Fanfic: Identidade Forçada | Tema: Romance Policial

Analisando o terreno

Roberta e Nicolas eram mais um dentre tantos casais da sociedade paulistana que viviam de aparências.Ele,um empresário bem sucedido que vivia à sombra de um lar feliz,uma família bem constituída ao lado da esposa e do filho.Ela,uma mulher submissa,a mercê das traições e humilhações constantes de Nicolas.O filho do casal,um tanto quanto distante da família.

Tomás,diferente da mãe,preferiu esquecer que Nicolas existia.Tinha sérios problemas com o pai,devido aos sofrimentos da mãe.Roberta,nos últimos anos,tem adquirido calmantes e assim passou a conviver com eles.Tomas,mesmo sendo distante do pai,o amava e torcia para que um dia ele pudesse mudar.Mas isto,era de certo modo impossível.

Preferia sair pra noite.Pra curtir mesmo.Esquecer as cobranças,o trabalho,este último,principalmente.A pressão por ser filho de Nicolas,era grande.

Aquela noite,assim como outras,mais uma vez,Nicolas saia com a desculpa de uma reunião.Mesmo que não mudasse o discurso,Roberta acreditava nas desculpas do marido.Ela acreditava,até certo ponto.Hoje,estava certa de que algo,muito estranho havia nessa história toda.Mesmo que desconfiasse,precisava de uma prova.E era exatamente aí,que Sabrina e Evaristo entravam...

Ainda no carro,Evaristo dava as coordenadas a Sabrina.

- Quero que se aproxime do tomas.Quero que o seduza.Já sabe como faz não?

 - já..

- Ótimo.Faça com que ele confie em você.Acho que já sabe o dever...pois bem,faça parte da família.Aproxime-se de Roberta e principalmente do alvo.

- Não quer que eu faça isso hoje quer?

- Você sabe muito bem,o que deve fazer hoje.

E era assim a relação dos dois.De Empregador –empregado.

As coisas tomaram esse rumo.Sabrina antes uma criança,viveu em um lar acolhedor.Evaristo era sim,um pai.Mas a vida a encaminhou para um outro caminho...

Com o tempo,foi mostrando interesse pela polícia.Sabrina tinha sede de justiça.Poderia seguir a carreira de policial ou advogada,porém a menina por influência do próprio “pai” seguiu os seus passos.E isso a arruinou.

Evaristo,era um profissional competente.Para ele,não era simplesmente seguir e provar.Não.Ele queria ser diferente.E o caso agora que se dedicava,era como uma espécie de desafio.Um ser conhecido.A repercussão,seria muito maior.E isso o fascinava.

Evaristo entregou a Sabrina,uma foto da vítima.Tomás.Na boate,ela agiria como sempre.Fria.Superior.O lenhador à procura da lenha.

No balcão,com um olhar compenetrado no horizonte.Tomás estava pensativo.Alternava ente o gole da bebida e o movimento à sua volta.

Aproximando-se como quem não quer nada,Sabrina lhe fez companhia.Implorava por uma conversa.

- Acompanhado meu bem?

- Eu não quero ter uma noite com você beleza?

- Calma,não é assim.Não sou uma prostituta.Eu sou apenas mais uma que foge desse mundo,da injustiça...as coisas são muito medíocres...

 Ela tentava o atingir de todas as formas.Sabrina,sabia como manipular as pessoas.Principalmente,quando já a tinha estudado.

- Desculpe.

- Podemos começar novamente.Por que não?Acompanhado?

-Não.

-Sabrina Teles. – Ela deveria mentir.

-Tomás Mendes.Prazer. – Doce inocência...