Fanfic: Explicitamente Grávida *AyA* Adaptada (Terminada) | Tema: Alfonso e Anahí

O que eu estou fazendo aqui? - perguntou-se Alfonso, parado à porta do apartamento de Anahí, em dúvida a respeito de tocar a campainha pela sexta vez.

Era óbvio que não havia ninguém em casa.

Seria melhor ir embora. Fora ela mesma quem mar­cara aquele encontro, e tivera a coragem de não com­parecer. Se aquela era a postura que ela acreditava ser adequada para subir no meio social, estava muito enganada. Primeiro precisaria aprender a cumprir ho­rários importantes.

Foi então que se lembrou de que, para ela, ele se enquadrava na categoria dos "joão-ninguém". Quando a conhecera, jamais imaginara que se tratasse de uma caçadora de dotes. Notara uma aura diferente, espe­cial, que não vira antes em ninguém da cidade.

Por mais que fosse estranho, parecia haver se en­ganado. Então por que seu instinto não concordava com aquela opinião e continuava a insistir que Anahí era confiável? Por que estava se incomodando com isso, afinal? Não havia motivo para tanto, já que não estava procurando nenhum relacionamento.

Eram três e quinze da tarde. Esperaria mais cinco minutos e sairia dali. Soltando um bocejo, encostou-se na parede ao lado da porta e deixou as pernas se fle­xionarem até ir parar no chão. Dali a pouco, voltaria para a loja. Se não houvesse nenhum chamado de emergência, iria até dormir um pouco. Em sua própria cama, claro.

A imagem do rosto de Nina parecia flutuar de forma etérea diante dele, como acontecia todas as noites, quando ele estava quase dormindo. Sentia muita falta dela. Juntos, eram perfeitos. Lembrou-se da descrição que ela lhe fizera da vida em uma cidade pequena. A parte do ar puro, do espaço aberto e da segurança estava correta, mas quanto à vida calma e pacata, já era outra história.

Talvez houvesse sido uma atitude intencional. Era provável que ela o tivesse inspirado a ir morar em um lugar assim para que fosse impossível ficar isolado depois de perdê-la. Pois estava fazendo o que sua fa­lecida esposa tanto lhe recomendara quando estavam juntos, que era se envolver com as pessoas. Mas o faria apenas daquela vez e só por duas semanas.

De repente, no fundo de sua mente, aquela voz co­nhecida e carinhosa pareceu falar com ele outra vez. "Claro. Veremos."