Fanfic: Explicitamente Grávida *AyA* Adaptada (Terminada) | Tema: Alfonso e Anahí

Comentem por favor gente....

- E todos tiveram uma péssima noite de sono - murmurou Alfonso, com o rosto afundado no travesseiro.

"Todos" se referia aos músculos de seu corpo. Com um gemido, levantou-se da cama e foi para o banheiro. Estava com olheiras e tinha o rosto escurecido pela barba por fazer. Os olhos vermelhos denunciavam as horas não dormidas.

Depois do esforço exaustivo de limpar a loja e de atender à maior sequência de emergências de sua vida, a última coisa que imaginara era que iria perder o sono por causa de uma garçonete. Por que não atendera ao pedido de Anahí, deixando-a no quarteirão de trás ao sair da casa da sra. Saddie? E qual fora o pagamento que recebera por não ouvi-la? Fofocas suficientes para transformarem sua vida em um inferno.

Aquilo já estava indo longe demais para alguém que a princípio pretendia não se envolver. Desde que se formara, já tivera uma cota de participação mais do que suficiente em vidas alheias. Testemunhara muitas batalhas na corte, onde clientes tentavam consertar suas vidas ou arrasar os ex-cônjuges sem o menor escrúpulo. Fazia tempo que resolvera se afastar daquele tipo de loucura. E também das caçadoras de dote.

Pelo que ouvira da bela Anahí Lynn, ela parecia se enquadrar nessa última categoria. Pelo visto, precisa­ria transformar o lema de "não envolvimento" em uma cláusula irrevogável em sua vida. Além disso, seria melhor evitar se deparar com aquele belo par de olhos azuis, pois seu poder sedutor era muito maior do que ele imaginara a princípio. Teria de ficar fora da mira da "moça mais prendada de Hooperville".

"Alfonso, pare de exagerar", pensou consigo. "Um pouco de fofoca não poderá feri-lo".

Olhando-se no espelho mais uma vez, fez uma careta para seu reflexo abatido. Um ótimo lembrete do quanto dormira pouco.

Respirando profundamente, concluiu que um bom banho, um barbear caprichado e um desjejum adequa­do o fariam sentir-se como novo. Mais do que depressa, colocou o tampão na banheira e abriu as duas válvulas de água, quente e fria, ao mesmo tempo.

Mas nada aconteceu. Tentou repetir o processo di­versas vezes, sem resultado. Deu um murro na borda da banheira, mas tudo o que conseguiu foi uma intensa dor na mão.

- Onde está o encanador quando precisamos dele?

Foi então até a cozinha, sabendo o que aconteceria antes mesmo de abrir a torneira da pia. Nada de água ali também. Qual era o problema naquela cidade?

"Meu desjejum ficará para depois do primeiro clien­te", pensou, descendo para o térreo, pegando a mala de ferramentas e seguindo escada abaixo, até o porão.