Fanfic: Carpe Diem | Tema: morte
Três
O verdadeiro Jogo da Vida: Ganhar ou perder. O prêmio,... Sua alma.
Nossa mas como eu corria, era desesperador pra mim, saber que a morte talvez me perseguisse. O quê eu, mero mortal, podia fazer? Nada. Só chorar e tentar fugir de um lugar desconhecido.
Em meio a arranha-céus gigantescos que comiam as nuvens por todos os lados eu corri, no chão papeis e pedaços de jornal sinais de abandono. Era apenas eu e aquele mundo que de repente se transformou em um vasto ermo de prédios. Onde foi parar todos os homens de terno que corriam sem rumo, fugiram de algo ou alguém? Tive mais medo ainda que antes, pois lá parecia mais medonho, silêncio mútuo... Até que eu ouço um estampido seco de latas de lixo bater, logo me virei e percebo ao longe um vulto alto coberto de preto que estendendo a mão diz:
_Estava á sua espera, venha.
Desesperei-me:_Ele me achou.
Não vou me entregar assim sem saber o porquê vim parar aqui. Sinto que NÃO estou morto, se sinto minha respiração desgovernada, o coração a bater nervoso e suor que não para, logo estou vivo ‘de certa forma estou’.
Ignorei aquele chamado e corria até sumir na primeira encruzilhada. Lá Poft o incrível me ocorreu, sem ver o quê tinha a minha frente eu entro e bato com tudo em uma menina que vem correndo em minha direção. Com a força do impacto somos repelidos contra o chão.
_Não pode ser. Minhas preces foram ouvidas?
_Uma pessoa-que-me-vê... De verdade?
Franzina e magra de roupas surradas do tempo, Valquíria ainda no chão me toca de leve o joelho incrédula e assustada.
_Não é possível!
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Depois de um breve momento de felicidade ela puxou meu braço e me guiava sem eu querer na direção que eu vinha antes da colisão. Entrei em desespero quando voltei ao mundo.
_Não faça isso, temos que ir pro lado de lá. A morte esta atrás de mim!
_Atrás de você? Tem certeza?
_ Vamos pelo lado que você veio! Eu disse.
_NÃO! Não podemos, o Carrasco esta vindo por esse lado temos que pegar essa reta senão estamos fritos.
_Carrasco?
_É corre rápido que ele está por perto! Você vai preferir não saber quem é ele.
Ela continuou a tomar o controle da situação me segurando pela mão com toda sua força, eu como sempre sem entender nada apenas obedeci somente por que sentia confiança e conhecimento em suas palavras. Então nós corríamos, feito loucos com medo da própria sombra. Antes de chegar ao fim de uma esquina qualquer, notamos uma forte fumaça negra surgindo aos poucos. Desesperamos e nos abraçamos ao mesmo tempo eu dizia:
_A Morte esta vindo!!! E ela dizia:
_Corre é o Carrasco!
Entramos em uma viela suja e atravessamos três quarteirões em segundos, até que em um beco fedido a fossa e nos escondemos atrás de uma lixeira para tentar respirar um pouco e descansar.
_Ai, ufa... Finalmente descanso! Ela disse e em seguida eu disparei:
_Meu Deus o quê está havendo?_Onde estou?_Que lugar é esse?_Por que nós vemos a morte e por que ela esta atrás da gente?_Como faço pra voltar pra casa?_Como eu...
_EI, EI... EI! Calma doido! Eu não sei... Você não acha que se eu soubesse não teria voltado a muiiito tempo pra minha casa, hein?
Silêncio tórrido.
_Me desculpe... É que tem muito tempo que não falo com ninguém.
_Notei né!_ Há quanto tempo está aqui?
_Primeiro: O que é AQUI?_QUE LUGAR... Ou mundo é esse aqui?
_Primeiro eu, Vamos fazer um regra principal aqui. Nunca responder uma pergunta com outra... Não vai dar em nada. Você nem sabe o meu nome ainda!
_Ah... Foi mal. Meu nome é Fred.
E estende a mão.
_Oi Fred, pode me chamar de Val.
_Val?
_É Valquíria, mas eu prefiro Val.
_Legal! Adorei seu nome.
Os dois se cumprimentam com um breve aperto de mão jovial.
_Você já passou das vinte e quatro horas do jogo? Ela questiona.
_Vinte e quatro horas de jogo? _Quê isso?
_Ai... Qual é o seu problema hein? Sem responder com perguntas, mas que coisa irritante!
_AH é... Me des... _CALA A BOCA! Não precisa se desculpar.
_Vai me diz quanto tempo está aqui?
_Eu não sei exatamente... Mas eu acho que a umas quatro ou cinco horas.
_ ‘O contrato!’ _vou te dizer uma coisa, tenho que fugir de você.
_Hã? Mas...
_Não se preocupe é que se ele me achar eu... Te vejo mais tarde.
Ela da alguns passos de costas pra mim e depois foge sem explicação virando o beco.
_Por favor, Val... Volta aqui que contrato é esse? _Preciso da sua ajuda!
Ao estender à mão em pedido de socorro as pontas dos meus dedos se dissolvem como areia ao vento e depois vi subindo e comendo todo meu corpo aos poucos, meus pés, pernas. Apavorei-me, eu estava sumindo por completo e rapidamente... Sumi.
Reapareci num breu esfumaçado, eu estava flutuando sobre um rio negro que me refletia com um rosto apavorante. Então corri, eu não pesava apesar de estar sobre as águas. Caminhei com receio e as águas apenas faziam minúsculas ondas de gotas sobre meus passos, próximo dali avistei um homem remando uma pequena canoa com um lampião na ponta. Fui-me ao seu encontro, eu acenei o braço e comentei:
_Ei senhor!
O senhor com uma roupa velha e encapuzado apontou para mim em seguida para a água que tremeu. Minha voz ecoou ferozmente sobre o local, até que fui segurado por várias mãos enrugadas que tentavam me puxar para dentro do rio negro, eu os chutava e alguns pés afundavam, corria em direção à canoa porem mais mãos surgiam tentando me impedir, um deles me segurou de jeito e me puxou até os joelhos eu me joguei para dentro do barquinho que chacoalhava com o ultimo impulso que me restou.
Já dentro de seu barco ele revela seu rosto tirando o capuz, sua boca e dois de seus três olhos estavam costurados. Era uma criatura medonha que apontou para frente revelando outro personagem, a Morte estava a minha espera e queria conversar comigo, agarrei-me forte no acento da barca e nem piscava.
_Frederico, por que esta fugindo do inevitável, você esta na minha casa.
_Que você quer comigo?
_Não é simples... Apenas sua alma. _Quero terminar um serviço que não completei. O jogo da vida começará logo após que você assinar o seu contrato.
De dentro de suas vestes podres ele retira um papiro e abre para eu ler.
_Como você vê é igual a qualquer outro contrato, apenas falta a SUA assinatura aqui.
_Por que você quer a minha alma?
_Frederico não está óbvio, VOCÊ MORREU!
Autor(a): Wallace Lopes
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Quatro Fugir para água e fugir da água. _O QUÊ? E-eu morri? Entrei em desespero. _Há cinco horas e treze minutos atrás você foi atropelado na Praça Vieira Nunes por um carro preto. _Então eu realmente morri!_ Assinando o contrato eu vou para o céu ou pra o inferno? _Achas que mereces o cé ...
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