Fanfic: Socorro que a mamãe vem aí! RyD
Eu sei que pode até parecer, ridículo, confuso e totalmente antiquado, mas foi exatamente do jeito que vou contar, que aconteceu o parto do meu bebê.
Não sou a melhor pessoa para relatá-lo, mas vamos tentar. Vale a pena dizer, que eu avisei... Não sou boa pra relatar parto. Ainda sou “inexperiente” nesse ramo.
Eu me lembro bem, tão bem, que às vezes até me surpreendo. Acho que deve ter sido tudo culpa de algum trauma durante o parto. Mas, ta... Calma, já vou contar...
Foi extremamente estressante. Graças a Mia, claro. Por quê ela conseguiu me deixar pior ainda, com todo aquele nervosismo desnecessário dela.
Exagerada. Palavra que mais a define, e claro, irritante, estressante e uma verdadeira tonta.
Não pensem que falo isso só pelo meu “hobby” de insultá-la, pois garanto que não. Afinal, não sou tão má assim. Mas o fato de que a defina assim, é único e exclusivamente, culpa dela. Pois não me ajudou em nada no momento mais atormentado e dolorido da minha vida. E Poe dolorido nisso!
Ficava desesperada andando de um lado pro outro da casa, repetindo: “O quê fazer, o quê fazer, o quê fazer?” Desesperada. E sinceramente, não sei por que. Afinal, quem ia parir sou eu! Não ela.
Mas graças ao bondoso Deus, a ‘renca’ chegou alguns minutos após. Quando já estava na minha milésima contração, é verdade, mas como dizem por aí: “Antes tarde, do que nunca”.
Porém, se vocês pensam que depois que eles chegaram foi tudo um mar de rosas estão enganados. Bem enganados, me atrevo a dizer.
Claro. Na minha vida nada é simples, nem fácil. Tudo é complicado. E dessa vez não foi diferente. Quando contamos a todos o que tinha acontecido, pra dizer a verdade, quem contou foi a Mia. Por que eu não conseguia pronunciar nada além de “ai”, pela dor.
O Diego, a Lupi, Ricardão, Miguel, Giovanni e a Josy embranqueceram de imediato. Não entendi, de inicio, por que não me levavam pra droga do hospital da cidade vizinha. Até o Diego me explicar com uma voz rouca pelo desespero e medo:
—Roberta, nosso filho não pode nascer agora! —Foram essas mesmas palavras que ele usou. — A passagem pra cidade vizinha está fechada, não tem como passarmos. A chuva fechou todas as passagens!
Nem acreditei que aquilo estava acontecendo. Era muita coisa pra uma mulher só agüentar.
Nunca imaginei que aquele povo todo fossem tão medrosos. Fui só eu responder com os dentes “trancados”, um “Mas não da pra esperar. Vai nascer!” Que todos começaram com seus chiliques. Miguel ficou imóvel me olhando com cara de bobo. Lupi desmaiou, a Mia continuou a andar, e o Diego, pelo que me lembro, estava preste a seguir os passos da Lupi. Mas então eu me irritei tremendamente. Soltando um daqueles berros que só eu sei dar....
—HEI! VOCÊS PAREM COM ISSO JÁ! —respirei, tentando controlar a dor. —Diego me leva pro quarto. —Tomei as rédeas da situação, quando percebi que ninguém iria tomar. —Mia prepare tudo que a Lupi precisar. E Lupita, você fará meu parto. —Ela me olhou, na hora, com a cara mais assustada que eu já vi .
—Como é que é? —Me perguntou, imóvel.
—Eu... —Contração— preciso que alguém o faça. E você é o mais próxima de médica no momento.
—Não, não, Roberta. Eu não sou médica, ainda estou estudando... e nem obstetra pretendo ser.
—Não estou pedindo. Estou mandando.
Eu pensei que ninguém fosse acatar as minhas ordens, e não iam mesmo... até uma pontada de dor me atormentar, e sem conseguir me conter, gritei de dor. Em meio ao meu sofrimento, todos se compadeceram e começaram a por as mãos em massa, ou em mim, como preferir dizer.
Sabe aquela cena do século passado com uma mulher em plena fazenda, em uma cidade do tamanho do seu dedo mindinho, gritando de dor, com um lençol tampando o meio das pernas e alguém fazendo o parto que nem médica é? Que você sempre idealizou que foi assim que sua tataravó nasceu? O mais surpreendente é quando a sua filha nasce assim.
Sim, isso mesmo que vocês ouviram. FILHA! Aquela médica cega estava com sérios problemas de visão ao fazer a ultra-som, e acabou que viu algo que não tinha lá. Pobre filha, a minha. Chamada por 5 meses como se fosse um menininho sem dotes. Quando no final das contas era a florzinha mais bela do mundo. Com um cheirinho de bebê, um sorrisinho sapeca, e um chorinho mais mimado ainda.
Não posso explicar a felicidade e emoção que foi pegá-la em meus braços assim que nasceu. Ah, como foi maravilhosamente perfeito. E naquele momento os enjôos, contrações, dores, notas baixas e desistência da faculdade, idas e vindas diárias ao hospital pareciam que nunca existiram... ou que todos aqueles sofrimentos fossem tão pequenos perto da felicidade que é ver... Aquela coisinha banguela, quase sem cabelo, e que de cara-de-joelho não tinha nada e sim o belo rosto do papai, versão feminina, é claro.
Ah minha princesa... Minha doce e linda princesinha.
Autor(a): traumadadyc
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Eu sabia bem, desde o primeiro estante, que aquela coisinha pequena e banguela tomaria conta do meu coração como ninguém antes. E foi justamente o que aconteceu. Ainda posso me lembrar de cada passinho; cada palavrinha errada, que tínhamos de corrigir; cada choro; de suas doenças que me faziam pedir a Deus que me deixasse doente, mas a cura ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 2
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raissar Postado em 02/01/2008 - 12:59:26
quero te pedir um favor, posta na sua web, amor de verdade???!!!!!!!!!
Ela é mto boa -
gerciane Postado em 02/01/2008 - 06:55:14
aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaah...
mais uma web que eu amêeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeei
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o Di sempre ciumento
muuuuuuuuuuuuuuuito lindo !!
aaaaaaah, já falei que cê é uma ÓTIMA escritora ?
Bjos