Fanfic: Identidade Forçada | Tema: Romance Policial

4. Marcas do passado/Um plano em ação

No quarto Sabrina tentava resistir às lágrimas que insistiam em cair.Tudo o que vivera,não passava de mentiras.

Como a vida tinha sido cruel!

Aos 5 anos,perdera os pais num acidente de carro.A avó paterna,a única parente que lhe restava,não quisera saber da garota.Sabrina,era filha da desgraçada que havia lhe tirado o filho.Por mais que Sabrina,fosse parecida com o pai,nada jamais,amolecia o coração da avó,que sem dó,largou a menina num orfanato,onde passou a infância,acompanhada das humilhações de Raquel e a dor de nunca ter sido adotada.

Mas ela foi adotada.Evaristo,havia sido um pai não foi?

Sim,até certo ponto.Ela só não entendia,como havia mudado,em tão pouco tempo.Por que esse jeito rude?Por que incluir a menina em seus trabalhos “sujos”?

-Alô?Sim.Pode ser.Eu retorno em breve,não posso agora. – pausa – Agora,não posso!- passos – tenho que desligar.

- Quem era? – Sabrina chegou à cozinha.

- Mais um cliente.

O telefone insistiu novamente.Dessa vez, era o alvo.

- não vai atender?

- É Tomás.

- Melhor ainda! Atenda e marque um encontro,na casa dele!

- Como é?

- Você ouviu.Não vou repetir.

- Tem planos pra hoje à noite? – Perguntou Tomás,do outro lado da linha.

- Coloque no viva voz Sabrina.

- Não,estarei livre,o que acha de nos vermos? Era isso que ia perguntar não era? – Ela seguia as ordens de Evaristo.

- Além de bela é inteligente! Gostei da sua determinação! É isso mesmo.Tem algum lugar específico?

- Casa! – Evaristo sussurrava.

- Ah,não sei,sua casa quem sabe...por que não?

- Ótimo.Te buscarei.Me passa o endereço.

Ela passou um endereço falso.Tudo o comando ordenado por Evaristo.

- Por que pra descobrir se o marido trai ou não a esposa,preciso me envolver com o filho deles?

- Eu por acaso,perguntei alguma coisa a você?

- Mas eu quero saber!

- Melhor baixar o tom de Voz Sabrina!

- Eu não sei por que insisto nessa história...

Como combinado,Tomás,passou na “falsa“ residência de Sabrina,que já estampava uma certa falsidade,nos modos como o tratava.

A casa,localizada numa região muito bem sofisticada da cidade.Um condomínio fechado,onde a segurança era rígida.Sabrina,pela primeira vez,ao cruzar a portaria sentiu o coração sair pela boca.Era a primeira vez,que gostaria de sair correndo dali.Queria sumir.Estava enganado um alguém,o machucaria,caso ele se rendesse.Mas ela estava acostumada a fazer isso.Não exatamente.Nunca,Evaristo havia a ordenado ir tão longe,a ponto de “namorar” alguém.E isso a desconcentrava. Algo a mais,lhe dizia pra pular desse barco.Afinal,por que tanto medo,se estava acostumada a lidar com isso?

Estaria ela,se envolvendo? Não,jamais poderia imaginar uma coisas dessas.

Chegaram.Apartamento 18,4° andar.

- Chegamos.

Ela lhe sorriu,ainda receosa.

Estava indo bem.Pensava.E estava mesmo.Aos poucos,ganhava confiança.E conquistava também.Veja só,agora colocava as máscaras.

Não só as máscaras como assumia uma personagem.Na bolsa,alguns acessórios indispensáveis.Coisas de mulher,com certeza.Porém,não só isso.Todos os acessórios que ficariam a seu favor.Por que desperdiçar aquele sonífero?Se ali estava,porque alguma utilidade ele teria.E ela sabia exatamente,qual seria...