Fanfic: Explicitamente Grávida *AyA* Adaptada (Terminada) | Tema: Alfonso e Anahí

Seguindo-o, Anahí largou o lençol e ves­tiu o robe que deixava pendurado ao lado da porta. Quando chegou à porta da sala, viu-o parar no meio da varanda e se virar, perguntando:

-  E só isso o que tem para me dizer?

-  O que mais quer ouvir? Já contei que estou grá­vida e pronto.

-  Não brinque. A "moça mais prendada da cidade"? Ora, é essa a ideia da oferta especial "dois em um" da semana?

-  Anahí, tudo bem aí em cima? - indagou Fred, nos primeiros degraus da escada, já com a cabeça na altura do piso do andar de cima.

Ela suspirou. A última coisa que queria era a in­terferência de seus preocupados vizinhos.

-     Oh, sim, está tudo ótimo - respondeu Alfonso. - Se desconsiderarmos um caso clássico de embuste.

Fred subiu o restante da escada e ficou ao lado dela, antes de indagar:

-     Por que ele está usando linguagem de advogado?
Dando a volta pelo tio, Anahí se pôs à frente dele.

-     Eu não tentaria conquistá-lo nem para passar o tempo!

Ao ouvir aquilo, Fred começou a saltitar feito um boxeador atrás dela.

-   Diga que não se importa, menina, e acertarei o queixo desse insolente, antes de chutá-lo para fora da­qui. Basta falar.

-   Quieto - pediu Anahí.

-   Entendo - falou Alfonso. - Esqueci que sou um "joão-ninguém". Imagino que foi por isso que não pôde ir adiante. Acho que prefere esperar até setembro para tentar a sorte com a próxima turma da universidade.

-   Posso acertá-lo agora? - indagou Fred.

-     Fique à vontade - respondeu ela, sem pensar.
O velho avançou pelo lado dela como um personagem de filme em preto e branco, mas muito depressa.

-     Oh, não! - exclamou Anahí, tentando impedi-lo.
Mas era tarde demais. Houve um som estranho quando o punho de Fred colidiu com o queixo de Alfonso, que mal se moveu com o impacto. O agressor, sim, começou a andar em círculos, massageando a mão e reclamando que estava velho demais para aquilo.

Boquiaberta, Anahí viu uma gotinha de sangue brotar do lábio de Alfonso, que levou a mão ao rosto para testar a articulação do maxilar. Os lábios convidativos insi­nuaram um sorriso desanimado.

-      Obrigado - disse ele. - Acho que eu precisava disso.

Quieta, observou-o descer a escada com calma, an­dando como se nada houvesse acontecido.

Eu deveria tê-lo expulsado antes - disse Fred. - Poderia tê-lo pego pelo colarinho e o arremessado escada abaixo. Posso até mesmo ir atrás dele e lhe ensinar uma lição. Basta dizer que é isso o que quer, menina.

-  Tio - murmurou Anahí, com um tom exausto. - Cale-se, por favor.

Passando por ele, entrou em casa e fechou a porta. Foi direto para a cama, deitar e chorar.