Fanfic: Explicitamente Grávida *AyA* Adaptada (Terminada) | Tema: Alfonso e Anahí

-     Então você é um garoto da cidade grande?
Aquela pergunta só poderia mesmo ter vindo do mais velho entre eles. Quem mais consideraria um homem prestes a completar trinta e quatro anos como um garoto?

-     Nasci e cresci em Cincinnati, mas não me culpem por isso. Saí de lá assim que criei juízo.

Assim que Alfonso acabou de falar, as risadas dos vi­sitantes ecoaram pelo lugar. Naquele clima de docili­dade, todas as questões imagináveis foram feitas, co­brindo cada área de sua vida. Ao longo do processo, prateleiras ficaram limpas, o chão passou a brilhar e os vidros se tornaram reluzentes.

No entanto, nenhum dos presentes se ofereceu para ajudá-lo. Em vez disso, andavam de um lado para outro, conversando entre si e dirigindo-lhe per­guntas esporádicas.

De fato, a descrição de Nina sobre a iniciação de um recém-chegado em uma cidade pequena havia sido muito precisa. Graças à orientação dela, Alfonso estava até conseguindo se sair bem. Mas era impossível não rir de vez em quando.

"Obrigado, querida", agradeceu em pensamento.

Como sempre, sentiu um aperto no peito. O vazio sempre ameaçava voltar quando pensava na falta que sentia de Nina. Poderia ser sua imaginação mas, na­quele momento, pensou ter ouvido a voz dela em sua mente, dizendo: "Alfonso, fique tranquilo, jamais estará sozinho".

Respirando profundamente, largou o pano no balde e enxugou o suor com as costas do braço, aproveitando para fechar os olhos e se recompor. Depois da maratona de limpeza, precisava de um descanso ou acabaria acre­ditando que Nina estava mesmo falando em seu ouvido.

Contudo, seus convidados ainda não haviam abordado um dos assuntos básicos. Ninguém perguntara sobre "es­posa e filhos". Em uma cidade pequena, aquele assunto parecia servir de referencial para se julgar a responsa­bilidade de uma pessoa. As mulheres eram mais diretas para perguntar sobre isso, enquanto os homens sempre achavam um meio mais indireto de obter respostas.

Na verdade, pouco importava que a cidade fosse pe­quena ou grande. Cedo ou tarde, o interesse das pessoas se voltaria para seu estado civil. E, a partir dali, o foco seria centrado em outro objetivo: casá-lo com alguém.

Pois os casamenteiros de plantão teriam uma sur­presa. Aquele viúvo, ninguém casaria. Depois de aju­dar a terminar uma grande quantidade de uniões de­sastrosas, estava mais do que consciente de que não valia a pena se arriscar. Tivera um casamento feliz e perfeito, mas sua esposa morrera. Além do mais, quem havia escrito que um homem não poderia passar dos trinta e continuar sozinho?