Fanfic: Gira la vida ☼ 1° e 2° Temporada. | Tema: RBD.

(Dulce narrando) Não resistiu? Como assim não resistiu? Quer dizer que...que a minha filha ta...morta? Morta? Não isso não pode ser verdade. Eu não conseguia entender o que sentia dentro de mim. Era uma dor inexplicavel, parecia que meu coração ia parar de bater. Era como se eu estivesse morta, assim como estava Blanca.

Dul= Não resistiu? - Eu fiquei olhando pro nada por um tempo.= Não. - Sussurrei= NÃÃÃOOOOOO! - Gritei começando a chorar desesperadamente.= MINHA FILHA. NÃO, não, não.

Day= O que aconteceu? - Entrando no quarto preocupado.= O que a mamãe tem?

Eu não consegui olhar pra porta, mas vi Christopher passar por Dayane e sair correndo. Meus pais me abraçaram e Dayane continuava parada sem entender nada.

Day= O que está acontecendo? - Preocupada e nervosa.

Blanca= Parece que sua irmã não resistiu ao coma.

Day= Ela o que?

(Dayane narrando) Eu juro que daria tudo pra não ter escutado aquilo. Daria tudo para aquilo ser apenas um pesadelo, da qual eu me beliscaria e acordasse. Mas não era. Era tudo realidade, a mais dolorosa realidade. Minha irmã estava morta e eu estava ali parada e respirando, mas por dentro eu também estava morta. Eu me sentia morta. De repente um vazio se criava dentro de mim, o vazio de saber que eu não veria minha irmã todos os dias, que não veria o sorriso dela e nem mesmo poderia secar suas lágrimas. Aquele com certeza, era o pior dia da minha vida.

Day= Não...isso é mentira. - Balancei a cabeça derramando minhas lágrimas.

Dul= Minha pequenininha. - Soluçou.

Day= Mamãe, me diz que é mentira. - Eu a abracei. Ela não me disse nada, apenas choramos juntas.

(Christopher narrando) Eu sai correndo daquele quarto de hospital. Uma traição e uma morte, como alguém conseguia passar por isso que eu estava passando? Eu havia perdido meu chão. Corri pelo hospital até chegar ao quarto de Blanca. Não tinha mais nada lá. Perguntei ao médico aonde ela estava e ele respondeu que ela já estava sendo levada para análise e que depois de tudo poderiamos enterra-la. Eu queria vê-la uma última vez e nem isso pude fazer. Corri mais, mais e mais. Dessa vez sem direção. Eu não sabia para onde estava indo, eu apenas estava correndo. Peguei o carro e dirigi em meio de lágrimas. Depois de quase bater o carro eu o parei, na frente do parque aonde eu costumava levar minha Blanca quando ela era pequena. Desci do carro com o corpo tremendo e as pernas bambas. Caminhei até o banco que havia ali e fiquei olhando para os balanços aonde crianças brincavam. Desabei mais ainda. Era como se eu visse ela ali, em um dos balanços que se mexiam sozinhos por uma criança tê-lo deixado a pouco. Ela pequena dando gargalhadas gostosas enquanto eu a balançava. Coloquei as pernas em cima do banco e afundei meu rosto nelas. Chorei, como se eu passasse o resto dos meus dias daquela maneira. Chorando.

(Dulce narrando) Depois de um tempo Dayane saiu do quarto. Eu não sabia para onde ela havia ido, mas eu não estava em condições de perguntar. Não havia mais nenhum fio pendurado em mim, pelo fato de eu ter arrancado todos eles quando gritei. Olhei para aquela quarto de hospital e lembrei do dia mais marcante que tive na vida: o nascimento da minha primeira filha. Eu me emocionei em todos os meus partos, porque filho é filho. Mas, era a primeira e eu não fazia ideia de como seria. Lembrei de quando escutei o choro dela tomando conta daquele quarto de hospital enquanto minha respiração estava ofegante pela força que eu tinha feito para que ela saisse. O momento em que olhei o rostinho dela pela primeira vez. O momento em que senti sua pele tocando a minha. A primeira vez que a amantei. Me encolhi na cama e chorei, como se aquele vazio nunca mais fosse preenchido. E realmente, ele nunca mais seria preenchido.

(Dayane narrando) Um tempo depois de ter chorado com minha mãe, saí do quarto. Era demais pra mim ficar ali, vê-la chorar me machucava ainda mais. Com algumas forças que ainda tinha, liguei para Poncho sem he dizer nada apenas pedindo para que ele fosse até o hospital. Sentei na janela e olhei pra fora. Bem ali na frente ficava a escola. Não exatamente ali na frente, mas dava para ver a escola pela altura do prédio e do andar que eu estava. Fechei os olhos e derramei mais e mais lágrimas. Quantas coisas passei com a minha maninha Uckermann dentro daquela escola? Apesar de que entramos nela ano passado. A primeira vez que colocamos os pés ali, estavamos derramando lágrimas porque estavamos brigadas com o nosso pai. E o jeito que ela conseguia me acalmar e me fazer sorrir? Como seria a partir daquele dia? Eu não teria mais minha irmã para me fazer sorrir. Eu olhava pra escola e era como se eu visse nós duas na entrada dando risada com as meninas e esperando nossos pais chegarem na saida da aula. Como doía. Era a pior dor que alguém poderia sentir. A dor de perder uma pessoa que ama é insuportavel. Meu padrinho chegou me tocando o ombro, já que eu estava com a cabeça escorada na janela. O olhei com os olhos cheios de lágrimas e o abracei.

Poncho= O que aconteceu? Fiquei sabendo que sua mãe veio para o hospital. - Eu solucei.

Day= Não é por isso, ela esta bem de saúde. Foi apenas um ataque asmático.

Poncho= Então porque está assim? - Me olhando.

Day= Ela se foi. Ela se foi.

Ele me olhou e vi seus olhos brilharem pelas lágrimas que ali nasciam. Eu percebi que aquilo havia tocado ele. Olhei para o lado e vi Francine e Anahí paradas. Francine deu um passo pra trás e piscou várias vezes como se não acreditasse. Em segundo, Anahí estava no chão desmaiada. Francine gritou derramando lágrimas. Eu corri e a abracei. Ela não teve reação e Poncho correu até Anahí chorando. Não por ela estar desmaiada pois aquilo era costume, mas sim por Blanca estar morta. Francine por fim teve uma reação e me abraçou. Senti seu corpo tremer e ela molhar meu ombro pelas lágrimas que derramava. Eu sabia o que ela estava sentindo. E doía, como doía.

                                                                          ♥