Fanfic: The Race - Parceria Paty Black | Tema: Crespúsculo

Capitulo 26

POV Jacob

– Vamos lá Jacob, apenas mais um passo. – Katy gritou ao meu lado enquanto eu tentava manter o meu corpo em pé e chegar ao final do percurso. – Falta só um pouco. Pensa que a Renesmee está da outro lado. – eu sorri. Eu não podia pedir incentivo melhor do que visualizar a mulher da minha vida. Forcei as minhas pernas e consegui dar os últimos dois passos que faltavam. – Você foi demais! – Katy vibrou me ajudando a sentar na cadeira. – Você tem noção do quanto é bom isso que está acontecendo com você? Quase um mês que você sentiu os primeiros formigamentos na perna e você já consegue dá passos. Daqui algum tempo você estará andando, eu não tenho nenhuma dúvida disso.

– Obrigado. – ditei sorridente. – É importante para a minha alma ser incentivado. Tudo anda perfeitamente bem e eu não podia pedir mais nada para ficar feliz. – ela sorriu apertando o meu ombro.

– Fiquei sabendo que você irá ir assistir uma corrida. – ela sorriu. – Como você está sentindo-se? – ela indagou em seguida.

– Se eu falar que eu estou nervoso é loucura? – perguntei tomando um pouco de água.

– Não, acho normal. – ela deu de ombros.

– Renesmee conseguiu uma folga só para podermos viajar nós dois, me diz se ela não é incrível.

– Ela é simplesmente perfeita para você. – ela falou meio sem graça.

– Posso saber por que você deu uma mudada comigo? – indaguei o que sempre me importunou.

– Quando? – ela ficou de pé e foi arrumar a sala que os meus pais tinham equipado para os meus exercícios de fisioterapia.

– Você sabe muito bem quando. – falei empurrando a cadeira para perto dela.

– Não sei de nada. Continue praticando mesmo quando eu não estiver em casa está bem. – ela mudou de assunto parecendo nervosa e eu sorri e resolvi deixar de lado aquilo.

oOoOo

O carro estacionou em frente ao autódromo de onde várias pessoas com suas famílias andavam de um lado para o outro sorrindo e brincando.

– Vamos? – Renesmee perguntou segurando a minha mão. Eu ainda não acreditava que estávamos na França para assistimos uma corrida, tudo porque aquilo me fazia feliz.

– Eu não sei. – segurei a minha mão apertando. – Acho que eu não estou pronto eu... – ela me interrompeu.

– Pode parar por aí Jacob. Sério mesmo? Vamos discutir sobre isso de novo? – mesmo que as palavras pareciam duras, a expressão dela era a mais compreensível possível. – Vamos. – ela não perguntou dessa vez, ela simplesmente desceu do carro e quando reparei o segurança – que nos acompanhava – abriu a porta para me ajudar a descer. Por pedido meu eu estava com boné e óculos escuro, não queria correr o risco de chamar a atenção de algum repórter.

Renesmee empurrou a minha cadeira e fomos para o lado onde somente funcionários entravam. O chefe da minha antiga equipe já sabia que estávamos indo e tínhamos conseguido crachás para passarmos e assistimos a corrida de forma diferente. Meu maior medo com que estávamos fazendo, encontrar Jane Volturi.

Não demoramos muito estávamos exatamente na aérea VIP da equipe da Ducati. – Jacob. – meu chefe chegou me cumprimentando. – Me falaram que vocês já tinham chegado, que tal um tour? – ele perguntou sorridente. Afirmei com um aceno de cabeça e ele seguiu me contando tudo que estava acontecendo. Confessei que já fazia tempos que eu não assistia uma corrida, nem pela TV e aquilo pareceu o surpreender.

– Tenho que lhe mostrar uma coisa. – ele falou quando entramos na sala da mecânica.

– O que seria? – indaguei rindo.

– Isso. – ele puxou uma capa de cima de algo e o meu ar faltou quando eu dei de cara com a minha moto novinha sem nenhum arranhão e como se nada estivesse acontecido com ela. – Gostou? – empurrei a cadeira em direção dela e passei a mão pela a cor vermelha e no número 53 que ficava na parte dianteira da moto. Meu nome estava gravado com letras em cor preta. Meu coração estava batendo a mil e segurar um pouco as lágrimas era impossível. – Você não respondeu até agora se gostou ou não, acho que não gostou não foi?

– Eu... Eu... Estou sem palavras. Eu nunca vi como ela ficou, mas julgando pelo o meu estado seria de pensar que ela tivesse dado perda total.

– Não vou mentir, ela ficou mal, mas conseguimos dar um jeito e só para provar que é mesmo a sua moto dê uma olhada no cano. – olhei e no mesmo estavam às letras R, L, e E que eram as inicias da letra do nome da Renesmee, Leah e do Embry as três letras eram o meu amuleto, eu sempre passava as mãos sobre elas antes de qualquer corrida.

– E a minha moto mesmo. – falei passando a mão de novo por ela.

– E quando você estiver apto para andar com ela de novo, pode vir que ela estará lhe esperando, assim como a sua vaga aqui. – ele falou com sinceridade.

– Obrigado. – empurrei a cadeira na direção dele e estendi a mão, mas recebi um abraço dele.

– Não precisa agradecer. – ele falou batendo de leve em meu ombro.

– Eu vou dar um volta. – Renesmee falou depois de um tempo calada somente apreciando o momento. Eu sabia o quanto aquele ambiente a deixava nervosa e não deveria ser fácil para ela estar naquele lugar.

– Tudo bem. – sorrir em sua direção. – Eu irei com Giulio para falar com alguns amigos, me liga quando você voltar?

– Pode deixar. – ela piscou e saiu e eu seguir namorando a minha moto.

POV Renesmee

Aquele local me fazia reviver tudo de novo. A forma que ele ficou jogado ao chão parecendo totalmente sem vida e depois todo o caminho que tivemos que percorrer para chegarmos onde estávamos agora. E estar naquele local simplesmente me fazia mal.

– Renesmee. – virei para ver de quem era à voz que parecia um tanto quanto surpresa em me ver ali. Eu não conhecia ninguém daquele local e seria bem estranho alguém me chamar. Virei e trinquei os meus dentes com a figura que estava em minha frente.

– Jane. – forcei aquele nome maldito a sair dos meus lábios.

– O que você está fazendo aqui? – ela perguntou olhando para os lados como se procurasse por alguém. – Você veio sozinha ou o Jacob voltou a andar e correr? – os olhos dela brilharam quando ela pronunciou aquelas palavras e o meu corpo tremeu com o frio na espinha que passou por causa daquele brilho estranho.

–... - virei às costas, eu não daria bola para aquele monstro com vestido de pessoa. Senti os dedos gelados dela segurarem o meu braço e virei encarando aquele ato. – Me solta. – pedi tentando manter a calma.

– Eu lhe fiz uma pergunta, e não fica legal você não responder. Não uma pessoa em sua posição. – os olhos azuis frios dela estavam em minha face e mesmo que ela tentasse disfarçar os lábios dela estavam puxados em uma careta bem estranha que eu tinha certeza que era raiva.

– E eu mandei você me soltar. – ela sorriu mostrando os dentes brancos.

– Se você está lutando tanto para me responder, é porque o Jacob ou voltou a andar ou está voltando. Meu dia acabou de ficar melhor com isso.

– O que você ainda quer? - criei coragem e puxei o meu braço do aperto dela. A marca dos dedos dela estavam em minha pele sinal que ela estava realmente com raiva. – Você matou o filho dele, e o abandonou quando ele mais precisou de você. Por que você não vai viver a sua vida e nos deixa em paz. – ditei chegando perto dela. Ela sorriu.

– Foi bom lhe ver. – foi somente o que ela falou quando algumas pessoas passaram por nós no corredor. Ela me deu mais um olhar frio e saiu.

Encostei a cabeça na parede e peguei o celular e liguei para o Jacob em menos de alguns minutos ele estava lá me aparando.

– Ela lhe machucou? – ele perguntou olhando para os lados. Maneei a cabeça negando, mas ele viu o meu braço. – E o que é isso? – ele perguntou passando os dedos pela a marca que estava em meu braço. A respiração dele estava alterada.

– Fica calmo. – pedi o beijando e segurando o rosto dele. – Eu estou bem, só fiquei nervosa.

– Vamos ter que pedir para segurança andar com a gente até aqui. – ele pegou o telefone ligando para o Giulio. Em pouco tempo já tinham conseguido um crachá para o segurança e mesmo encontrava-se com a gente agora.

oOoOo

Eu juro que tentei prestar atenção na corrida, mas aquele não era o meu esporte. Sem contar que eu não conseguia tirar a Jane da minha cabeça. Ela estava andando por aí e agora estava perto o suficiente para fazer mal ao Jacob, e aquilo estava me matando.

– Se você não curte o esporte não precisa ter vindo só por mim amor. – Jacob chamou a minha atenção passando os dedos sobre a minha face.

– Não é isso. – falei tentando passar que eu estava bem. – Eu só fiquei preocupada. – falei a verdade.

– Ela não fará nada conosco. – ela disse sorrindo e os lábios dele encostaram-se aos meus. Contudo, eu senti o corpo dele ficar duro sobre o meu toque.

– O que foi? – perguntei vendo que os olhos dele estavam, fixos em algum lugar atrás da gente.

– Jane. – ele falou com a mandíbula trincada.

– Onde? – perguntei já ficando nervosa.

– Atrás da gente nos olhando como se fossemos a pior coisa do mundo. – ele ditou sério. – Eu vou lá.

– Não. – eu quase gritei segurando o braço dele. – Fica aqui. – pedi com a voz tremula e ele resolveu ficar. Contudo, ele não tirou os olhos da Jane um minuto. Ela sentou algumas cadeiras longe da gente e eu senti como se olhos estivessem presos sobre os nossos corpos. – Ela não estava noiva Jake? – perguntei apertando a mão dele.

– Segundo o site que eu li sim, mas sabemos que normal nem ela e o irmão dela são, então eu ainda espero tudo dessa gente. – Jake não tirava os olhos dela. E não que estivesse com ciúmes daquilo, eu só não queria que ela tomasse aquilo com provocação.

– Eu juro que tentei. – a voz dela soou atrás de nós e eu apertei mais ainda a mão do Jacob; - Tentei ficar longe e não vir cumprimentar o casal lindo que vocês dois formam juntos, mas eu não conseguir. O falso amor de vocês evapora dos poros enchendo o local com tanta breguice. – ela ditou sorrindo discretamente.

– Terminou? – Jacob indagou soltando a minha mão e ficando ereto sobre a cadeira.

– Pensei que você já estivesse andando. – ela falou séria olhando com nojo para o Jacob. – Me livrei de uma não é. – ela apontou para as pernas do Jacob. – Elas andam funcionando pelo menos.

– Não é da sua conta. – respondi tomando coragem. Eu sempre fui uma mulher de vibra, mesmo nas piores situações da minha vida. Eu sobrevivi a uma rejeição a quase perda do homem da minha vida, não seria uma vadia manipuladora que me faria calar.

– Não falei com você querida. – seu tom de voz era o mais falso possível. – Você e suas manias de se meter na conversa e na vida das pessoas. Sempre foi assim. – agora eu estava entendo tudo. O ódio dela não era contra o Jacob e sim contra mim. Ela não deveria até hoje te aceitado que estávamos juntos. – Tudo de ruim que aconteceu na minha vida foi culpa sua. – e aí eu tive a minha confirmação.

– Engano seu Volturi. – Jacob me defendeu. – Foi culpa sua, pois nós dois nos casaríamos, e no final, quem destruiu tudo foi você.

– Você sempre amou essa songa, nunca que nós casaríamos.

– Eu cuidaria do filho que você me privou de ter, e tenho certeza que dinheiro com isso, você ganharia, já que é só isso que importa. – ela deu uma risada alta chamando a atenção dos presentes.

– Não é somente dinheiro que importa. – a expressão dela fechou e tornou-se fria. – Tem muito mais coisa envolvida nessa história. – ela olhou para o Jacob. – A felicidade de vocês me perturba. Dá-me asco, e do jeito que está não irá ficar. – ela virou em minha direção e apontou o dedo para o meu rosto. – Aguarde. – foram as últimas palavras dela antes de sair de perto da gente.

oOoOo

Estávamos em Paris e nada era mais justo que sairmos para jantar na cidade da luz. Coloquei o meu melhor vestido e tentei apagar o incidente de hoje mais cedo que tinha acontecido no autódromo. Jacob tinha me convencido que estávamos seguros com o segurança nos acompanhando, e foi no que eu me apeguei. Pensamento positivo sempre!

– Vai fazer a gente se perder. – Jacob falou quando falei que eu dirigiria.

– Deixa. – dei de ombros sorrindo. – Vamos fazer travessuras como estávamos acostumados a fazer. – falei dando um selinho em seus lábios. O segurança nos observava olhando para todos os lados. Eu tinha bebido um pouco e tinha que confessar que já álcool á estava fazendo efeito.

– Aprontávamos todas mesmo. – ele sorriu. – Vai lá pegar o carro. – o veiculo estava estacionado do outro lado da rua. Eu parei na beira da calçada constatando que não estava vindo carro nenhum. Puro engano meu, acho que foi a bebida que tinha me pego, pois só enxerguei o farol bater forte em minha face em seguida sentir a minha cabeça bater em um baque oco no chão.

POV Jacob

Eu não sei onde aquele carro surgiu e quem estava na direção dele. Só sei que uma adrenalina tão grande apossou-se do meu corpo quando percebi que o carro seguia em toda velocidade em direção da Renesmee e que ela não conseguiria desviar. Ela simplesmente ficou parada olhando o carro vir em sua direção.

Em um ato de desespero eu fiz aquilo que eu julguei certo e a única coisa que a minha mente mandava o meu corpo fazer. Correr. E foi exatamente isso que eu fiz, eu corri em direção da Renesmee e envolvi o corpo dela com os meus braços, ainda tentei proteger a cabeça dela, mas foi inevitável o baque. Só escutei o som e quando olhei para o rosto dela, os olhos dela estavam fechados.

– Senhor Black. – o segurança correr em nossas direções. Ele parecia assustado e me olhava como se eu fosse uma aberração.

– Chama uma ambulância. – ordenei ainda segurando o corpo da Renesmee com cuidado para que não houvesse mais danos. As pessoas já se amontoavam ao nosso redor cochichando.

– O senhor... – o segurança voltou a falar totalmente assustado.

– Já chamou a ambulância? – perguntei impaciente. Ele maneou a cabeça em resposta.

– O sente-se bem? – ele conseguiu formular uma frase.

– Estou, por que não estaria? – indaguei depositando o corpo da Renesmee ao chão com cuidado.

– Porquê. – ele apontou para o meu corpo e eu desci o olhar na direção que os dedos dele estavam apontando.

Meu coração bateu mais forte e eu sentir falta de ar. Deixei o meu corpo tombar ao chão e olhei para o outro lado da rua, onde a minha cadeira de rodas estava. – Eu... – quem começou a gaguejar fui eu. – Como eu fiz isso? – perguntei olhando para ele.

– Não sei, quando percebi o senhor saiu correndo na direção dela. – eu não sabia se eu sorria por ter corrido ou se eu chorava por ver a Renesmee deitada no chão desacordada.

Passei a mão pela as minhas pernas sentindo totalmente o toque. – Me ajude a levantar. – pedi a ele.

– Eu acho melhor...

– Você me ajudar a levantar. – ordenei e ele veio me ajudar. De começo minha perna falhou e eu me segurei nele e depois aos poucos, mesmo com ela tremendo eu conseguir ficar em pé. As lágrimas caíram do meu rosto e o que eu mais queria, era que a Renesmee estivesse acordada para ver aquilo.

POV Renesmee

Meus olhos abriram devagar tentando acostuma-se com a claridade que em direção do meu rosto. Aquele cheiro, aquela luz eu sabia onde eu estava. Em um hospital.

Levei a mão na parte de trás da cabeça, e o batida tinha sido forte. Contudo, o incrível era que eu esperasse que o meu corpo doesse todo e essa não era bem a realidade. Forcei a cabeça e senti mãos quentes me segurando com carinho.

– Fica deitada amor. – a voz do Jacob chegou aos meus ouvidos para me tranquilizar. Ele estava bem.

– Jacob eu... Tentei, mas eu não vi nem de onde aquele carro saiu. – eu estava com vontade de chorar. Eu não deveria ter bebido.

– Eu sei meu amor. – as mãos dele acariciaram o meu rosto e eu consegui virar para encará-lo. Por mais que a situação fosse meio insana, ele detinha em sua face um brilho diferente e um sorriso especial. – O que foi? – perguntei encrespando o meu cenho.

– Como você está sentindo-se? – ele indagou e aquilo me deixou curiosa.

– O que foi que aconteceu Jacob?

– Só responde amor. – seu sorriso ficou maior.

– Estou bem, por quê?

– Bem o bastante para não surtar com uma coisa meio doida que aconteceu?

– Eu já estou surtando somente com essas suas enrolações. Então, não, eu não estou boa o bastante para não surtar, mas eu quero saber o que está acontecendo, e agora! – ele gargalhou pendendo a cabeça para trás, e eu fiz menção de levantar o corpo quando ele forçou que eu deitasse de novo.

– Fica assim, que eu já irei lhe mostrar. – ele beijou a minha testa e puxou ar para os pulmões. – Eu não sei como aconteceu... Mas quando eu percebi eu... – ele saiu do lado da cama e andou. Sim, andou. E foi somente nessa hora que a verdade deu um tapa bem dado em minha face. Eu pensei que fosse desmaiar. – Eu andei. – ele disse com os olhos cheios de lágrimas encarando as pernas.

– Jacob eu... – estendi as mãos em direção dele e vê-lo caminhando em minha direção foi a melhor visão que eu já tinha tido em toda a minha vida.

Meus braços os apertaram com força contra o meu corpo e cedi milhares de beijos pela à face dele. Depois de tanto persistir, Jacob Black, finalmente tinha voltado à vida!

Continua...