Fanfics Brasil - 108 A Paixão Secreta de Alfonso Herrera - AyA [adp-FINALIZADA]

Fanfic: A Paixão Secreta de Alfonso Herrera - AyA [adp-FINALIZADA] | Tema: AyA /RBD/Ponny


Capítulo: 108

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-Sei o que pensa - falava em um tom muito baixo-, que não sei como amar.


  -Vamos, Alfonso, acredito que sabe muito bem como amar. Sei que é assim. Acredito que o fará.


Alfonso suspirou. Sentia-se... ah, deslocado. Longe do mundo e de todos os que formavam parte dele.


  Deslizou a vista para outro lado, a um ponto justo além de seu ombro. Engoliu em seco.


  -Não posso, Anahí. -Era uma verdade entristecedora e frágil. Uma verdade brutal-. Não sabe como é, não entende. Os filhos são tão frágeis. A vida é tão frágil...


  -E eu sou? Tão egoísta é? Crê que é o único que perdeu gente a que amava? O único que perdeu um filho? Minha mãe perdeu três, Alfonso. Três. E a meu pai... sentei-me na beirada de sua cama durante quase um ano para vê-lo morrer; pouco a pouco. Dia após dia. Minha mãe mal se separava de seu lado. Quando morreu, quando seus filhos morreram, não fugiu. Não se escondeu. Assim não se atreva a me dizer que não sei como é.


  Anahí brincou com os dedos.


  -Não quero ser cruel. Mas se foram, Alfonso. Ellie e seus filhos se foram. Você esteve castigando a si por isso todos estes anos. Quanto tempo mais vai seguir-se castigando? Quanto tempo mais vai castigar-me? Quero um marido. Quero filhos. Meus próprios filhos. E os teus também.


  Anahí não ia parar ali.


  -Sua dor segue viva. Enterre-a, Alfonso. Enterre-os.


Alfonso se sentia como se o estivessem golpeado. A cabeça dava voltas, o mundo ao seu redor dava voltas.


  -Basta -disse rudemente-, deixe de fazer isto.


  -E se eu não quiser deixá-lo? Não pode me mandar para o meu quarto como se fosse uma criança. E certamente não pode me castigar.


  -Então não me castigue! -Seu tom era como o gelo.


  Ele seguia lutando com ela, pensou Anahí. Nunca teria imaginado que pudesse doer tanto. Era como uma faca que penetrava em seu coração. Partia-a em dois. Por dentro somente queria chorar. Seria sempre assim?


  Era como se a estivessem se afogando. Ele poria a salvo seu coração embora com isso arriscasse o dela, e isso era mais do que podia suportar. Sangrava por dentro. Estava partindo em dois. Não podia dizer a ele da criança. Não agora. Não queria que se sentisse culpado ou responsável.


  Não queria metade. Não queria as migalhas. Não se conformaria com isso. Conservaria seu orgulho e não cederia.


  Desejava descansar a cabeça sobre seu ombro, passar com ele toda a noite! Pôr a mão no seu coração, confiar nele e sentir-se segura.


  E saber que quando se fizesse de dia, ele seguiria ao seu lado.


  Queria-o a seu lado. Cada noite. Todas as noites.


  Era tudo ou nada. Não se conformaria com menos.


  Mas sua expressão era inescrutável. Podia ver como se inclinava para trás, como se defendia, esquivo e recolhido em si mesmo. Parecia voltar aonde pensou que não voltaria a vê-lo. Não deixaria que o fizesse. Não desta vez.


  No peito tinha um nó de dor, um nó de impotência e raiva.


  Deu uma tapa na escrivaninha com a mão.


  -Por que é assim? -gritou-. Por que quer que eu me cale?


  Ele não disse nada, limitou-se a tornar-se para trás na cadeira e a olhá-la com frieza.


  -Anahí, está muito alterada. Quando conseguir esclarecer um pouco sua mente, seguiremos com esta discussão.


  Cegou-a uma raiva profunda.


  -Minha mente nunca esteve tão clara.


  -Pelo amor de Deus, Anahí, por favor, escute...


  O aborrecimento de Alfonso só fez aumentar o dela. De repente, sua aliança de casamento pareceu um peso impossível de sustentar. Começou a fazê-la girar com os dedos, uma e outra vez.


  -Não - ela disse, indignada-, me escute você. Não serei uma mulher pela metade. Não serei uma esposa pela metade.


  Tirou o anel de casamento. Com toda vontade, jogou para ele, diretamente contra o seu peito. Diretamente contra seu coração.


  -Se não me quiser, então, asseguro que tampouco quero você.


  O anel ricocheteou em seu peito e depois caiu no chão.


Alfonso deixou escapar uma maldição.


  -Anahí, que diabos está fazendo? Anahí!


  Mas Anahí tinha deixado de ouvi-lo. Por fim, com certa satisfação, pôde fazer o que tinha desejado fazer tantas vezes...


  Deu meia volta e saiu dali o deixando com a palavra na boca.



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Autor(a): anywhen

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 2280



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  • flafeitoza Postado em 27/06/2012 - 11:26:52

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  • flafeitoza Postado em 27/06/2012 - 11:26:51

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  • flafeitoza Postado em 27/06/2012 - 11:26:49

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