Fanfic: Explicitamente Grávida *AyA* Adaptada (Terminada) | Tema: Alfonso e Anahí

Anahí se encolheu. Como explicar que não conseguia pensar em nada, exceto rir, se era impossível coordenar a fala? Quando viu a expressão de pânico no rosto dele, a crise piorou.

-     Respire - implorou Alfonso. - Não envergonhe seu treinador.

Aquilo não poderia ser normal, pensou ele. Rir da­quele jeito poderia fazer mal a ela ou ao bebê. Mas o que ele poderia fazer? Sem perceber, começou a esfregar a testa e a tamborilar os dedos sobre o ven­tre dela.

Ao notar o estava fazendo, concluiu que aquilo po­deria estar causando cócegas em Anahí. Então passou a esfregar a barriga dela em um movimento lento mas, de modo automático, passou a tamborilar os dedos na própria testa.

Dessa vez, não apenas Anahí passou a rir com mais intensidade, mas toda a classe se uniu a ela.

-     Respire, sim?

Começou a mostrar a ela como fazer a respiração, na esperança de ajudá-la a se concentrar. Aos poucos, foi ficando mais calmo, como se as risadas houvessem desaparecido. Não sabia quanto tempo havia se pas­sado quando ouviu a voz dela.

-     Alfonso, acabou.

Seu transe foi interrompido a tempo de ouvir a en­fermeira dizer:

-     Turma, vamos agradecer a este lindo casal por haver demonstrado a eficiência da respiração contro­lada, mesmo com os papéis invertidos.

Sob uma salva de palmas, Alfonso se levantou, ajudou-a a ficar de pé e ambos se curvaram em agrade­cimento. A risada dela ainda não havia terminado, mas estava quase sob controle.

Com o braço sobre os ombros dela, Alfonso a conduziu ao saguão para esperar o elevador. Aquele rosto feliz o estava levando a sentir que valera a pena passar por aquele vexame. Anahí deveria sorrir mais, pois ficava linda. Enquanto estivesse por perto, iria providenciar para que sempre houvesse algum motivo para haver um belo sorriso naqueles lábios.

-     Está rindo de quê, espertalhona? Semana que vem vão querer nos colocar em um palco, isso sim.

Anahí o fitou com olhos arregalados antes de começar outra crise de riso.

-Isso, divirta-se - prosseguiu ele, rindo também.
Só então percebeu que havia muito tempo que não se sentia tão útil. Estaria se sentindo apenas útil ou também comprometido? Comprometido e feliz, talvez?