Fanfic: Explicitamente Grávida *AyA* Adaptada (Terminada) | Tema: Alfonso e Anahí

Saiu então rumo à tal casa azul, onde havia uma máquina de lavar que andava. Não havia nem mesmo feito a inauguração oficial da loja e já estava atendendo sua segunda emergência. Hooperville poderia se tornar o paraíso de um encanador, ou seu pior pesadelo.

"Paraíso ou pesadelo mesmo", pensou Alfonso, ao dar a última volta na chave de boca.

Levantando-se, fez um movimento de alongamento e estalou as costas, massageando os próprios ombros. Cansaço era pouco para descrever como se estava se sentindo. Enquanto concertava a lavadora, alguém li­gara para a sra. Mayfield. Para sua surpresa, era uma pessoa precisando de seus serviços. Ao acabar, seguira direto para lá, de onde partira para outra emergência, então para outra... Até que acabou perdendo a conta.

Era incrível, mas todos pareciam saber onde ele es­tava! O novo chamado parecia chegar em sincronismo com o término do trabalho em execução. Hooperville tinha um sistema de encanamento desastroso, mas um serviço de informações excelente.

Se fosse paranóico, iria suspeitar de sabotagem. Mas esse tipo de problema não existia em cidades pequenas.

- Bem, sr. Colby - disse Alfonso, dirigindo-se ao velho senhor de pé a seu lado -, o encanamento está melhor do que quando era novo. Troquei os canos desta pia e já verifiquei as outras, em busca de vazamentos. Prometa que irá parar de bater nas torneiras com seu martelo e tudo ficará bem.

- Sempre funcionou antes - resmungou o homem, enquanto atravessava o banheiro.

Estava tão trémulo quando pegou a carteira que Alfonso ficou curioso em saber como ele conseguira se­gurar um martelo e golpear os canos com tanta força. Viu-o pegar uma porção de notas bastante amassadas de um dólar. Começou então a separar algumas e ar­rumá-las. Parou quando completou vinte dólares.

- Isso deve bastar, não? Imagino que os preços subiram bastante desde que eu tinha sua idade. Não precisava pedir ajuda naquela época. Costumava fazer tudo sozinho.

- Oh.

Sem saber como agir, já que não lhe fora perguntado o preço do serviço, Alfonso ficou apenas parado, olhando para a mão do velho.

- Nem pense nisso. Pegue. Não aceito caridade - insistiu o sr. Colby, pressionando as notas contra a palma da mão dele.

- T-tem certeza? - gaguejou Alfonso.

- Claro que sim.

-      Hum, também não aceito gorjeta - falou ele, devolvendo dez dólares ao velho. - Os preços não su­biram tanto assim.

Ao acabar de falar, rumou para a porta.