Fanfic: Explicitamente Grávida *AyA* Adaptada (Terminada) | Tema: Alfonso e Anahí

Alfonso estava usando uma calça jeans desbotada e justa. O contorno dos músculos apareciam sob o tecido, que se moldava com perfeição sobre o corpo másculo, como se fosse uma segunda pele. Não a espantaria se aquela peça continuasse com o molde dele, mesmo quando estava vazia.

Assim que pensou nisso, formou-se em sua mente a imagem daquela calça parada, de pé, sem nada dentro, ao lado dele, completamente nu. Em meio a um sorriso, sentiu uma deliciosa onda de calor se espalhar por seu corpo. O sintoma passou logo, mas a advertência fora clara: estava esquecendo o propósito daquela inspeção.

Sem se dar tempo para pensar, segurou o tornozelo dele e o puxou, conseguindo apenas endireitar-lhe a perna, mas deixando-o no mesmo lugar. Porém, Alfonso voltou a se encolher, ajeitando o braço sobre o joelho que ele voltara a dobrar. Então inclinou a cabeça para a frente, encostando o rosto sobre o braço.

-     Hum, Nina... - murmurou ele, com um suspiro.

Anahí notou o sorriso no rosto dele. Nina? Com cer­teza, tratava-se de algum caso que ele deixara para trás, em Cincinnati. Inclinando-se para perto do ouvido dele, murmurou, com suavidade:

-     Alfonso, sou eu, Nina. Acorde, querido.

Ele se endireitou de imediato. Sua expressão se tor­nou ansiosa conforme seus olhos se abriram e come­çaram a se focar nela. Então, contendo o fôlego, Alfonso fitou seu rosto. O que ela estava vendo ali? Desespero? Esperança? O que quer que fosse, desapareceu em um piscar de olhos.

-     E você...

A voz dele soou triste e desapontada. Mas o problema era descobrir o motivo de aquilo tê-la magoado de ma­neira tão profunda.

- Seria possível encontrar algum outro lugar para dormir? - indagou Anahí, disfarçando suas emoções com um dar de ombros. - Um banco de jardim, talvez.

-  Oh, obrigada, Alfonso - ironizou ele, esticando as pernas e ficando de pé. - Vejo que ficou me esperan­do... - Olhou para o relógio. - Mesmo depois de qua­renta minutos de atraso.

Lembrando-se de que aquilo era verdade, Anahí sus­pirou, antes de responder:

-  Desculpe-me. Venha, entre. Sinta-se em casa. Vou me trocar e começar a estudar. Tenho muito o que fazer hoje.

-  E quanto ao jantar?

-  O que está pensando que é isso? Um encontro?

-  Bem, deduzi que iria pelo menos se alimentar.

-  Passo o dia todo servindo os desastres que Al prepara. Quando chego em casa, a última coisa em que penso é comida.

-  Agora entendo porque a vejo com olheiras de vez em quando. Não se cuida direito.

-  Não comece com isso você também. Estou muito bem, obrigada. Nunca deixo de tomar minhas vitaminas.

Anahí poderia jurar que o olhar que recebeu dele pa­receu mais de apreciação do que de crítica. Na verdade, chegou a sentir-se como se fosse um doce diante de alguém faminto.