Fanfic: Explicitamente Grávida *AyA* Adaptada (Terminada) | Tema: Alfonso e Anahí

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Ao terminar de falar, descobriu que estava com o rosto úmido de lágrimas e que todos no restaurante estavam com seus lenços em punho, enxugando os olhos. Mas o silêncio continuou. Talvez não obtivesse informação alguma deles, mas pelo menos conseguira comovê-los.

-     Procure do outro lado da cidade - falou Al. - Ele está desde cedo instalando aquecedores nos prédios da faculdade.

-  Na faculdade? Aqui, na nossa cidade?

-  A menos que todo o campus tenha sido abduzido por alienígenas, ainda é aqui mesmo.

Soltando um grito de vitória ela desceu do banco e deu um abraço apertado no amigo.

-  Preciso de seu carro, Al. O meu quebrou.

-  Algum dia ele já funcionou?

Sorrindo ao receber as chaves, Anahí saiu em dispa­rada para a rua. Era só correr para a faculdade, en­contrá-lo e... Encontrá-lo? Como o faria? Os oito prédios eram enormes e distantes um do outro. Mesmo que tivesse meios para vasculhar cada edifício, nada im­pediria que se desencontrassem. Precisava encontrar um meio de chamar a atenção dele.

De repente, teve uma ideia. Antes de entrar no carro de Al, abriu o porta-malas e começou a procurar a caixa de ferramentas. Depois de alguns segundos, en­controu o que precisava: a maior chave inglesa que já vira até então.

Alfonso já havia instalado seis dos oito aquecedores. Estava indo muito mais depressa do que imaginara. Eram quase três horas da tarde e acabara de almoçar, mas não estava se sentindo satisfeito. Tudo parecia sem sentido, e a comida estava sem sal.

Enquanto se afastava do refeitório dos estudantes, um brilho amarelo lhe chamou a atenção, ao longe. "Anahí?", pensou, e seu peito se contraiu. Parecia a camiseta "Maternidade Explícita" que vira nela no restaurante.

Mesmo que seu bom senso lhe dissesse para ignorar a visão, foi impossível fazê-lo. Sabia que ela estava escondendo a gravidez, mas uma esperança cega o do­minou. Aquilo também não fazia sentido, já que estava tentando esquecê-la.

"Ora, Alfonso, não fuja. Está tendo outra chance. Vá atrás dela!", ecoou a voz de Nina, instruindo-o com carinho, dentro de sua mente.

Contudo, prometera não pressioná-la. Devia deixá-la optar por si mesma. Era o melhor a fazer.

Então a viu outra vez, espremendo-se entre a mul­tidão de estudantes e pegando o acesso do outro andar enquanto se afastava. Quando a perdeu de vista, sentiu uma desagradável sensação de vazio.

-     Chega de esperar - murmurou consigo mesmo,
saindo em disparada.