Fanfic: Paraíso Imperfeito 1ª e 2ª temporada (finalizada) | Tema: rbd

No dia seguinte ao "casamento" de Dulce, uma nova situação abalará Christian, este estava com Maite no hospital.

-Eu não a amava... - Ele voltou o murmurou, sem olhá-la. - Mas estava me acostumando com a idéia de ser pai.

-Eu sinto muito. - Ela levantou a mão para lhe acariciar os cabelos, mas desistiu.

-Eu não pude nem ver o seu rostinho. - Ele cerrou levemente os olhos. - Acha que ele se pareceria comigo? - Levantando a cabeça para olhá-la.

-Tenho certeza que sim.

-Acho que ela não merecia morrer... Apesar dela ser uma cobra, era muito jovem.

-A hemorragia se manifestou rapidamente. Tentaram salvar o bebê, mas...

-Hillary, não era a mulher da minha vida. Mas eu nunca desconfiei que ela me amava de todo o coração. Nenhuma mulher me amou como ela. - Abaixando a cabeça.

Maite abriu a boca para lhe dizer que aquilo não era verdade, mas novamente desistiu.

-Por mais que eu fizesse coisas erradas com ela... Ela me perdoava sempre.

-Hillary estava obcecada por você. Não sei se realmente aquilo era amor.

-E o que você entende de amor? - Com tom zombeteiro na voz.

-Mais coisas que você pode imaginar.

Christian a olhou com o canto do olho.

-Mai... - Olhando-a. - Dizia sério quando me falou aquelas coisas no carro?

-E eu parecia estar brincando?!

-Eu lhe disse tantas vezes... Que não era o homem certo pra você.

-Acho que foi a primeira vez que você disse uma verdade na sua vida.

-Então disse duas verdades na minha vida.

Maite o olhou.

-Nunca menti quando disse que estava apaixonado por você.

-Não comece com suas...

-Não é mentira. - Olhando-a profundamente nos olhos. - O que eu sinto é sincero.

-Pode até ser. Mas não adianta nada ter um amor sincero, se você só magoa a pessoa que você ama. - Virando o rosto e tentando disfarçar a voz embargada.

-Mai está na minha cabeça desde quando nos conhecemos pela primeira vez. Você... Você se lembra?

Flash Back:

Christian andava resmungando pelos corredores, segurando sua mais nova suspensão na mão esquerda. Dessa vez, ele jurava que não havia feito nada e de fato não havia. Ok, ele havia. Mas desde quando transar com uma menina na dispensa da cantina era uma questão de suspensão?! Ele estava se sentindo injustiçado, mas pelo menos havia ganhado a suspensão valendo a pena.
Virou o corredor acendendo um cigarro e deu de frente com uma jovem morena. Olhando-a de cima em baixo, ele sorriu com malicia.

-Doçura, onde você estava que o papai Christian nunca viu você?!

-O que disse? - Contorcendo as sobrancelhas.

-É nova aqui?

-Sim... Estou procurando a minha sala.

-Entendo! - Mexendo nos cabelos morenos e cumpridos da jovem. - Você é uma gracinha... - Olhando para seus seios.

-Escute, eu não gosto de que me olhem assim.

-Prefere que coloquem as mãos não é?! - Rindo.

O riso sumiu rapidamente ao seu rosto ficar vermelho e uma dor tomar conta do local.

-Eu não sou nenhuma vagabunda. - Saindo da frente dele.

-Hei! Hei! Hei! - Segurando-a pelo braço e fazendo-a voltar para sua frente. - Então você é uma daquelas que guardam tudo o que tem não é?! Pois muito bem... Eu não vou descansar até você ficar derretida aos meus pés.

-Você é um bruto!

-E você é uma beleza. - Rindo e saindo dali. - Ah! - Parando antes de virar o próximo corredor. - Prepare-se chuchu... A partir de agora, você é minha mais nova presa.

Fim do Flash Back.

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Em outra parte do hospital...

-Como está seu braço? - Dulce perguntou entrando na sala de enfermagem.

-Se ele pensou que mataria com isso... - Soltando um leve riso. - Você está bem?

-Sim... Assustada, mas estou bem.

-E o seu filho? - Olhando-a com ironia e magoa.

-Eu passei no obstetra antes de vir aqui e ele disse que está tudo bem. - Sem olhá-lo.

Um silêncio constrangedor tomou conta do lugar, até Dulce quebrá-lo.

-Por que fez tudo aquilo?

-Do que se refere?

-De tudo! Principalmente no meu casamento.

-A história da banda foi idéia de Anahi! Era melhor do que à do Christian que queria eu entrasse pelado segurando um cartaz escrito "Eu Te Amo".

-Não estou perguntando de quem saiu à idéia. Por que você fez tudo aquilo?

-Será que você ainda não compreendeu nada?! - Olhando-a. - Achava mesmo que eu deixaria você se casar com aquele desgraçado?!

Dulce abaixou os olhos.

-Eu faço qualquer loucura por você. - Dulce levantou os olhos e ele prosseguiu. - Diversas vezes eu falhei com você e mais diversas vezes eu lhe fiz discursos pedindo perdão. Talvez Dulce... Talvez você não queria o meu perdão. Queria sentir... Queria sentir que te amo... De uma forma especial.

Dulce soltou um gemido e levou uma das mãos aos olhos sem poder segurar as lágrimas.

-Talvez fosse mesmo tudo o que eu precisava... - Com a voz fraca e embargada. - Eu precisava de uma prova de amor. Como ninguém jamais havia feito por mim...

-Anjo... - Levantando-se. - Você marcou a minha vida muito antes do nosso beijo. Muito antes da aposta. Muito antes da nossa primeira vez. Você vestida de Anjo naquela noite... Foi você a única pessoa que me fez sentir que tinha valor.

-Por que tudo teve que ser desse jeito?! - Olhando-o, chorosa. - Desde o começo Chris... Eu não precisava que você dissesse que estava apaixonado por mim. Tudo o que eu queria... Era que você me notasse. Soubesse que eu existia. Que ao menos soubesse o meu nome. Um sorriso... Era mais do que o suficiente para mim.

Christopher molhou os lábios e não soube o que responder.

-Mas pelo visto. Belinda me venceu como sempre me vencia. Está casada com você...

-Eu me casei por você.

Flash Back:

-A minha proposta é muito interessante e benéfica para você. - Com um sorriso enigmático. - Sabe bem que se continuar aqui, acabará por morrer nas mãos desses vândalos. Isso claro antes, de você sofrer humilhações aterradoras.

-Aonde quer chegar?

-Simples. Se você continuar aqui, Dulce María continuará acreditando que você é o Estuprador dela. E eu duvido que você queria morrer, sabendo que ela te odeia...

Christopher apertou os olhos, deprimido, mas nada respondeu.

-A proposta é a seguinte. Eu faço Dulce María acreditar que você jamais tentou Estuprá-la e ainda te tirou daqui. - Esboçando um sorriso vitorioso.

-Como conseguirá isso? - Contorcendo as sobrancelhas, duvidoso.

-Sou uma advogada, meu querido. - Levantando as sobrancelhas, metida. - Eles não têm provas o suficiente para mantê-lo aqui.

-Mas há a Denuncia de Maite e Anahi. - Dando de ombros.

-Isso é muito pouco. Se formos parar na Corte Judicial, acredite, o Juiz não o manterá aqui somente por uma denuncia sem provas. Afinal, elas não testemunharam nada.

Christopher por alguns segundos sentiu-se aliviado, mas...

-Eu te conheço Belinda. - Olhando-a com a face endurecida. - Sei que você não faz algo sem pedir outra.

-Como eu disse, a situação é muito simples. Você está livre dessa cadeia e do Ódio de Dulce... Se você se Casar comigo. - Sorrindo alegre e vitoriosa.

Fim do Flash Back!

-Eu me casei pra você não me odiar.

-Belinda... Belinda tentou conversar comigo, duas ou quatro vezes, mas não adiantou nada.

-Um dia... Eu imaginei que era muito pra você. Agora penso o contrário.

-Eu já não sei o que pensar de você Christopher! Sempre que você faz coisas certas, você estraga tudo de novo. Eu já não agüento mais os sofrimentos que você me causa.

-Eu não tenho o mínimo direito de lhe suplicar perdão.

-Realmente você não tem. - De cabeça baixa. - Mas como você mesmo disse... - Levantando-a. - Talvez eu não precisasse escutar um pedido de perdão.

-Eu já me esqueci... Como é viver sem ter você do meu lado.

-Eu já não sei o que vem de você.

-Vem embora comigo, Dulce. Vamos juntos pra Itália. Lá ninguém poderá nos querer longe um do outro. - Segurando suas mãos com firmeza. - Juro que tudo será diferente. Nada mais... Nada mais será igual.

Dulce virou a cabeça indecisa.

-Podemos criar seu filho, juntos...

-O quê? - Olhando-o. - Meu... Meu filho?! - Tirando as mãos da mãos de Christopher.

-Não precisa me esclarecer nada. Eu entendo que você quisesse ter um homem do seu lado e...

-Está supondo que eu... Que eu tive outro homem na minha vida?!

-Esse filho não é meu Dulce!

-Como pode dizer isso?! - Afastando-se com passos curtos.

-Dulce... Estamos separados há meses, você mesma disse que... Que... Está grávida de quatro meses. E todas as vezes que transamos... Usamos preservativos.

-Se esqueceu do que houve no seu apartamento naquela noite?

-Que noite Dulce?

-Uma noite antes de você aparecer enfurecido no meu apartamento.

Flash Back:

-O que você está pretendendo? - Ele perguntou de dentes cerrados e aproximando-se perigoso.

-Do... Do que está falando? - Contorcendo as sobrancelhas.

-Está querendo o que com tudo isso, Dulce María? - Batendo a porta atrás de si e alterando a voz, fazendo a moça se encolher levemente.

-Chris o que foi?

-Entra no meu apartamento no meio da noite, me fez delirar com você, me faz juras e no meio da manhã você some?! - Gritando.

-Eu não fui no seu apartamento, eu não sei do que está falando. - Criando lágrimas nos olhos.

-Pára! - Sacudindo-a. - Eu já tinha deixado tudo muito claro. Não quero mais nada com você.

-Não precisa repetir. - Derramando as lágrimas. - Eu não sou nenhuma idiota. E eu não fui até seu apartamento.

-Então eu fiquei maluco? - Sarcástico.

-Está parecendo que ficou. Não vou admitir que entre na minha casa para me fazer acusações.

-PENSA QUE SOU IDIOTA? - Arrancando-lhe a toalha.

-CHRISTOPHER! - Tentando se esconder com as mãos.

-Eu me lembro de cada detalhe... - Passando os olhos pelo corpo arrepiado de Dulce. - Eu sei que você entrou lá. EU SEI!

-CRETINO! - Dando-lhe uma bofetada e pegando sua toalha de volta. - FORA DA MINHA CASA.

-O mesmo pra você. - Saindo e batendo a porta. - Não... - Falando sozinho. - Eu sei que ela apareceu lá. Eu sei!

Fim do Flash Back.

-Mas você... Mas você me jurou que não havia entrado lá.

-Você estava me desprezando Christopher. Eu não podia simplesmente acordar do seu lado. Como me tratava... Tive medo que me expulsasse nua e tudo mais.

-Meu Deus. - Passando a mãos nos cabelos. - Você... Há quanto tempo você sabe disso.

-Desde que eu estava grávida de três semanas.

-E pretendia se casar sabendo que esse filho era meu?!

-Você estava casado Christopher! Todos diziam pra mim que você era um estuprador. Como queria que eu dissesse... Que estava grávida?!

-E deixaria aquele maníaco cuidar dele?! E eu nunca ficaria sabendo?!

-Eu estava confusa, estava magoada, estava transtornada... Sozinha! Você estava comigo! Eu estava perdida!

-Mas... - Confuso. - Dulce... - Sentando-se. - Está aí mais um motivo para não podermos viver separados. Esse bebê... É um forte laço que nos une.

Dulce não respondeu.

-Ele não tem o direito de viver sem pai.

-Ela! - Murmurando. - É uma menina...

-Uma... Uma menina?!

-Descobri hoje. Quando fui no obstetra.

-Dulce... Não me deixa viver sem vocês duas. Eu errei, mas você sabe que me ama. Se não me amasse teria se casado.

Dulce ficou em silêncio.

-Anjo...

-Me deixe pensar. As coisas não podem simplesmente se acertar assim.

-Ok... - Abaixando os olhos.

Dulce levantou o vestido e se foi dali.