Fanfic: ` Awakening Dream . | Tema: Vondy

EM NOVA IORQUE...

Alfonso colocou a cabeça para dentro do quarto e sorriu fracamente.

- Oi, minha linda. – entrou no quarto, com o buquê de orquídeas violetas nas mãos, e fechou a porta atrás de si. – Estava com saudades. – se aproximou da cama – Eu sei, eu sei, hoje não era o meu dia, mas... eu tive outra crise. E você sabe que a única coisa que me acalma é você, não sabe? – colocou as flores no criado-mudo ao lado da cama e se inclinou sobre a mesma – Sabe, antes, eu achava que te amava, como mulher, assim. Mas agora eu percebo que eu ainda te amo, mas como minha irmã mais nova. Minha bebezona, que eu preciso proteger! – ele riu um pouco – A Anahí tem me ajudado com isso. Me ajudado muito. Ela também sofre, eu sei, mas... ela se mantém forte. Eu não consigo ficar forte. Não numa situação dessas... Sinto sua falta, Dulce! – ele beijou a testa da mulher, e sorriu, sendo interrompido pela porta que se abriu.

- Alfonso?

- Oi, tio Fernando. – ele se afastou um pouco da cama e sorriu para o homem na porta, de calça jeans e camiseta pólo escuro com as mãos nos bolsos. Ele sorriu.

- Não pensei que te encontraria aqui. – disse Fernando, entrando no quarto e fechando a porta.

- Fiquei inquieto em casa, e decidi vir, trazer essas flores. A final é dia de festa, eu acho, certo? – disse Alfonso, dando a volta na cama e pondo sua mão em cima da mão da mulher.

- É, eu acho que sim. Marichelo insiste em dizer que ela gostaria que seguíssemos nossas vidas.

- De um lado ela está certa. – Poncho mirou o rosto pálido de Dulce. – Ela desistiu da história dos papéis da funerária e tudo mais, não é?

- Não. – disse Fernando, com uma pontada de dor. Poncho levantou a cabeça e fitou Fernando.

- Ela não vai fazer isso. Eu não permito. – ele disse, entre dentes.

- Não posso fazer nada, meu filho... – tentou Fernando.

- E a tia Blanca? Ein? Vai deixar que a filha dela morra, quando o desejo de Blanca era que a menina vivesse? – alterou Poncho. Fernando bufou.

- Marichelo é a minha atual esposa, e Blanca, infelizmente está morta. – disse ele resoluto. – Não posso fazer nada! – repetiu.

- Marichelo não tem direitos sobre a Dulce. – argumentou Poncho.

- São três anos e meio, Alfonso! – disse Fernando, mais alto, começando a se irritar. – Três anos e meio em que eu sofri e lutei por ela, sem nenhum avanço, sem nenhum sinal de melhora, nenhum sinal que possa me dizer que ela um dia vá sair desse coma! – disse ele, apontando para Dulce na cama. Uma enfermeira abriu a porta do quarto, séria.

- Senhores, vou pedir que façam silêncio. Os pacientes dessa ala precisam ficar calmos.

- Eles não ouvem. – disse Fernando, irritado.

- Acredita-se que eles ouvem tudo, senhor. – ela respirou fundo, repetindo o que já dissera tantas vezes – Pacientes em coma, geralmente, são estimulados pelos parentes e pessoas próximas quando ouvem a sua voz. É bom conversar com eles nesse estado, porque as vezes possa acontecer do paciente voltar do coma. E agora, vou pedir que falem mais baixo, pois existem mais pacientes nos quartos ao lado, e precisam ficar calmos, se não a pressão sobe. Dá próxima, terei que pedir para se retirarem. – fechou a porta e o silêncio se estabeleceu no quarto de hospital.