Fanfic: Explicitamente Grávida *AyA* Adaptada (Terminada) | Tema: Alfonso e Anahí

Mesmo sabendo que aquela última comparação fora um exagero, ele não pôde se conter. Apesar de receber olhares confusos, foi ainda mais longe.

-     A ética profissional me impede de discutir o encanamento alheio. Desculpem-me, senhores. Se quiserem saber algo mais sobre os canos daquela casa, precisarão perguntar à própria Anahí, por mais delicada que possa ser a situação.

Os visitantes se entreolharam.

-  Não nos interessa saber a respeito do encana­mento. O que queremos é conhecer suas intenções, ago­ra que estão fazendo companhia um ao outro, a ponto de passar a noite juntos.

-  Essa é uma cidade pequena - prosseguiu outro deles. - Protegemos uns aos outros, e principalmente nossas jovens. Você parece ser um homem decente. Sabe do que estamos falando.

Soltando um suspiro, Alfonso concluiu que talvez fosse hora de colocar a conversa no devido rumo.

-  A noite passada...

-  Não, não - interrompeu Norm, levantando as mãos em um gesto defensivo. - Não viemos aqui para saber os detalhes. Vocês dois são adultos. O fato é que seguimos certas regras de conduta em Hooperville, o que não deve ser comum em uma cidade grande como a sua. Só queríamos informá-lo sobre o que é esperado de você.   

-  E é algo simples e direto - continuou o único que nada havia dito até então. - Esperamos que faça a coisa certa.

-  Principalmente agora que já pôde conhecê-la me­lhor, se é que me entende.

Um coro de "sim, isso" se fez ouvir.

-     Acompanharemos cada passo seu. Não queremos que fique "embromando" para tornar sua intenção oficial.

Alfonso observou o comité sair da loja e seguir direto para o restaurante de Al. Ainda não recuperara seu ritmo normal de respiração. Deus, para onde se mu­dara? Pretendia morar em uma. cidade pequena, não no velho oeste!

Contudo, aquele quadro parecia bem próximo ao que fora descrito por sua falecida esposa. O problema fora não tê-la levado a sério na época. "Mas você não vai partir", sussurrou a voz dela, em sua mente.

Não, não partiria. Seria preciso mais do que "o bar­beiro e seus capangas" para colocá-lo para correr.

-Vocês fizeram o quê? - perguntou Anahí, ciente de que estava gritando.

Entretanto, talvez precisasse de um megafone. Quão alto precisaria falar para que todos a ouvissem e de­sistissem de tentar ajudá-la daquela maneira?