Fanfic: A Paixão Secreta de Alfonso Herrera - AyA [adp-FINALIZADA] | Tema: AyA /RBD/Ponny

-Sempre uma aventureira intrépida, nossa Annie - sorriu Alec.

-E uma vez mais, outra Puente sem técnica - observou Derrick.

Anahí estava visivelmente zangada. Eram todos uns traidores! Decidiu.

-Bom -disse ironicamente-, parece que estão se divertindo bastante. - Puxou para trás a cadeira- Mãe, possivelmente seja o momento de que passemos ao salão de música.

Mairchelo ficou em pé com elegância.

  -Uma ideia excelente, Annie. Senhor Herrera, nos acompanhará, certo?

  Uns minutos depois, Marichelo percorria com seus hábeis dedos as teclas do piano. Mas Anahí aproveitou a oportunidade que o momento a brindava. Antes que sua mãe pudesse começar uma melodia, antes que o resto houvesse inclusive sentado, ela deu um passo atrás.

  - Oh, querida - disse com um sorriso forçado- Temo que deva pedir que me desculpem. De repente começou a me doer a cabeça.

  Marichelo levantou os olhos em silêncio, interrogando-a. Não era muito habitual dela se sentir doente... nunca. E a boca de May formou uma "o" cheia de surpresa. Os gélidos olhos azuis de Alec se entrecerraram, e inclusive Derrick franziu o cenho. Quanto a Alfonso Herrera... bem, soube o instante em que pôs os olhos nela; sentiu-os com cada poro de sua pele. Era do mais irritante, pensou, e se perguntou que demônios estava acontecendo. Com razão se sentia como um inseto ao que estivessem observando em uma garrafa de vidro. Manteve o olhar fixo em sua mãe... e longe do dele.

  Marichelo inclinou a cabeça.

  -Certamente, Annie -disse- Espero que melhore logo, querida.

  Com isto, Anahí fez uma reverência de despedida e, assim que esteve fora da vista de todos, pôs-se a correr para meter-se em seu quarto.

Uma hora depois, Anahí se encontrava afastando o cobertor da cama quando ouviu um pequeno grito abaixo, na entrada. Deteve-se, com um joelho apoiado na cama. Ouviu o ruído de alguns passos que subiam e viu a sombra que penetrava por debaixo da porta ao passar. Mais tranquila, agarrou o livro da mesinha e se dispôs a ler um pouco. Apenas um minuto depois, escutou um ligeiro toque na porta de seu quarto.

  Era May.

  -Annie?

  -Entra, May. -Anahí pôs o livro de lado- Jack? -perguntou.

  -Izzie. Derrick a levou para sua cama. -May entrou no quarto e fechou a porta-  Encontra-se melhor?

  Anahí segurou o outro travesseiro e o pôs contra o peito.

  -Muito melhor, May. Acredito que talvez tenha sido o calor. -Não se atreveu a dizer que foi a companhia...

  May a olhou com suspeita.

  -Não foi nossa intenção rir de você, sabe?

-Sei.

  E era certo. Não foram suas brincadeiras. Certamente que não.

  Foi ele.

  Alfonso Herrera.

  Mas foi muito covarde ao escapar dessa maneira. Estava arrependida. Mas já não havia nada que fazer e...

  -Não quis preocupar ninguém - deu uma tapinha na cama- Sente-se aqui, querida.

May se sentou junto a ela.

  -O senhor Herrera se foi logo também. Deixou-nos apenas meia hora depois que você partiu.

  -Não me diga? -Foi mais uma afirmação que uma pergunta.

  -Vamos, Annie, não me olhe assim! Sei que não se importa.

  -Sim. Não me importa. Na realidade, parece-me que é... um tipo pouco convencional.

May pestanejou.

  -Pouco convencional? Ora, agora decidiu temperar sua opinião sobre ele?

  -O quê? -perguntou Anahí, embora soubesse muito bem o que May queria dizer.

  -Vamos, Annie, chamou-lhe de excêntrico na cara! E só porque prefere não frequentar Londres. Mas se você mesma prefere o campo a Londres! Como te ocorre menosprezá-lo desse modo?

  -Eu não o menosprezei. E não o chamei de excêntrico. Só fiz uma pergunta inocente.

  -Inocente? Annie, a todos ficou bastante óbvio que o homem parecia um ogro para você!