Fanfic: A Paixão Secreta de Alfonso Herrera - AyA [adp-FINALIZADA] | Tema: AyA /RBD/Ponny

  "Necessito de você", havia-lhe dito. Mas Anahí queria mais que isso. Queria mais que paixão.

  Queria mais do que ele podia dar.

  Engoliu em seco.

  -Não posso fazê-lo, Alfonso. Não posso seguir assim. É muito duro. Dói-me muito. Tenho... tenho que ir. Preciso ir. Precisamos nos separar. Acredito que é o melhor para os dois.

  "Se for o melhor, então por que dói tanto?" , Anahí tentava não escutar a voz em seu interior.

  Um silêncio, espesso e desesperador, abateu-se entre os dois.

  -Quanto tempo estará fora? -perguntou.

  A pergunta fez uma fissura na sua consciência. Anahí lutou contra ela. Tinha um peso tão fundo no peito que não podia respirar.

  -Quanto tempo, Anahí?

  Sua garganta se encolheu.

  -Quer que eu diga isso? Não sei quando voltarei, Alfonso. Não sei sequer se voltarei.

  Ele a buscou com o olhar.

  -Não quero que vá - disse.

  -Não me dá nenhuma razão para ficar!

  As palavras saíram de sua boca antes de poder detê-las. Uma expressão estranha cruzou pelo rosto de Alfonso. Dor? Culpa? Não estava segura. Ela tinha os olhos chorosos, assim mau podia vê-lo.

  Ele ficou olhando-a fixamente. Anahí pensou com pânico que podia atravessar seus pensamentos muito bem... que ele via muito.

  -Não pode ir, Anahí. Não pode. Eu... -Tinha o tom contraído, a expressão forçada-. Não quero que vá.

  Anahí não podia falar. Ouvi-lo falar doía muito.

  -Demônios, Anahí. Você... me ama. -Seu tom era pouco mais que um sussurro- Seus olhos me dizem isso cada vez que me olha...

  Não, pensou destroçada. Não.

  A agonia que ouviu em seu tom a deixou presa no lugar. Tomou a sua mão... tomou o seu coração.

  Anahí se afastou, tremendo, com os olhos cheios de lágrimas.

  -Já não sei a quem pertenço. Nem sequer porque sigo aqui... -Surpreendeu-a ouvir-se dizendo isto-. Não há nada mais que dizer. Assim, por favor, não me detenha. Se importar comigo, embora seja um pouco... deixe que eu vá embora.

  Ele a capturou com os olhos. O grande silêncio que seguiu esteve a ponto de desfazer a pouca compostura que ainda ficava.

  -Talvez tenha razão -disse, por fim- Talvez seja o melhor. -Fez uma pausa-. Mas temo que tenha que esperar até manhã. Duffy me disse esta manhã que tinha que arrumar uma das rodas da carruagem.

  Anahí assentiu.

  -Irei pela manhã então.