Fanfics Brasil - 19 A Paixão Secreta de Alfonso Herrera - AyA [adp-FINALIZADA]

Fanfic: A Paixão Secreta de Alfonso Herrera - AyA [adp-FINALIZADA] | Tema: AyA /RBD/Ponny


Capítulo: 19

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  -Não se incomode -disse Anahí rapidamente- Esse é lorde Calvin. Tem ares de pavão, e se parece com um deles, não lhe parece? Anda sempre embutido em seu traje como se fosse uma salsicha. Comenta-se que para consegui-lo usa um espartilho. Não é de se estranhar que seja assim, a julgar pela forma em que anda.


  Algo que nunca pensou pudesse acontecer apareceu no rosto de Alfonso: um sorriso. Um sorriso verdadeiro, para ser mais exato. Depois afastou a vista. Levantou a taça, e quase bebeu o conteúdo de um só gole.


  Anah o observou, e viu como trabalhavam os fortes tendões de sua garganta enquanto engolia.


  -Sempre bebe tanto?


  A pergunta era imprudente... e não havia forma de voltar atrás. Anahí mordeu o lábio. Em que demônios estava pensando para atrever-se a perguntar algo assim?


  Ele a fulminou com uns olhos pálidos e prateados. Seu sorriso se desvaneceu. Algo que podia se considerar ira se desenhou em seu rosto. Para sua surpresa, pôs o copo na bandeja de um servente que passava.


  -Eu gostaria de tomar ar -disse bruscamente. Seu tom foi baixo, seu gesto bastante duro.


  -Por aqui. -O terraço estava a somente uns passos à esquerda. Anahí o guiou até ali. Não se deteve até que as vozes da casa não foram mais que um murmúrio.


  -Deus, como odeio Londres -murmurou ele.


  -Se a odeia tanto, por que já não foi embora?


  -Isso pretendo. Na realidade, vou amanhã. Assim não terá que sofrer minha presença por mais tempo.


  Ela ignorou este último.


  -Amanhã? -ouviu-se perguntar- Tão logo? -Pelo amor de Deus, o que estava fazendo? Esse tom de consternação não podia ser certo!


  -Depois da festa de aniversário de tia Letícia esta noite, não há nenhuma outra razão que me obrigue a ficar.


 Anahí se esforçou em olhar a outro lado. Para o céu. No alto, aparecia uma meia lua entre um véu brumoso de nuvens. Não muito longe, ouviu-se o som dos sinos da igreja anunciando a hora.


  -É uma pena que não haja mais estrelas -disse com nostalgia- Mas isto é Londres, suponho. Muitos edifícios, muita gente. May e eu falávamos disto a outra noite, de como não há nada comparado com o céu de Gleneden.


  -Gleneden -repetiu ele- É sua casa na Escócia, verdade?


  -Sim. Ao norte de Sterling. Situada junto ao lago.


  -É muito parecido aonde eu vivo -disse depois de um momento-Embora ali sejam habituais as tormentas que vêm do mar. -Fez uma pausa, e disse- Você e sua prima parecem muito unidas.


  -Sim -se limitou a dizer Anahí - May é mais como uma irmã para mim.


  -Então, não tem irmãs?


-Não. Bom, na realidade, sim.


  Olhou-a sem entender.


  -Uma vez tive uma irmã -explicou-, uma irmã mais nova que morreu quando tinha um ano, e um irmão mais velho. Os dois sucumbiram em uma epidemia de gripe. O certo é que não me lembro dela. Outra nasceu morta antes que minha mãe me tivesse. Assim que nos criamos os três: Alec, Aidan e eu. E algumas vezes, May.


  O silêncio se instalou entre eles. Através da escuridão, Anahí podia sentir seus olhos que a olhavam. Ele se tinha movido um pouco, por isso a manga de sua jaqueta roçava a pele nua de seu braço, justo onde terminava o tecido da luva. Anahí cobria os ombros com uma estola branca. Então estremeceu, mas não pela brisa da noite. Não, não era frio o que sentia. Sentia-se sufocada. Quente. Como se tivesse febre.


  -Senhor -disse ela- Está me olhando.


  -Querida, estamos em meio de uma conversação, a quem olharia?


 Anahí guardou silêncio. De repente, o seu pulso ficou acelerado.


  Nervosa, mordeu os lábios. Custava manter-se em pé. Não sabia o que fazer com as mãos. Queria segurar ao seu antebraço, porque era como se o mundo ao seu redor estivesse girando. Ele se aproximou, tanto que podia ver as intrincadas dobras de sua gravata, todos e cada um dos fios dourados que formavam seu colete. Sua garganta emitiu um leve som. Quando levantou os olhos, viu que ele estava ainda mais perto. Mais perto do que aconselhava o decoro.


  A expressão do homem era solene, sua boca séria. Mas não dura. Sob as sobrancelhas, seus olhos eram claros e pálidos. Desconcertantes, de uma forma que não podia muito bem definir.





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Autor(a): anywhen

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Agora dirigia o olhar para seus lábios. Depois mais abaixo, e mais abaixo... Anahí usava um vestido cor pêssego claro, com um decote bastante baixo, embora sem sair do que recomendava a moda. Sua proximidade a deixava nervosa. A desconcertava.  E mesmo assim, Anahí não se afastou. De repente, soube que não queria fazê-lo. ...


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Comentários do Capítulo:

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  • flafeitoza Postado em 27/06/2012 - 11:26:52

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  • flafeitoza Postado em 27/06/2012 - 11:26:51

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  • flafeitoza Postado em 27/06/2012 - 11:26:51

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  • flafeitoza Postado em 27/06/2012 - 11:26:49

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