Fanfic: Etéreo [Vondy] - Terminada

Não foi nada fácil conseguir convencer os médicos deixarem com que Christopher saísse do hospital, mas, enfim, ele estava em casa. Claro que seria por poucos dias, talvez três, mas seriam os melhores dias da vida de Christopher. E de Dulce.
Seguiriam todas as estritas recomendações médicas, o que consistia em Christopher tomar sua medicação na hora certa, não se exaltar muito e repousar.
Para finalmente se casar com a mulher de sua vida, Christopher seria capaz de fazer tudo, até mesmo tomar aqueles remédios que o deixavam tão fraco e amargo.
― E então, preparado?
Ao ouvir a voz de sua irmã, Clara, Christopher se virou lentamente para ela e sorriu.
― Nunca estive tão preparado.
Clara sorriu e se aproximou dele, parando em sua frente.
― Estou tão feliz por você, meu irmão.
― Obrigado, querida. Sabe... ás vezes tenho a impressão de que esperei minha vida toda por esse momento. Como se tudo o que estou vivendo agora, essa doença... nada disso me importasse... ― deu um sorriso torto e encolheu os ombros. ― Entende o que digo?
― Não vou dizer que entendo totalmente, pois seria mentira. Mas, sou capaz de imaginar e, fico extremamente feliz por se sentir assim, Chris.
― Quer dizer que ainda não estou tão louco como pensava... ― ele brincou.
― É... mas convenhamos que você nunca foi um ser muito normal. ― ela respondeu no mesmo tom.
― Calúnias!

Eles riram e, no segundo seguinte, Clara o abraçou em silêncio.
Christopher se manteve calado, só devolvendo o abraço apertado e caloroso que recebia, sabendo exatamente o que aquilo dizia.
Ao se separarem, Clara desviou seus olhos dos dele, mas Christopher segurou em seu rosto e fitou as lágrimas que se acumulavam nos belos olhos cor de mel de sua irmã.
― Ei, o que é isso, querida? ― ele indagou, enxugando delicadamente uma lágrima que escapou dos olhos dela. ― Não chore, querida. Não quero te ver triste.
― Eu sei disso. É que... ― ela respirou fundo e deu de ombros. ― A vida é tão injusta... ― se queixou, se referindo à doença dele.
― Não, querida. Não pense assim. ― ele meneou a cabeça e enxugou outra lágrima da irmã. ― Não quero que fique triste. Olhe para mim. ― ele sorriu lindamente. ― Pareço estar triste?
― Não... ― Clara respondeu, com um pequeno sorriso cruzando seus lábios. ― Parece o homem mais feliz do mundo.
― Pois é exatamente como me sinto. Feliz e amado por todos. Agora ― se inclinou um pouco e depositou um beijo carinhoso no rosto da irmã. ―, arranca essa tristeza de dentro do coração e diz que seu irmão está lindo.

Clara sorriu abertamente e se afastou o suficiente para fitá-lo de cima a baixo, soltando um assobio de aprovação logo em seguida.
― Está um gato!
― Obrigado. Sei que sou um gato! ― ele brincou e deu uma piscada charmosa. ― Agora, vamos. Tem uma linda noiva me esperando em algum lugar nessa casa e não posso deixá-la esperando muito tempo. Não quero que ela se canse e vá embora. ― ele brincou.
― Até parece que a Dulce faria isso. ― ela disse, enganchando seu braço no do irmão e o ajudando a caminhar lentamente para fora do quarto. ― Aquela mulher te ama com loucura.
― E eu à ela.
Quase dez minutos depois, eles chegavam ao altar improvisado no jardim da casa dos Uckermann`s e Christopher fitava tudo, encantando. Mesmo com pouco tempo para arrumar tudo, Dulce fez um belíssimo trabalho.
Agora, só restava esperar pela mulher à quem juntaria sua vida, para sempre.