar meus olhos de você


.

Alfonso: Me desculpe, mas eu não pude... – Soltou-me, afundando as mãos em seus próprios cabelos – E eu preciso te explicar o porquê. Eu só peço que me escute e se depois você não quiser me ver nunca mais, tudo bem, eu vou entender.

Anahí: Eu já perdi tempo demais escutando você, Alfonso. – Soltei com a voz trêmula. Sentia que as lágrimas estavam prestes a cair, e eu não queria chorar na frente dele. Sentiria-me ainda mais tola. 

Alfonso: Any... 

Anahí: PÁRA! – Cortei-o. Não queria ouvi-lo. – Pára de tentar se explicar! Pára de mentir! Você não cansa nunca, Alfonso? – Gritei – Me deixe em paz! Vá viver a sua vida com a sua mulher e suma daqui! Mas que merda! – E foi a minha vez de levar as mãos até o rosto. Tentei esconder as gotas que começaram a escorrer de meus olhos. Droga! Eu estava sendo fraca mais uma vez.




All of the things that I want to say
Todas as coisas que quero dizer
Just aren`t coming out right
Não estão saindo direito
I`m tripping on words, you got my head spinning
Eu estou tropeçando nas palavras, você deixou minha mente girando
I don`t know where to go from here
Eu não sei para onde ir a partir daqui




Com um soluço preso na garganta eu virei as costas para ele, abrindo a porta. Sem olhá-lo, apontei a saída.

Alfonso: Eu não vou embora antes de te explicar o que aconteceu. – Fechou a porta, parando a minha frente.

Anahí: Essa é a minha casa, e você vai sair agora! – Rosnei enquanto tentava secar aquelas malditas lágrimas. 

Alfonso: Any, não faz assim. – Quando vi sua mão se aproximando de meu rosto, enlouqueci. Não sei o que aconteceu comigo, mas num surto histérico eu gritei algo como ‘Não toque em mim’ e em seguida minha mão atingiu, em cheio, o seu rosto e mais uma vez, e outra. No instante seguinte me arrependi, estava perdendo o controle. Afundei meu rosto entre as mãos, evitando vê-lo e um silêncio esmagador se instaurou naquela sala. Silêncio esse que só era quebrado por meus soluços.




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Autor(a): rosuemi

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 672



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  • Angel_rebelde Postado em 16/05/2015 - 19:33:16

    Leitooraa ex fantamasma ! kkkkkkkkk. Simplesmente AMEI sua fic. PERFEITA do começo ao fim. Tudo que eles passaram, Poncho fazendo besteira mas tentando consertar, Anny td confusa tentando encontrar em outro o q só o Poncho tem. Foi sofrido ele ter perdido o filho depois da discussão com a Zuria =(( Finalmenteee puderam viver o amor deles de forma plena e sem receios. Quasee choro com a carta LINDA q Poncho escreveu pra ela e o Ian entregou no dia q ela ia casar com outro. Foooi lindooo eles no hospital depois do acidente do Poncho, tadinho !! kkkkkkkkkk. Parabéééns mesmo pela história. Perfeitaaaaaaa.

  • rosuemi Postado em 03/07/2014 - 11:33:04

    franmarmentini: Nossa! Muito obrigada! *-*

  • franmarmentini Postado em 14/03/2014 - 14:22:35

    AMEI ESSA FIC* FIQUEI MUITO FELIZ POR LELA...CHORREI MUITOOOOOOOOOO KKKKKKKKKKK PARABÉNS...GOSTARIA QUE VC FIZESSE MAIS FICS ASSIM BJUS

  • franmarmentini Postado em 06/03/2014 - 15:57:31

    olá vou começar a ler...

  • isajuje Postado em 22/03/2013 - 00:28:48

    Saudades dessa fic :/' por que não continua? Ç.Ç'

  • rosuemi Postado em 18/12/2012 - 14:24:32

    :)

  • rosuemi Postado em 18/12/2012 - 14:18:10

    isajuje: Poxa, quem sabe um dia. Haha

  • rosuemi Postado em 18/12/2012 - 14:17:34

    camillatutty: Owwwwwm, muito obrigada. Que bom que gostou. :)

  • rosuemi Postado em 18/12/2012 - 14:16:25

    Nova fic, meninas. http://www.fanfics.com.br/?q=fanfic&id=20905

  • isajuje Postado em 12/12/2012 - 12:24:31

    Tô triste, acabou :/' KKK' espero que tenha continuação...


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