Fanfics Brasil - Encontrando... Carpe Diem

Fanfic: Carpe Diem | Tema: morte


Capítulo: Encontrando...

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Cinco


 Encontrando...


   Frederick caiu de cócoras, sem reação depois do que acabava de passar, fora salvo por um sapatinho com água. Suas reações oscilavam, não sabia se ria ou chorava... Quem sabe os dois juntos.  Val desce a escadinha de ferro vindo até próximo de seu companheiro:


_Achei que daria certo... Não é que incrivelmente deu! Tô pasma! Dizia ela enquanto retirava a “água batizada” do sapatinho em seguida pondo no pé.


_Como você teve essa idéia perfeita numa hora dessas? Eu travo quando estou sobre pressão, você viu.


_Acontece! Não liga não!


_Não liga não... Eu é que deveria estar te salvando, não o contrário!


_Não fica assim Fred!


_Eu é que to parecendo a ‘donzela em perigo’, ninguém merece!


_Mas isso só acontece por que o seu corpo reage dessa forma quando é exposto a medo... Alguns travam, outros agem!


Ele a olhou nos olhos, e ela sorriu tentando não soar ofensivo seu ato de carinho. Em seguida ela lhe estende a mão dizendo:


_Vamos... A água nos espera. Não sabemos quando ele poderá retornar.


E quando os dois se unem BUM, a caixa d’água explode de uma forma inexplicável jorrando todo seu conteúdo para a rua abaixo. Val sente um forte frio percorrer sua espinha, e é aí que Fred resmunga:


_Eu não acredito... A morte voltou!  Dizia ele apontando sem parar para o prédio ao lado.


_Estamos sem água, e agora? Dizia o treme-treme.


_Alguma idéia? Perguntava a garota já se afastando do prédio enquanto apertava a mão de Fred.


 Os dois então se encostam ao parapeito do prédio, Fred então dispara olhando para trás:


_Vamos pular o prédio! Consentiu com veemência. _Vamos para outra cisterna!


_NÃO! Disse aquela voz brava que ecoava longe.


Em apenas um apontar de dedos uma grande seqüência de caixas d’água estouram da mesma forma que a primeira. O jovem rapaz tomado por um ímpeto de bravura aperta fortemente a mão se sua amiga gritando:


_Corre e pula!


Os dois então seguem pulando o primeiro prédio sem muito esforço, seguindo assim pelo próximo e próximo, como atletas saltadores de obstáculos. A morte seguia logo atrás deslizando sobre os andaimes um a um. Os dois seguiram por uma área que a fileira de prédios grudados acabava sendo o próximo seis metros de distância, ao toparem com a rua sem ‘salto’, Val comenta aflita:


_Não da pra saltar, estamos encurralados! 


Fred olha para baixo e vê um beco fétido coberto por sacos pretos de lixo formando morros, ele não pensou duas vezes lançou-se de mãos dadas com sua amiga sobre o lixão. Os dois despencaram até sumirem nos lixos.


Ainda sem muito pensar em medo ou qualquer sentimento singular, Ele mantinha a postura heróica arrancando a garota que se sufocava nos entulhos putrefatos para fora do beco. Então continuaram a partir em disparada pelas ruas sem um rumo exato.


_Nossa, foi genial, o que aconteceu com você Fred?  Perguntou a garota incrédula em seus olhos.


_É como você disse, precisamos nos unir e esquecer nossos medos. Unidos somos mais fortes!  Dizia ele sorrindo ao tentar manter o fôlego que já havia ido embora há dez minutos. Ela sorriu de volta. Os dois pareciam se entender finalmente.


   O lugar continuava mal assombrado, sem ninguém apenas uma metrópole vasta e inabitada, todos sumiram. Eis que no meio da rua se encontrava um garoto assim como eles, todavia completamente diferente. Ele era cadavérico literalmente apenas pele e osso, tinha olhos fundos e expressivos e um cabelo castanho completamente desgrenhado. Com sua corcunda sinuosa e uma cara pouco animada o magrelo aponta para onde o casal deveria entrar, os dois se assustam com sua pele pálida e param de correr olhando o local apontado; um bar com uma portinhola se encontrava aberto e um letreiro piscante.


_Venham se quiserem viver! Disse ele com sua voz fina e rouca.


_Eu não confio nele, ele não é como nós!  Afirmou Fred puxando a jovem pelo braço para a esquina ao lado mantendo assim a maratona. Na esquina em que os dois viraram, a morte esperava de prontidão, depois de um grito de surpresa e pavor os dois voltam rapidamente entrando no barzinho indicado pelo estranho que fecha rapidamente a portinhola antes do errante surgir.


   Dentro do bar nada havia apenas um gigantesco buraco negro. Os três despencavam sem parar, choravam sem parar, gritavam sem parar... as vezes o magricela gargalhava de alegria mesmo caindo e rolando sem parar.


_É tão divertido! Dizia ele com a bocarra que era assoprada pelo vento forte.


_Não vai parar nunca? Perguntou Val enquanto tentava capturar o nada.


_Mais é claro que vai... Olha para baixo.


O fim do buraco se pronunciara, um chão duro de pedra estava bem abaixo dos três. Fred e Val começaram a gritar!


_Seu maluco nos vamos morrer se chegarmos lá embaixo!


_Calma carrancuda! Seremos salvos em três, dois...


E Boing no ato surge um gigantesco cogumelo que amortece a queda do trio lançando-os sobre o chão duro. Os dois não sofrem arranhões muito graves então se levantam olhando o magrinho que gargalhava dizendo:


_De novo!


Quando o corcundinha se levantou, ele estava com a sua cabeça virada para trás. Os meninos ficaram tensos e Fred disse:


_Ei... Moço, cara... Sua cabeça está ao contrário.


Ao notar que sua cabeça encontrava suas costas, o branquelo entrou em desespero e começou a sacudir os braços gritando:


_Aiiii... Só-socorro!  _Me ajuda!!  De imediato sua cabeça volta ao lugar sozinho e ele sorri dizendo ironicamente: _Brincadeirinha!  _Gostaram, foi divertido!


_Quem é você? Perguntou Valquíria.


_Meu nome é Skully. Lembra skull e lembra escola, Skully esse sou eu!


_Skully? Que nome estranh...  Dizia Fred quando foi interrompido por Skully:


_NÃO É ESTRANHO NÃO... ESSE MEU NOME É LINDO VIU, FOI O MEU PAIZINHO QUE ME DEU!!!


Os dois ficaram assustados com sua reação histeria e inesperada, até a sua voz havia mudado e engrossado bastante. Ele parecia outra pessoa.


_Ah... Desculpa, é que eu tenho desvio bipolar de personalidade de vez em quando. Eu to tentando parar com a bebida.  Disse ele com sua verdadeira voz tranqüila e serena dando uma esquisita e curta gargalhada.


_Você é estranho isso sim! Sussurrou Fred.


_Poe estranho nisso! Concluiu Valquíria com uma sobrancelha pro alto. _Ele me lembra alguém!


_É verdade ele se parece com a morte!  Marcou o topetudo rindo pela primeira vez depois de um bom tempo.


_PAPAI!?  _Por que papai?  Skully perdera as forças ajoelhando-se no chão fazendo várias caretas estranhas e chorosas.


_A MORTE É SEU PAI? Gritou Val com os olhos arregalados.


_O QUÊÊÊÊ???  Berrou o topetudo incrédulo. _A-a morte tem um filho?




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Autor(a): Wallace Lopes

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