Fanfic: Explicitamente Grávida *AyA* Adaptada (Terminada) | Tema: Alfonso e Anahí

A primeira batida à porta foi tão suave que pareceu significar que Alfonso não queria ser atendido. Contudo, o som foi se tornando cada vez mais forte e insistente.

- Vá embora - pediu Anahí, quando não estava mais suportando o ruído.

- Não antes de você sair daí. Escute-me. Sinto mui­to. Foi uma brincadeira de mau gosto. Não vou desistir até que saia daí.

- Então vou chamar o xerife e pedir para levá-lo para a cadeia.

- Vá em frente e faça isso. Só que o telefone está aqui fora.

Fred logo ouviria o barulho e iria investigar, mas aquela era a última coisa de que ela precisava. Fazendo a expressão mais brava que conseguiu, abriu a porta de uma só vez.

Alfonso, que devia estar apoiado à porta enquanto ba­tia, avançou quarto adentro. Por pouco os dois não colidiram. Foi difícil ignorar o sorriso de arrependi­mento iluminando aquele rosto atraente. Notando um momento de hesitação de sua parte, ele fez uma ex­pressão ainda mais arrebatadora, levando-a a tomar uma medida rápida, antes de acabar sorrindo também.

Passando depressa por ele, Anahí saiu e parou ao lado da porta.

-     Pronto, saí. Agora é sua vez.

A princípio, ele não se moveu. Então se aproximou devagar, envolvendo-a com seu calor e seu perfume. Parou apenas quando havia menos de um palmo separando-os.

-     Acho que devemos começar de novo - disse Alfonso, fitando-a nos olhos.

Algo a levou a acreditar na sinceridade dele. Talvez o fato de estar passando por um período tão complicado a houvesse levado a valorizar uma presença estável a seu lado. Ao desviar o rosto um instante, avistou o envelope encostado na bolsa, sobre a mesinha-de-cabeceira. Aquilo a fez sentir-se fraca e estremecer outra vez. O que estava acontecendo com ela?

Só percebeu que estava chorando quando sentiu os dedos de Alfonso enxugando suas lágrimas. O toque dele era gentil e sua voz carinhosa. Contudo, em vez de pressioná-la contra seu peito em um abraço, segura-va-a pelos ombros, a distância.

Alfonso a encarou por alguns segundos, como se esti­vesse em dúvida a respeito de o que fazer. Depois de uma longa pausa, ele soltou um suspiro e puxou-a para si, abraçando-a.

A princípio pareceu algo apenas superficial, mas em instantes Anahí se viu aninhada naqueles braços fortes, que a apertavam de maneira firme e carinhosa. Entregou-se ao momento, liberando a ansiedade que a consumia. Estava cansada de represar as mágoas. De fato, não chorava daquela maneira desde sua infância.

Porém, junto à proteção daquele peito forte, sentiu-se segura o suficiente para se tornar inocente outra vez. Só mais uma vez.