Fanfic: Sacrilegio D&C [Mini Web/Finalizada]

Prólogo

"A pior forma de sentir a falta de alguém é estar 
sentado ao seu lado e saber que nunca a terá.
Devo sorrir porque somos amigos? 
Ou chorar porque nunca seremos mais do que isso?"

- o que você esta fazendo aqui? - surpreso

Christopher perguntou ao ver Dulce na porta de sua casa. Eram tres horas da manha, e estava chovendo muito forte. 

- esta ficando maluca de estar na rua em uma chuva dessa? 

Ela não respondeu. Somente pulou em seu colo, fazendo-o lhe segurar surpreso, e o beijou.  Christopher não a beijava, mas abriu levemente a boca dando-lhe passagem para fazer o que quisesse. Como sentia falta daquele beijo, estava a dois anos sem ele e ainda não tinha acostumando. Quando ela parou de lhe beijar, ele ficou um pouco sem reação, colocou no chão e entrou em casa com ela. 

- o que veio fazer aqui Dulce? - escorou-se na parede e a perguntou de novo. 
- vim impedir você de fazer uma burrada Chris.
- me impedir? - confuso. - que burrada Dulce?
- ir embora. - sussurou e o viu rir. - quer parar de me tratar assim? - ele revirou os olhos.
- tenho de dormi, meu voou sai cedo amanha, se quiser, sinta-se avontade para dormi no quarto de hospedes. 

Virou as costas e sai dali, sendo seguido por ela.

- seis meses antes de meu pai morrer foi a minha casa Chris. - ele parou e ficou ouvindo - queria me dizer algo, mais o papai acabou nos interrompendo e ficamos vendo algum filme idiota até que supostamente eu dormi. - mordeu os labios nervosa, ao ver os olhos arregalados dele. - disse que me amava e que não gostava daquilo, que não queria me perder, que não sabia o que fazer. O ouvir chorar, o senti tremer, e não sabia como te ajudar, como enfrentar aquilo. - ele gargalhou jogando a cabeça para tras - porque esta rindo?
- por que você é pior do que pensei. - ela engolio em seco - Me ouviu dizer aquilo e mesmo assim fingiu que não. Mesmo foi a minha casa falar sobre o teu pai, e me seduziu. Que droga. Eu fui um verdadeiro idiota. 
- quando o ouvir dizer aquilo senti medo. - olhou para baixo. - quando se afastou uma semana depois daquilo, eu senti a sua falta, oh como eu senti! Não só do sexo, do teu abraço, teu beijo, tua companhia, até da sua insistencia em namorarmos.  - sorriu - Quando começamos a ficar, não levava o que tinhamos a serio. Nem mesmo depois de meses, anos. Mas depois do que ouvi, comecei a pensar de outra forma. 
- não quero a tua pena Dulce. - disse friamente.
- não é a minha pena. É o meu amor Christopher - revirou os olhos, e ele sentiu seu coração bater mais rapido. - da ultima vez que foi embora pensei que voltaria, mas não voltou, e eu não tive coragem de ir atras de ti, de ir te dizer isso. Com o passar dos meses, com as coisas que o Poncho me dizia, pensei que tinha me esquecido, e não queria sofrer, nem te fazer sofrer. 
- eu não acredito em você Dulce. - mordeu os labios. Ela suspirou.
- a quantos anos me conhece Uckermann? - disse irritada
- a muito tempo. - revirou os olhos. - o que isso tem a ver?
- quando menti para ti nesses dezesseis anos? - aproximou-se dele e o olhou nos olhos - nos conhecemos a tantos anos, sabemos de cor as manias, os gostos, os costumes um do outro. Mesmo que tenhamos dois anos sem nos ver. Olha nos meus olhos e diz se estou mentino . Eu te amo Christopher Uckermann. 

Não. Ela não estava mentindo. Quando mentia suas bochechas coravam e ela ficava passando a unha do dedão no indicado. Respirou fundo tentando contrar as lagrimas que já caiam naturalmente, e o coração que parecia querer rasgar o peito de tão forte que batia. Não acreditava naquilo. Ela estava lhe dizendo que o amava. Estava mesmo acordado?

- oh Chris! Não chora por favor - pediu començando a chorar também. - não vim aqui para fazer-lhe chorar. 
- sabe quanto tempo esperei para ouvir isso?
- desculpa a demora querido.  - pediu sorrindo levemente - sempre pensei que iria me apaixonar por um daqueles homens que só encontramos em filmes e sonhos. - riu negando com a cabeça. - e de tanto pensar isso, não vi o que o homem perfeito estava bem ao meu lado, me fazendo feliz, me aturando quando ninguém mas o conseguia, me cuidando quando eu precisava, e também não percebi que todas as suas qualidades e defeitos lhe tornavam em meu homem perfeito. Você me tornou alguém melhor Chris.  - bateu levemente em sua testa - a unica idiota nessa historia sou, por ter te feito sofrer tanto tempo, por ter deixado ir, e por quase te perder para sempre. Me desculpa. 

Ele estava emocionado. Nunca imaginou Dulce lhe dizendo essas coisas. Amava aquela mulher, e era a pessoa mas feliz do mundo naquele momento. Andou até ela lhe abraçando com força, e buscando-lhe a boca com desespero. Suas linguas se buscavam, exploravam cada espaço da boca alheia, com uma saudade compreendida. Quando o folego lhe faltou, se olharam e sorriam um para o outro, apertando ainda mas o abraço. Dulce afastou-se um pouco dele espirando, e ele sorriu de canto. 

- acho melhor agente subir, você precisa tomar um banho quente e agasalhar-se antes que fique ainda mas resfriada. - sorriu pincelando o nariz dela, com o dedo, quem riu.
- mal ficamos juntos e eu já estou dando trabalho - revirou os olhos. 
- já estou acostumando com isso - sorriu levando um pequeno tapa em seu braço.

Os dois subiram e ela tomou um banho quente, vestindo em seguida uma camisa moletom dele. Enquanto ela tomava banho, ele trocava de roupa, mas quando ela pulou seu colo, e quando a braço, acabou se molhando um pouco também. Quando estavam devidamente secos, deitaram-se na cama abraçados embaixo do edredom. Não buscavam malicias aquela noite, apesar da saudade do corpo alheio, queriam apenas aproveitar o doce momento em que estavam, com abraços e beijos molhados.  

- Chris? - chamou depois de algum tempo, apenas sentindo aquele abraço e cafune
- sim, pequena? - acariciando-lhe as costas. 
- ainda vai viajar amanha? - com medo da resposta, ele riu. 
- não meu amor. Não seria capaz de lhe deixar nunca mas. - apertando-a mas em seus braços.

"Amor não é se envolver com a pessoa perfeita, 
aquela dos nossos sonhos.
Não existem príncipes nem princesas.
Encare a outra pessoa de forma sincera e real, 
exaltando suas qualidades, 
mas sabendo também de seus defeitos.
O amor só é lindo, 
quando encontramos alguém que nos transforme 
no melhor que podemos ser."