Fanfic: The Race - Parceria Paty Black | Tema: Crespúsculo

POV Nessie:

Você quer jantar comigo? Era inevitável não sorrir e não lembrar a cada cinco minutos daquela pergunta que há muito eu estava esperando.

Já era o quarto vestido que eu provava e tirava, era impressionante como com eu achava que nada parecia cair bem ou estar bonito o suficiente para aquele momento. Minhas mãos suavam e a maquiagem que eu tinha demorado tanto para fazer estava começando a sair conforme eu ia transpirando.

– Droga. – Resmunguei quando em um ato de desespero eu puxei o zíper do vestido com muita força e o mesmo quebrou. – Droga, droga, merda! – Praguejei tirando o mesmo e o jogando longe.

– Calma. – Minha mãe entrou no quarto sorrindo. – Quantos você já experimentou?

– Esse era o quarto. – Joguei o vestido ao chão e andei até o meu closet.

– E o que tem de errado com ele?

– Arrebentei o fecho. – Minha mãe pareceu surpresa com aquilo.

– Está tão nervosa assim?

– Sabe quanto tempo eu espero por esse convite?

– Você já jantou com ele outras vezes Nessie.

– Jantei como amiga, como irmã, nunca como uma pessoa a qual ele quer conversar depois de descobrir que tem sentimentos. – Ela suspirou.

– Você tem tantos vestidos lindos minha filha, qual é o porquê desse desespero?

– Não quero parecer como se estivesse desesperada sensual de mais aos olhos dele, quero que seja algo elegante e ao mesmo tempo em que passe a segurança que eu não estou sentindo. – Minha mãe deu uma gargalhada. Ela estava divertindo-se as minhas custas.

– Deixe-me ajudá-la. - Andou até o meu closet pegando o vestido e estendendo em direção dos meus olhos. – Eu gosto deste. – Disse indo até a cama e estendendo o mesmo sobre a cama.

– Não é curto de mais?

– Não. – Ela respondeu taxativamente. – É perfeito. – Sorri.

– Acho que a minha procura terminou. – Peguei o vestido da mão dela e fui para frente do espelho.

Minhas mãos ainda tremiam, e acho que temendo que eu rasgasse o vestido, a minha mãe andou até a minha figura e resolveu me ajudar. Agradeci mentalmente pela a ajuda, eu parecia aquelas menininhas que estavam indo para o seu primeiro encontro, ou melhor, para o seu primeiro baile de escola.

Após vestir o vestido e calçar as sandálias, tudo isso com a ajuda da minha mãe que não parava de rir de mim, eu resolvi retocar mais um pouco a minha maquiagem.

– Como vocês irão para o restaurante? – Minha mãe observava enquanto eu retocava a maquiagem.

– Não sei. – Respondi sinceramente. – Ele não disse, só disse que era para eu lhe esperar que ele viria me buscar.

– É a primeira vez que ele sai de casa não é? – Maneei a cabeça. Minha mãe suspirou.

– O que foi? – Perguntei lhe encarando.

– Não se humilhe mais está bem?

– Como?

– Ele tem que entender sozinho que precisa de você. E não você ficar chorando e mudando a vida toda por ele, ou melhor, isso você já fez, e só espero que ele reconheça.

– Edward lhe mandou falar isso? – Ela sorriu.

– Não. Eu também penso como o seu pai. Estou feliz que ele esteja bem, que tenha se livrado da Jane, mas acho que é humilhação de mais.

– Já entendi. – Andei até a minha cômoda, aonde eu guardava as minhas joias e fui pegar um brinco.

Era duro admitir, mas os meus pais estavam certos.

POV Jake:

Eu já estava pronto, sentado na minha companheira, olhando de cinco em cinco minutos para o relógio para não perder o horário.

– Terno? – Embry apareceu na sala. Suspirei aliviado.

– Já estava na hora não acha?

– Eu trabalho esqueceu?

– Eu disse que eu ia pedir para o Paul, mas você deu crise e insistiu em me levar, agora aguente. – Ele riu.

– Viu como o meu filho está lindo? – Minha mãe desceu as escadas com os olhos brilhando.

– Vi sim tia. – Embry a abraçou. – Fiquei até surpreso em vê-lo de terno.

– Nem sei por que eu coloquei isso.

– Por quê?

– Olha onde eu estou sentado Embry? Você acha mesmo que as pessoas irão olhar para a minha roupa? Claro que não, elas vão olhar para a cadeira.

– Em primeiro lugar pode parar. – Ele mandou. – Segundo você irá sair com a Renesmee, não com as outras pessoas e terceiro se for para sair e ficar enchendo a noite da Nessie com essas besteiras, é melhor nem ir. – Ele estava sério. – Vamos ter que conversar sobre isso de novo? As consultas com o Raph não estavam surtindo efeito até hoje de manhã? O que aconteceu com o Jake que teve coragem e chamou a Nessie para sair?

– Ele está aqui. – Apontei para o meu corpo. – Já lhe disse hoje de tarde porque a chamei para sair. – Ele bufou e virou os olhos.

– Já disse, mas não acredito em nada. Podemos ir? – Olhei no relógio. Eu tinha marcado com ela as 20hrs, eram 19:45hrs. A casa dela era perto o caminho era curto chegaríamos rápido e em tempo.

– Podemos. –Respirei fundo.

– Boa sorte meu lindo. – Minha mãe beijou o meu rosto e Embry empurrou a cadeira.

– Caprichou no perfume hein!

– Eu caprichei em tudo.

– Você não acha que está muito arrumado para quem irá dá um fora na pessoa que ama? – Fiquei quieto, eu ainda não tinha certeza que era aquilo que eu ia fazer.

Embry me colocou no carona e depois foi guardar a cadeira no porta malas. Não preciso nem dizer que aquilo para mim parecia humilhação. Ter que sair para jantar com a Nessie, tendo o Embry como uma baba para me levar e buscar e ainda me pegar no colo para ser colocado no interior do veiculo.

– Vai ter que fazer uma dieta amor. – Embry brincou quando entrou no carro. – Está ficando gordinho e daqui a pouco não tenho mais força para pegá-lo em meus braços.

– Cala boca e dirigi. – Admito que não estava com humor para brincadeira. Ele tinha se dissipado quando analisei melhor a situação em que eu estava.

– Já mudou de humor?

– Podemos ficar sem falar? – Ele bufou e deu partida no carro ligando o som e me ignorando totalmente.

Minutos depois ele estava entrando na propriedade dos pais da Nessie. Desceu do carro ainda me ignorando e indo em direção da casa. Não demorou muito ele veio de braço dado com a Nessie.

Ela estava linda como sempre, e pela a forma que apertava o braço do Embry ela estava tão nervosa quanto eu.

Ele abriu a porta de trás para ela a ajudando entrar e sentar.

– Jake. – Ela apertou o meu ombro e eu segurei a sua mão que estava gelada.

– Você está gelada. – Murmurei.

– Pois é. – Ela respondeu tirando a mão da minha.

– As crianças estão prontas? – Lancei um olhar mortal para o Embry, mas aquilo não lhe intimidou. – Não adianta ficar me olhando de cara feia Jake. – Ele colocou o cinto. – Essa é a realidade da sua vida agora, e diferente do que você pensa, eu não tenho vergonha dela, e estou disposto a lhe ajudar sempre que você precisar. Acho bom você colocar isso na sua cabeça. E sim, eu estou de bom humor somente por saber que vocês dois irão jantar e sim eu quero que vocês se acertem e não. – Ele me interrompeu quando eu estava preste a falar. – Eu não vou calar a minha boca. – Ouvi a Nessie rir baixinho no banco de trás e eu deixei que um sorriso passasse pelo os meus lábios.

Embry dirigiu pelas as ruas conversando tanto comigo quanto com a Nessie, mas ele parecia falar sozinho, já que as resposta da Nessie eram monossilábicas, e as minhas não ficavam atrás.

Minutos depois ele parou em frente ao restaurante pegando a minha cadeira e me tirando do carro.

– Me liga quando terminar. – Ele disse sério. Entrou no carro e seguiu.

– Quer ajuda? – Nessie perguntou.

– Não precisa. Obrigado. – Empurrei a cadeira em direção da entrado do restaurante. Sempre íamos naquele quando eu estava na cidade, por conta disso eu tinha escolhido o local.

– Boa noite. – A recepcionista nos recepcionou.

– Reserva no nome de Jacob Black. – Ela procurou os nossos nomes e logo estávamos entrando no restaurante.

As pessoas ficaram me olhando, Muitas me viram crescer pelas ruas da cidade, e muitas sabiam quem eu era e o que tinha acontecido comigo.

Eu tinha pedido uma mesa em um lugar mais distante quando liguei mais cedo, e assim o meu pedido foi realizado.

O maitre chegou com as cartas de vinho para nos oferecer.

– Obrigado. – Aceitei e depositei a mesa. – Você quer beber? Eu não posso. – Falei antes que ela falasse algo. Ela sorriu.

– Estou bem assim. – Suas mãos foram para a barra da toalha da mesa e os dedos não paravam.

– Nervosa? – Perguntei tentando quebrar a tensão que estava acontecendo entre a gente.

– Se eu falar que não estaria mentindo.

– Por quê? Digo, por que você está nervosa?

– Sinceramente?

– Por favor.

– Eu não sei o motivo do jantar. Você já deixou bem claro que não me queria em sua vida, mas você me chama para jantar. Não posso negar que eu fiquei nervosa, feliz e criei expectativas em cima dele, mas meus pais me falaram uma coisa, e eu estou começando a querer seguir, vai depender somente o que ficará acertado nesse jantar.

– Acertado? Estamos aqui discutindo um contrato? – Minha voz saiu ríspida.

– Não. – ela falou secamente. Estávamos nos alfinetando. – Estamos aqui para discutir sobre o que seremos daqui para frente.

– Como? – Indaguei.

– Simples, quero saber se seremos Jacob e Renesmee amigos, pois melhores amigos nessa altura é impossível, ou seremos Jacob e Renesmee namorados.

– Nem pedimos o que comer ainda Renesmee. – Ela me encarou. – Não vamos terminar com tudo tão rápido. Você se produziu de mais para ir embora para casa em menos de cinco minutos. – Ela sorri balançando a cabeça em negativa.

Chamei o garçom e fizemos os nossos pedidos. Comemos a nossas comidas calados, ela nem olhava em minha direção. Seus olhos estavam com um brilho diferente. Quando por fim comemos a sobremesa e o garçom tirou tudo de cima da mesa. Eu ousei olhar em sua direção e ela estava com os olhos cravados em minha face.

– Acho que podemos terminar logo com isso não é? – Ela indagou.

– O que você quer de mim Renesmee? – Ela pareceu ficar surpresa com a pergunta.

– O que eu quero de você? Eu não quero nada a mais do que você seja feliz Jake.

– Você me quer feliz ao seu lado?

– Do lado da Jane ou da sua nova fisioterapeuta que não é. – Eu estava certo, ela estava com ciúmes de mim.

– Eu não posso ficar com você. – Percebi o choque passar pelos os seus olhos. – Eu não sou um homem completo, eu estou em pedaços, estou me curando ainda, e não quero que você perca o seu tempo comigo. Não sei nem se algum dia eu poderei voltar ser o homem viril que eu era antes. Você quer mesmo viver ao lado de um homem que não pode lhe fazer feliz? Dá-lhe filhos?

– Eu não quero ficar com você por causa da sua habilidade sexual na cama Jacob. Eu quero ficar com você, porque eu lhe amo, e já cansei de dizer e tentar provar isso. Eu mudei a minha vida por você, fiz tudo que estava ai meu alcance para chamar a sua atenção e tudo que eu recebi foram palavras pesadas e você tentando me afastar de você de qualquer jeito. Inventando desculpas como essas que você está inventando agora, como sempre para me colocar para longe. – Ela estava perdendo o controle. – São anos Jacob, vivendo na sombra desse amor, e chega um dia que a pessoa cansa e aí nem o amor mais forte do mundo aguenta tanta provações. Eu quero uma decisão da sua parte, não quero e nem vou mais me humilhar por um pouco da sua atenção. Eu quero você por inteiro e sei que você está com os seus problemas, e eu os aceito, mas eu preciso de uma resposta sincera. Não quero mais ser só a sua amiga, quero ser a mulher que você pode contar quando precisar. Quero ser a sua amiga e a sua namorada e se o destino permitir a sua amante, se não, vivemos bem com isso. Mas eu preciso de uma posição sua. Porque ficar fingindo que nada está acontecendo, e que eu não estou me humilhando aos seus pés por uma migalha de atenção é mentira. Quero uma posição sua. – Ela respirou quando terminou de falar tudo, parecia ter tirado um peso das costas.

Fiquei sem saber o que falar perante tudo aquilo o que ela tinha falado, Nunca pensei que ela sentia como se estivesse mendigando atenção e até mesmo o meu amor. O jantar foi com o intuito de terminar o que nunca tinha começado. Eu não era mais o homem certo para ela. Eu a amava, mas ela merecia muito mais do que beijos e carinhos quando eu estivesse com o humor bom. Eu teria as minhas mudanças de humor e isso a atingiria em cheio e eu não queria aquilo.

– Posso pensar? – Falei por fim depois de minutos de silêncio. Ela respirou fundo e maneou a cabeça em resposta. – Eu vou pensar e depois lhe dou a resposta.

– Precisa mesmo pensar Jacob? Você não tem certeza dos seus sentimentos. Antes de você sofrer o acidente você disse que me amava.

– E amo. – Fui sincero. – Mas somente amor não é o suficiente Renesmee.

– E o que é suficiente para você? Sexo? Noites e noite de loucuras na cama? É por isso que você não quer nada comigo? Por que segundo você o seu corpo não reage mais? Saiba que nem sexo vale a pena quando não existe amor Jacob. Sexo sem o amor é somente sexo, e quando existe amor às coisas são totalmente diferentes. E o fato de você estar na cadeira de rodas, não significa que você nunca sairá dela e não voltará mais ser o homem viril que você era. O tempo passa, e ele também cura tudo. Se você precisa pensar, é porque nunca me amou.

– Eu amo. – Falei com segurança. – Mas eu preciso pensar, pois não quero condená-la a uma vida sem sentindo ao meu lado.

– Nada tem feito sentido na minha vida ultimamente Jacob, e pela primeira vez na vida eu estou cogitando lhe abandonar, seja como amiga ou como a mulher que sempre lhe amou. – As suas palavras estavam sendo duras, mas eu entendia perfeitamente o lado dela. – E temo que a noite já tenha acabado. – Maneei a cabeça em resposta e chamei o garçom pedindo a conta.

Paguei a mesma mandei uma mensagem para o Embry e o esperamos na frente do restaurante.

– Minhas crianças se comportaram bem. – Renesmee sorriu só para não deixa-lo sem graça e ele logo sentiu que o clima não estava bom. – Ia perguntar se vocês tinham enfim se acertado, mas acredito que com as expressões a resposta seja não, o que o eu queria saber é o porquê disso?

– Aparentemente o seu amigo precisa pensar se ele me quer longe ou perto.

– Como?

– Ele não sabe o que ele quer ter comigo, então, ele precisa pensar. E eu lhe darei esse direito. Só espero que ele seja rápido, pois não estou mais a fim de sofrer. – Ela entrou na parte de trás do carro sentando no banco.

Embry me lançou uma olhar carregado e depois me colocou no carro guardando a cadeira de rodas.

O caminho foi silencioso, diferente da vinda. A deixamos em casa. Ela nos deu um "boa noite" seco e seguiu em passos firmes para dentro de casa.

– E como sempre você estragou tudo.

– Não preciso que me diga isso, eu já percebi. – Meu tom deixava claro que eu não queria mais conversar sobre aquilo.

oOo

 

Acordei totalmente mal humorado. A noite não tinha saído nem um terço do que eu tinha planejado para ela. Tinha em mente em deixar as divergências de lado com a Nessie, mas queria ainda ser amigo dela, mesmo que amizade a essa altura do que já vivemos era meio impossível, ou melhor, não tinha nenhuma possibilidade de acontecer.

Com a ajuda da enfermeira, tomei o meu banho vesti as roupas e logo devidamente arrumado eu estava saindo com a minha cadeira de rodas para a sala. Como previsto todos deveriam está na sala de jantar tomando café e por conta disso foi para lá que eu fui.

– Bom dia. – As conversas paralelas pareceram cessar ao meu redor.

– Bom dia. – Minha mãe retribuiu o cumprimento com um sorriso. – Como que foi ontem?

– Não foi. – Seria somente aquilo a minha resposta, e eu espera sinceramente que ela aceitasse e ficasse quieta.

Acho que eles pressentiram que eu não estava para conversas e que não adiantava ficar falando que eu não ia responder e que teríamos briga se fosse forçado a falar algo.

Posicionei a minha cadeira no local que agora era destinado a mim e logo me servi do que tinha para o café. Raph logo chegaria para a minha consulta, e eu nunca desejei tanto conversar com ele.

As pessoas em volta da mesa voltaram a conversar, ignorando a minha pessoa. Assim tomei o meu café em paz e logo estava indo para a beira da piscina.

– Jake. – Raph apareceu atrás de mim. – Vim um pouco mais cedo hoje. – Ele sentou na cadeira a minha frente. Lancei lhe um olhar carregado. – Vixi. – Tirou os óculos escuros e olhou em minha face. – O que aconteceu?

Respirei fundo e contei tudo, tudo mesmo. O segredo que corria por trás de Jacob Black e Renesmee Cullen. Todas as brigas, confissões, decepções e magoas. Foi difícil perceber que eu fui culpado por quase todas, pois estava cego de mais para enxergar o que sempre esteve em minha frente.

– Jake. – Ele voltou a falar quando enfim eu desabafei. – A situação é bem complicada, vocês dois estão magoados, e eu diria que ela muito mais, e você a de concordar comigo. – Maneei a cabeça em resposta. – Contudo, você tem que saber que não é porque você não anda mais que você tenha tornado-se impotente. Tudo tem haver com isso aqui. – Ele apontou o dedo para a cabeça. – Pensamos que não, mas quem nos comanda está guardado aqui, e enquanto você colocar na sua cabeça que você não pode, você não ira conseguir fazer mesmo, seja lá o que você estiver a fim de fazer. Acho que já conversamos sobre isso, e é tudo uma questão de aceitar Jacob. Você não deixou de ser homem.

– Olha como eu estou? – apontei para o meu rosto.

– Você sabe que ainda tem cirurgias para serem feitas aí, não é o fim. E acho que você também sabe que a Renesmee não quer está com você somente pela a sua beleza, dinheiro ou fama, ela lhe ama, ela não é a Jane. – Respirei profundamente. – Você estava indo tão bem com tudo, eu estava realmente animado. Quando descobrir que vocês iam sair, mesmo achando que vocês dois eram somente amigos, eu fiquei feliz, afinal seria a sua primeira vez saindo de casa depois do ocorrido. Pensei que fosse encontra-lo com um sorriso imenso, e você está com uma cara horrível.

– Obrigado. – debochei e ele riu.

– Sério. Pense, não vale a pena afastá-la por isso. Vai por mim, você se arrependerá se fizer isso. Ela lhe faz bem, você só tem que prestar atenção nisso.

Ficamos conversando mais. As consultas não consistiam em mais do que isso, e com o tempo eu reparei que o Raph não era somente um médico que estava me tratando e sim estava tornando-se um amigo mesmo. Ele e a irmã dele tinham largado Nova York para morarem em La Push, uma grande mudança, deixaram de lado vários compromissos e alguns pacientes, que segundo ele mesmo ia visita-los aos finais de semana quando não tinha consulta comigo. Eu não sabia quem estava pagando aquela conta toda, mas não deveria está sendo barato.

– Sai um irmão entra o outro. – Katy apareceu atrás da gente sempre com aquele sorriso que obrigava todos em sua volta fazer o mesmo. – Bom dia Jake, como estamos hoje?

– Acordei péssimo, mas agora já estou melhor.

– Fico feliz. Alguma dor devido aos exercícios passados?

– Não.

– Excelente. Hoje vamos para a piscina está bem? – Maneei a cabeça e percebi que a enfermeira já estava ali para me ajudar a trocar de roupa.

Voltei para piscina onde Katy estava me esperando conversando com o Raph.

Com a ajuda deles eu fui colocado na piscina e logo às mãos da Katy estavam tocando o meu corpo. Não sei ao certo o que eu senti, mas senti o meu corpo tremer.

– Nervoso? – ela tinha sentindo.

– Um pouco. – Fui sincero. Ela sorriu.

– Só relaxa. – Relaxar era a última coisa que eu conseguia fazer. Minha mente estava me levando para a Nessie e não conseguia me concentrar em meus exercícios. – Algum problema?

– Muitos. – ela sorriu de novo.

– A fim de conversar? Não sou psicóloga, mas sendo irmã de um eu posso até ajudar.

– Eu amo uma pessoa. – Admiti.

– E isso é ruim?

– Em minha atual condição é péssimo.

– Por quê? – Como eu ia falar uma coisa daquelas para uma mulher linda como ela.

– Como eu posso falar isso sem que você sei lá, ache que estou sendo um pervertido?

– Tente. – Ela me encorajou.

– Eu amo, quero está ao seu lado, mas eu...eu..eu..

– Você. – Ela me incentivou.

– Eu acho que não sou mais um homem completo sabe. – Esperei que com aquilo ela entendesse.

– Você diz na parte sexual?

– Sim.

– Você acha que não pode mais...

– Isso. – Confirmei.

– Sabe que isso não tem nada haver não é? Você é um homem bonito, continua sendo atraente, pelo menos para mim sim. – Eu fiquei nervoso com aquilo. Ela falou aquilo tocando em mim e não estava sendo muito saudável toda aquela aproximação. – E por quem você está apaixonado?

– Quem? – Ela começou a rir da minha confusão.

– Você disse que estava apaixonado.

– Ah sim... Nessie, aquela moça que eu lhe apresentei ontem.

– Ah.. Sei quem é muito bonita. – Ela pareceu sincera.

– Você também é. – Retribuir sem perceber.

– Obrigada. – Ela agradeceu sorrindo. – Você já ficou com ela?

– Com a Nessie? – Ela meneou a cabeça.

– Sim.

– Vocês transaram? – Me surpreendi com a pergunta.

– Quem? – Me fiz de desentendido. Ela sorriu.

– Não precisa me falar se não quiser.

– Eu e a Nessie transamos sim.

– E eu não acredito que você está contando das nossas intimidades para uma mulher que você não conhece. – Fui à procura da dona da voz só para confirmar as minhas suspeitas. Nessie estava parada olhando com ódio para mim e para a Katy.

– Nessie. – A chamei, mas ela virou as costas me deixando com a Katy na piscina.

– Desculpa Jake, eu não deveria ficar fazendo esse tipo de pergunta.

– Tudo bem. Será que podemos parar por hoje?

– Sim. – Ela me ajudou a sair da piscina com a ajuda dos outros enfermeiros.

Segui para o meu quarto e peguei o celular para ligar para a Nessie. Chamou sete vezes e caiu na caixa postal. Tentei ligar de novo e celular deu desligado, eu estava com problemas bem maiores agora. Bem que o Embry tinha falado que aquilo trairia problemas sérios.