Fanfic: Explicitamente Grávida *AyA* Adaptada (Terminada) | Tema: Alfonso e Anahí

-     O que se passa com o "engomadinho"? - ques­tionou Al.

Ao ouvir aquilo, o momento de encanto desapareceu. Estava cansada daquela perseguição contra seu noivo.

-  Howard está tentando conseguir a chefia de seu departamento.

-  Oh, adulando os grandalhões para subir na vida? - sugeriu ele, pedindo então desculpa. - Lamento. Mas, como percebo que vai ficar, acho que farei o mes­mo. Você precisa pelo menos de um amigo por perto nessa maravilhosa festa.

Foi incrível observar como um homem daquele por­te desapareceu tão depressa, sem lhe dar chance de protestar.

Mais algum tempo se passou e já era nove e vinte, momento em que começava a aula do curso de prepa­ração pré-natal. Mas que diferença fazia? Desde a che­gada de Howard, ela não a frequentara mais. Ele se recusara a "perder tempo" com aquilo. E seria um in­sulto pedir a Alfonso para continuar a acompanhá-la. O que era um desperdício, pois ele era um ótimo treina­dor, que prometia ser excelente marido e pai.

Sem perceber, suspirou. Ao olhar para seu noivo, viu-o gesticulando e rindo de maneira contida, como todos os colegas. Por que ninguém ali podia se soltar e gargalhar um pouco?

-   Não posso sair agora - disse ele, duas horas depois. - Por que quer partir tão cedo? Deixe para se preparar amanhã.

-   Mas eu vou fazer isso. Acontece que preciso es­tudar hoje também.

-   É apenas uma matéria, Anahí. Se acha tão difícil fazer uma redação em sala, por que não desiste do curso?

Ao ouvir aquilo, um surto de náusea a dominou. Um gosto amargo lhe veio à boca, mas não poderia deixar que nada acontecesse ali. Não naquele momen­to, senão estragaria a festa.

"Por que não?", ecoou uma estranha voz em sua mente.

-   Por que está sorrindo assim? - indagou ele. Anahí se esforçou para ficar séria.

-   Nada.

-      Mais meia hora. Sei que pode esperar mais meia hora.

"Veremos", murmurou aquela mesma voz, dentro de sua cabeça.

Quinze minutos depois, Anahí se aventurou a sair de seu canto para ir ao toalete. Embora estivesse pres­tando atenção, não localizara Al pelo caminho. Ao che­gar lá, encontrou uma placa informando que o sanitário estava interditado para manutenção.

No mesmo momento, estreitou o olhar com ar sus­peito, relendo a placa.

-     Espero que não seja trabalho seu.
Reconheceu a voz grave e profunda de imediato.
Antes de se virar, sorriu como se estivesse vivendo o melhor momento da festa. Entretanto, a ensaiada expressão desapareceu no momento em que fitou aque­les penetrantes olhos castanhos. Só então percebeu quanto sentira falta dele.