Fanfic: Explicitamente Grávida *AyA* Adaptada (Terminada) | Tema: Alfonso e Anahí

Ao colocar a chave na fechadura, descobriu que a porta estava destrancada. Seu tio Fred deveria ter con­sertado o aparelho de ar-condicionado de seu quarto, que estava quebrado havia dias. Acabaria encontrando um bilhete dele quando entrasse em casa.

Em vez disso, porém, encontrou Alfonso mexendo em uma parafernália de fios e de peças de computador na cozinha. Parecia haver mais coisas do que sua pe­quena mesa poderia suportar e alguns equipamentos estavam espalhados até no chão e nas cadeiras. Algo que parecia ser uma impressora havia sido colocada sobre a pia.

-    Olá! - cumprimentou ele, sem se virar para olhá-la.
Anahí entrou no aposento, espremendo-se para passar entre as cadeiras e a mesa ocupadas.

-    O que é tudo isso?

- Um computador - respondeu ele, ainda sem encará-la.

- Isso eu percebi, mas o que você está fazendo?

- Apenas me certificando de que nunca mais precise ler um manuscrito seu.

A resposta veio de baixo da mesa, onde ele estava ligando alguns fios.

- Mas o equipamento está espalhado por todos os lados! Onde é que vou comer?

- Você não come, lembra-se? Ouça, meu novo sistema chegou ontem e não preciso de dois. Você, por outro lado, parece estar precisando de um desesperadamente.

- Mas...

-     O que queria que eu fizesse? Que jogasse tudo
fora? - indagou Alfonso, encarando-a com uma expressão que a lembrou a de um garoto que acabara de descobrir que dera rosas a uma garota alérgica a flores. - Certo, então eu jogo tudo fora.

-  Certo. Quer dizer, não! Não jogue fora. Mas, por quê?

-  Já lhe disse. Tenho um novinho.

-  Sabe o que quero dizer. Por que está fazendo isso? Por mim? Você não concorda com nada do que estou tentando fazer.

-  Não exagere. É um computador velho. Pode ser que nem chegue a funcionar até o final do semestre.

-  Não invente.

-  Eu?

Quando ele a fitou com ar surpreso, suas sobrance­lhas arqueadas lhe deram um irresistível aspecto de garoto inocente.

-     Sim. Está sendo gentil comigo. Não tente diminuir sua atitude como se não fosse nada. Você nem mesmo gosta de mim - falou Anahí, como se o estivesse acu­sando de um crime.

Se a hesitação dele houvesse durado uma fração de segundo a menos, seria impossível perceber que ele ficara magoado. Mas notou que se esforçou para dar de ombros.

-     E então? Quer ou não o computador?