Fanfic: Palavras, apenas palavras - AyA | Tema: RBD

(Anahí`s POV)

Não sei quantos minutos se passaram até ouvir a voz de Ian bem próxima a mim.

Anahí: Eu não chamei você. – Brinquei, com a voz rouca. As lágrimas já haviam cessado.

Ian: Sua mãe queria vir até aqui, eu tive que vir antes. – Arqueou a sobrancelha – Acho que sua maquiagem está um pouco borrada. – Comentou divertido. Olhei para o espelho, linhas pretas riscavam o meu rosto. Sorri, uma decisão se formando em minha cabeça. 

Anahí: Ian, eu preciso de uma passagem para San Francisco. – Ele sorriu – E preciso de um papel e uma caneta.

Ian: Mais alguma coisa, senhorita?

Anahí: Sim. Preciso que você explique para a minha mãe tudo o que aconteceu. – Levantei. Estava afobada. De repente, todo o medo, todas as dúvidas e toda a dor haviam desaparecido. Eu só conseguia vislumbrá-lo. Ele e tudo o que eu poderia viver ao seu lado. Como eu estava sendo idiota. Uma covarde idiota. O medo me cegava e estava me fazendo abrir mão da minha felicidade. Deus, eu não podia esperar nem mais um minuto para tê-lo em meus braços. 

Ian: Tá legal. – Sorriu, entregando-me uma caneta e um pedaço de papel – Arranquei daquela agenda – Apontou uma agenda ao lado do telefone – Espero que não vá fazer falta. – Deu de ombros. 

Alguns minutos depois eu tinha terminado de escrever aquele bilhete. Um bilhete para Derrick. Era cruel e vil terminar um relacionamento daquela maneira, mas eu não podia continuar. Isso me faria mal, o faria mal. E seria tão mais doloroso fazer isso pessoalmente...

Sei que seria mais digno se eu fosse até ele e tentasse explicar tudo, mas ele tentaria me fazer ficar, nos desgastaríamos e sairíamos ainda mais machucados. Eu realmente sentia muito. Aquilo não seria nenhum pouco justo com Derrick, mas não havia outra opção. Eu não podia me casar, eu precisava correr atrás da minha felicidade, e ela estava em San Francisco.

Anahí: Entregue isso ao Derrick. Diga que eu sinto muito. – Meneei a cabeça – Mas eu não posso esperar mais. – Ian assentiu para depois me puxar para um abraço.

Ian: Boa sorte. – Segurou minhas mãos, confiante. – Vai ser feliz, garota! – E eu ia. 

Talvez a atitude mais certa e impulsiva que eu tomara em toda a minha vida. Mas eu sabia, não me arrependeria. Não daquela vez.